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Oscar 2024: Onde assistir aos filmes indicados
A temporada de premiações de 2024 está chegando ao seu ápice. Nesta terça-feira, 23 de janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou os indicados ao Oscar 2024. Sem grandes surpresas, a lista traz alguns dos principais filmes de 2023, como Oppenheimer, Barbie e Assassinos da Lua das Flores. Mas tem muito mais do que isso. A seguir, saiba onde assistir aos indicados ao prêmio. A lista será atualizada sempre que novos filmes ficarem disponíveis nos cinemas ou no streaming.
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A temporada de premiações de 2024 está chegando ao seu ápice. Nesta terça-feira, 23 de janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou os indicados ao Oscar 2024. Sem grandes surpresas, a lista traz alguns dos principais filmes de 2023, como Oppenheimer, Barbie e Assassinos da Lua das Flores. Mas tem muito mais do que isso. A seguir, saiba onde assistir aos indicados ao prêmio. A lista será atualizada sempre que novos filmes ficarem disponíveis nos cinemas ou no streaming.
O diretor grego Yorgos Lanthimos ('O Lagosta') retorna com 'Pobres Criaturas', uma nova e virtuosa colaboração com a atriz (e agora produtora) Emma Stone e o roteirista Tony McNamara (com quem trabalhou em 'A Favorita'), baseada no romance homônimo de Alasdair Gray. Esta adaptação utiliza a premissa central do romance - construída por depoimentos opostos de diferentes personagens - para criar uma fabulosa e ácida fábula steampunk vitoriana sobre feminismo, inspirada em Frankenstein. A trama começa quando o cientista Godwin Baxter (Willem Dafoe), para reviver uma mulher grávida (Stone) que decidiu cometer suicídio, transplanta o cérebro de seu bebê não nascido e a reanima. O resultado é uma pessoa nova, com a mente de um bebê - livre de tabus, vergonha, culpa e com muita vontade de aprender - mas com o corpo de uma mulher sexualmente madura, cuja fome por experiências a leva a fugir com um advogado libertino (Mark Ruffalo). Embora seu magnífico e artificioso design de produção possa superar suas ideias, em alguns momentos, 'Pobres Criaturas' é um filme que levanta ideias interessantes sobre a libertação feminina, evidenciando a fragilidade das convenções patriarcais com o humor ácido e macabro típico das produções de Lanthimos. E, é preciso dizer, Emma Stone está fenomenal: é a atuação mais arriscada, provocativa e audaciosa em sua distinta carreira. Leia mais em nossa crítica completa de 'Pobres Criaturas'.
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O diretor grego Yorgos Lanthimos ('O Lagosta') retorna com 'Pobres Criaturas', uma nova e virtuosa c... [+]
Anatomia de uma Queda é um dos grandes títulos da temporada de premiações de 2024. Ainda que não tenha sido o escolhido da França para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional, o filme conseguiu trilhar sua própria carreira fora da categoria. Não é pra menos: este filme de Justine Triet fala sobre a morte de um homem, que cai do segundo andar de sua própria casa. O que aconteceu? Ele se jogou dali, foi empurrado? A partir daí, a esposa Sandra (Sandra Hüller) entra em um furacão, sendo acusada pela promotoria e tendo que se defender. Triet não está realmente interessada aqui em encontrar o culpado ou dar respostas, mas questionar a busca pela verdade. Afinal, o que é a verdade? Quem é o dono da verdade? São questionamentos que o filme traz e o faz engrandecer. Destaque para a atuação de Hüller, que consegue trazer essa complexidade em sua atuação.
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Anatomia de uma Queda é um dos grandes títulos da temporada de premiações de 2024. Ainda que não ten... [+]
Diante do ingrato desafio de tentar produzir uma obra com engenho e coração dentro dos limites de uma propriedade intelectual corporativa tão grande como a boneca Barbie da Mattel, a diretora e co-roteirista Greta Gerwig (Lady Bird) sai, no geral, bem-sucedida. Inspirado por referências tão diversas como "O Mágico de Oz" e "O Show de Truman", a estreia cinematográfica da icônica boneca é uma divertida comédia que segue uma Barbie (Margot Robbie) que precisa viajar para o mundo real para descobrir o que a está tornando imperfeita no mundo utópico de Barbieland. No entanto, logo descobre que a invenção das Barbies não foi a panaceia feminista que elas mesmas imaginavam e que o mundo real é exatamente o oposto do que vivem em seu mundo utópico. Divertido, engenhoso e com comentários incisivos sobre o patriarcado, é uma proposta entretenida de blockbuster que quase (QUASE!) consegue nos fazer esquecer que é um enorme comercial da Mattel. Leia mais em nossa crítica completa de Barbie.
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Diante do ingrato desafio de tentar produzir uma obra com engenho e coração dentro dos limites de um... [+]
Diante de uma consciência racial mais esclarecida, mas que acaba caindo em uma correção política vazia diante das mandíbulas vorazes do consumismo; as dinâmicas raciais e suas nuances, complexidades e contradições se tornam uma caricatura de si mesmas. Ficção Americana (American Fiction) indicado ao Oscar de 2024 na categoria de Melhor Filme, é uma brilhante exploração de uma afirmação tão espinhosa. A trama segue Thelonious "Monk" Ellison (Jeffrey Wright em um de seus melhores papéis), um professor e escritor afro-americano cuja carreira estagna porque seus livros não são "negros" o suficiente. Então, o que ele faz? Adota um pseudônimo e escreve um romance satírico que busca expor a hipocrisia do mundo editorial e de nossa cultura... mas o mundo o ama por todas as razões erradas, e sua popularidade sai de controle. É uma sátira hilariante que aborda questões complicadas com sagacidade e humor, convivendo confortavelmente com outros títulos como Sorry to Bother You e alguns filmes na filmografia de Spike Lee. O elenco está mais do que à altura: Tracee Ellis Ross, Sterling K. Brown, Issa Rae e Keith David são alguns dos nomes que adornam esta produção.
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Diante de uma consciência racial mais esclarecida, mas que acaba caindo em uma correção política vaz... [+]
Um daqueles filmes queridinhos da temporada de premiações, em 2024, Os Rejeitados acompanha a história de um professor (Paul Giamatti, genial), de uma cozinheira em luto (Da'Vine Joy Randolph) e um aluno problemático (Dominic Sessa) que ficam juntos durante as festas de final de ano, quando todos os outros alunos, professores e funcionários vão para casa – eles, porém, precisam ficar ali já que não há para onde esse rapaz ir. Bem dirigido por Alexander Payne (de filmes acima da média como Nebraska, Sideways e Os Descendentes), o longa-metragem consegue emocionar com a história desses personagens que parecem rejeitados pela vida, mas que se encontram em suas diferenças – ainda que o roteiro faça questão de mostrar que há mais semelhanças do que diferenças entre esses três personagens. Joy Randolph e Sessa estão bem, o filme é todo de Giamatti, que entrega uma atuação emocionante, mas também engraçada, desse professor odiado pelos alunos e com excentricidades inesperadas. Só não espere um A Sociedade dos Poetas Mortos: o filme é mais sobre relações humanas do que sobre ensinamentos de professores.
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Um daqueles filmes queridinhos da temporada de premiações, em 2024, Os Rejeitados acompanha a histór... [+]
Inspirado no livro "Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI," "Assassinos da Lua das Flores" de Martin Scorsese é uma epopeia que reorienta a história original, contada a partir da perspectiva de agentes recém-formados do FBI, para a ótica da tribo nativa americana Osage, que foi vítima de infames assassinatos em série em uma comunidade de Oklahoma durante a década de 1920. A trama começa com Ernest Burkhart (Leonardo DiCaprio, em um papel atípico), um veterano frustrado da Primeira Guerra Mundial que retorna a Oklahoma para trabalhar para seu tio influente, William Hale (Robert De Niro), e em breve se torna o arquiteto de um sinistro plano para despojar os Osage de suas riquezas através de seu casamento com Mollie (a brilhante Lily Gladstone, de "First Cow"), uma mulher da tribo. Fiel à tradição de Scorsese, "Assassinos da Lua das Flores" é uma história brilhante sobre a ascensão meteórica, queda estrondosa e penitência tortuosa de homens seduzidos pela ganância (na linha de "Os Bons Companheiros" ou "O Lobo de Wall Street"). No entanto, o diretor, em pleno domínio de sua arte, confronta a audiência não apenas com a depravação da alma humana, mas também com nossa própria relação com histórias de sofrimento alheio. Leia mais em nossa crítica completa de "Assassinos da Lua das Flores".
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Inspirado no livro "Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI," "Assass... [+]
Quando você começa a assistir a Maestro, é natural que espere uma biografia sobre Leonard Bernstein, maestro talentoso e complicado vivido por Bradley Cooper – que assina a direção. No entanto, o que surge na trama não é algo como Tár, mas sim um filme complexo sobre um amor entre Bernstein e Felicia Montealegre (Carey Mulligan). Lento e contemplativo, o longa-metragem foge das armadilhas de transformar essa história em um dramalhão ao estilo História de um Casamento, jogando as emoções em nossa cara. Pelo contrário: Cooper deixa muita coisa subentendida para que nós, o público, possamos sentir o que está acontecendo e não apenas assistir. Por isso, é um filme que exige muito da audiência, que precisa embarcar na ideia e não achá-la apenas monótona. Crítica aqui.
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Quando você começa a assistir a Maestro, é natural que espere uma biografia sobre Leonard Bernstein,... [+]
J. Robert Oppenheimer foi um físico dos Estados Unidos que entrou para a história como o criador da bomba atômica, que mudou o curso da humanidade. E é sobre essa história que se conta em Oppenheimer, longa-metragem de Christopher Nolan (Tenet) que mergulha nos recursos, medos, facetas e várias vidas do norte-americano. Freqüentemente comparado a Prometeu, o titã que roubou o fogo dos deuses e o entregou à humanidade, Oppenheimer é dissecado ao longo de três horas, seja através de suas relações, amigos, ideias, trabalhos e outros aspectos. Ele é uma figura complexa, mas que é interpretada brilhantemente por Cillian Murphy (Peaky Blinders), um ator perfeito para um papel nada simples. E apesar de alguns vícios de Nolan na direção, insistindo em jogar desnecessariamente com a temporalidade da trama ou inserir elementos abstratos de maneira caprichosa, Oppenheimer é mostrado como o filme mais maduro do cineasta, que aceita os desafios e sabe criar um longa denso sem entediar. Uma produção difícil, quase impossível, que não se rende aos esquemas do cinema comercial e nos faz perceber que Oppenheimer está entre nós, como uma ameaça invisível que nunca quis ser. Leia mais em nossa crítica completa.
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J. Robert Oppenheimer foi um físico dos Estados Unidos que entrou para a história como o criador da... [+]
Em filmes como Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love), de Wong Kar-wai, há uma melancolia palpável por um amor que não pôde acontecer, a sensação de estar preso em um passado de possibilidade onde esse desejo romântico esteve muito próximo de se concretizar. Com Vidas passadas (Past Lives), o extraordinário debut da diretora Celine Song, acontece algo similar. Trata-se da história de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), amigos e primeiros amores da infância, que se separam quando a família dela decide deixar a Coreia do Sul e começar uma nova vida na América. Muitos anos se passarão até que eles reconectem através da internet, e ainda mais tempo até que possam se ver novamente. É uma história agridoce sobre as possibilidades perdidas com o passar do tempo e as decisões que tomamos, que nos levam por diferentes caminhos e experiências que moldam tanto nossa identidade quanto às possibilidades do amor. Leia mais na nossa crítica completa de Vidas Passadas.
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Em filmes como Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love), de Wong Kar-wai, há uma melancolia palpáv... [+]
A grande maioria dos filmes de ficção sobre o Holocausto aborda, de uma forma ou de outra, a brutal violência que suas vítimas sofreram. Mas com Zona de Interesse (The Zone of Interest), o diretor Jonathan Glazer aborda o outro lado da moeda: os mecanismos de cumplicidade que permitiram que tais atrocidades ocorressem. A trama segue Rudolf Höss (interpretado por Christian Friedel) e sua família, instalados confortavelmente em uma casa de campo, um paraíso privado separado do campo de concentração de Auschwitz apenas por uma cerca de concreto. Sem expor nunca violência desnecessariamente gráfica, o filme analisa mais seus origens e suas consequências, permitindo assim ver as maneiras como a história e seus perigos se repetem até os dias atuais. Leia mais na crítica completa de Zona de Interesse.
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A grande maioria dos filmes de ficção sobre o Holocausto aborda, de uma forma ou de outra, a brutal... [+]
Mais conhecido por seus documentários do que por seus filmes de ficção, o cineasta alemão Wim Wenders (Paris, Texas) retorna com um drama aparentemente pequeno, mas grande em suas perguntas e emoção. Dias Perfeitos é a história de Hirayama (Kōji Yakusho), um zelador empregado pelo The Tokyo Toilet que passa seus dias em uma rotina pacífica de limpar banheiros, comer tranquilamente, cuidar de suas plantas, ler e dormir, dia após dia, sempre sozinho. Através de sua manipulação do tempo e da repetição quase ritualística dessa rotina, Wenders nos mostra, por um lado, uma existência ascética e aparentemente desejável, mas também convida a questionar o preço desse estilo de vida - e as razões que poderiam ter levado seu personagem a isso.
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Mais conhecido por seus documentários do que por seus filmes de ficção, o cineasta alemão Wim Wender... [+]
Todd Haynes é um cineasta que gosta de contar histórias que mexem com o âmago da sociedade, cutucando o que há de mais podre, ridículo, inesperado. E é justamente esse tipo de história que acompanhamos em Segredos de um Escândalo, filme que fala sobre uma atriz (Natalie Portman) que vai conhecer a mulher (Julianne Moore) que irá interpretar em seu próximo filme. O motivo de fazer um filme sobre ela? Há alguns anos, ela se relacionou com um rapaz muito mais novo, menor de idade, e que agora é seu marido (Charles Melton). A partir daí, acompanhamos uma trama com três camadas: as observações de Haynes sobre como o cinema se aproveita de tragédias; como a sociedade enxerga um relacionamento como esse, nascido a partir de um crime; e como a própria sociedade também se abate sobre essas pessoas, forçando relações que não existem. É um filme maduro, intenso e com grandes atuações (Portman, Moore e principalmente Melton brilham aqui) e que apenas reafirma Haynes (de Carol e Longe do Paraíso) como um dos cineastas mais provocativos em atividade, cutucando a sociedade americana.
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Todd Haynes é um cineasta que gosta de contar histórias que mexem com o âmago da sociedade, cutucand... [+]
Quando falamos do movimento pelos direitos civis durante a década de 1960 nos Estados Unidos, é mais comum pensar em figuras como Martin Luther King e Malcolm X. Dirigido por George C. Wolfe (A Voz Suprema do Blues), 'Rustin' é uma cinebiografia que reivindica a figura de Bayard Rustin, um ativista que desafiou as autoridades, a homofobia e o racismo para organizar a Marcha em Washington de 1963. Paradoxalmente, é uma lição de história que não aprofunda tanto em seu protagonista, mas a atuação principal de Colman Domingo é tão magnética que você não conseguirá desviar o olhar. O elenco é complementado por nomes como Chris Rock, Jeffrey Wright e Audra McDonald.
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Quando falamos do movimento pelos direitos civis durante a década de 1960 nos Estados Unidos, é mais... [+]
Eu, Capitão é um filme italiano, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, mas que se passa bem longe das ruas de Roma: o longa-metragem é, na verdade, um retrato da situação de dois garotos senegaleses que buscam uma nova vida na Europa – mais especificamente, claro, na Itália. A partir daí, o diretor Matteo Garrone (do excepcional Dogman) transforma essa jornada quase em uma fábula, colocando suas já tradicionais e inesperadas doses de fantasia, enquanto os garotos chegam ao inferno para tentar atravessar a África e, quem sabe, começar uma nova vida na Europa. É um filme bonito e singelo que, apesar da questão pouco compreensiva de ser uma história sobre refugiados africanos sendo contada por um europeu branco, consegue criar sentimentos honestos.
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O cinema sobre esportes e superação é um subgênero que virou uma constante em Hollywood. Desde o tênis (King Richard), passando por boxe (Rocky, Creed) e até chegar na maratona aquática com Nyad. Longa-metragem original da Netflix, o longa-metragem conta a história real de Diana Nyad (Annette Bening), nadadora profissional que, aos 60 anos, tenta realizar o único feito que não conseguiu: ir de Cuba até a Flórida, nadando mais de 60 horas sem parar. Ainda que aposte em várias fórmulas do gênero, falando muito de superação e coisas do tipo, Nyad consegue emocionar principalmente pelas grandes atuações de Bening e de Jodie Foster (O Silêncio dos Inocentes), que interpreta a treinadora. Dirigido de maneira competente pela dupla Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi (oscarizados pelo documentário Free Solo), o longa-metragem deve arrancar lágrimas do público, que vai ver uma verdadeira história de superação, sem blá-blá-blá, na tela. E o melhor: lembra a sagacidade de Free Solo, excelente documentário sobre esporte.
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A Sala dos Professores, drama alemão indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, começa com uma dúvida pairando no ar: quem está roubando dinheiro e objetos de professores dentro da escola? Quando a substituta Carla (Leonie Benesch) passa a acreditar que descobriu a identidade do ladrão, as coisas começam a ir mal. A pessoa que é acusada se desespera, o filho – que pra piorar está na classe de Carla – se vê numa empreitada contra a professora e as coisas saem dos trilhos. Ainda que haja um forte tom moralista ao redor de A Sala dos Professores, o longa-metragem acerta ao tratar de fortes discrepâncias entre o mundo escolar e o real; a educação de casa e da escola; a Justiça comum e a Justiça que existe nas salas e carteiras da escola. Com habilidade, o diretor Ilker Çatak brinca com significados de personagens e de marcos sociais, questionando os limites das pessoas e, principalmente, dessas dicotomias sociais que distorcem a realidade.
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A Sala dos Professores, drama alemão indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, começa com uma... [+]
De maneira semelhante a Divertida Mente e Soul, Elementos é uma animação da Pixar que utiliza personagens antropomórficos para nos contar uma alegoria. Neste caso, o estúdio usa pessoas feitas de água, fogo, ar e terra para criar uma metáfora sobre a diversidade e a intolerância das civilizações. A trama segue Ember, uma garota de fogo que está se preparando para herdar a loja de seu pai, um imigrante na Cidade dos Elementos, quando as coisas começam a dar errado. Assim, ela se une a Wade, um garoto de água, para resolver uma série de problemas, e o casal começa a se apaixonar mesmo que água e fogo não se misturem. Mesmo que o filme explore temas já muito vistos em outras produções da Pixar e da própria Disney, a história é doce e a animação é belíssima, então os fãs do estúdio vão amar. Leia mais em nossa crítica completa de Elementos.
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De maneira semelhante a Divertida Mente e Soul, Elementos é uma animação da Pixar que utiliza person... [+]
Uma década após "Vidas ao Vento", o mestre da animação Hayao Miyazaki retorna com outra ambiciosa obra do Studio Ghibli, também uma de suas mais pessoais. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, "O Menino e a Garça" é a história de Mahito, um garoto que, pouco depois de perder a mãe em um incêndio, muda-se com o pai para a província do Japão, onde precisa se adaptar a uma nova vida com sua nova madrasta, Natsuko, irmã de sua mãe. Levando uma vida solitária, Mahito explora os arredores de sua nova casa, onde logo é atraído para um mundo mágico pela presença de uma garça misteriosa. O que se segue é um conto ainda mais ancorado no surrealismo do que "A Viagem de Chihiro" (o que já é dizer muito), no qual Miyazaki explora tantas ideias e abre tantas portas que, às vezes, pode parecer difícil de seguir (ou entender o que ele quer dizer com a afirmação de que o filme tem tons autobiográficos). É a extravagância do diretor em seu estado mais radical e puro, talvez não seja o melhor filme para se aproximar dele. No entanto, para seus fãs, será mais um autêntico deleite ver o nível de detalhe, ambição e cuidado em sua animação, tão tangível que permite sentir a consistência de uma cama ou o movimento realista de um líquido, tudo a serviço de uma história que, apesar de seus elementos mais alucinantes, nunca deixa de lado a emotividade. Leia nossa crítica completa de O Menino e a Garça.
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Uma década após "Vidas ao Vento", o mestre da animação Hayao Miyazaki retorna com outra ambiciosa ob... [+]
Baseado na graphic novel homônima de ND Stevenson, Nimona tem a distinção de ser o último projeto do estúdio de animação Blue Sky (A Era do Gelo) antes de ser cancelado ao ser absorvido pela Disney e ressuscitado pela Annapurna Pictures e Netflix. Situado em um mundo medieval e futurista ao mesmo tempo, este filme animado utiliza a típica fórmula de uma dupla improvável: um cavaleiro acusado de um crime trágico que não cometeu e uma pessoa metamorfa que quer ajudá-lo a limpar seu nome, apesar de ele jurar matá-la. Nimona não se destaca pela originalidade de seus diálogos e humor, mas sim pela abordagem alegórica de temas como identidades LGBTQIA+.
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Baseado na graphic novel homônima de ND Stevenson, Nimona tem a distinção de ser o último projeto do... [+]
Após o inesperado sucesso de ‘Homem-Aranha: No Aranhaverso’, a sequência busca ampliar o universo – e, quem sabe, garantir ainda mais filmes e séries. Em ‘Homem-Aranha: Através do Aranhaverso’, Miles Morales, queridinho do público e que consegue ser ainda mais divertido e interessante do que Peter Parker, está passando pelo processo de crescimento. É o meio da adolescência, ele começa a ficar cada vez mais adulto. Afinal, ele viu sua vida se transformar com a picada de aranha que lhe deu poderes e, agora, tenta conciliar isso com a consciência de que há um universo paralelo com Gwen, a Mulher-Aranha que conquistou o coração do rapaz de Nova York. Ainda que seja bem menos inspirado do que o anterior, principalmente por conta do tom comercial que toma espaço na história, o longa-metragem continua com um protagonista apaixonante (Miles é bem melhor do que Peter!) e, acima de tudo, com uma estética que deixa qualquer um de boca aberta. A história acaba se anulando para servir de escada para o terceiro filme da franquia, Beyond the Spiderverse, deixando o melhor pra depois. Falta força. Ainda assim, é um filme essencial para quem gosta da franquia e que quer se maravilhar com a estética.
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Após o inesperado sucesso de ‘Homem-Aranha: No Aranhaverso’, a sequência busca ampliar o universo –... [+]
Um músico popular se lançando como candidato à presidência de um país é uma ideia extravagante por si só, então um documentário sobre isso não poderia ser diferente, com todos os aspectos positivos e negativos que isso acarreta. Bobi Wine: The People’s President documenta como o artista homônimo desafiou o longo mandato de Yoweri Museveni, que tem sido presidente de Uganda desde 1986, uma ditadura militar disfarçada de democracia. As notícias e a história já documentam o desfecho dessa eleição, mas aqui o que importa é a jornada e a denúncia: sob o carisma de Wine, há uma mensagem sobre a importância de lutar pela democracia ou mantê-la onde ela realmente existe.
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Um músico popular se lançando como candidato à presidência de um país é uma ideia extravagante por s... [+]
Ao caminhar numa linha tênue entre o documentário e a ficção comAgente Duplo, a cineasta chilena Maite Alberdi demonstrou uma sensibilidade e compaixão impressionantes ao abordar temas relacionados às doenças próprias do ocaso da vida. A Memória Infinita não é diferente. Este documentário mergulha na intimidade do jornalista Augusto Góngora e de sua esposa, Paulina Urrutia. Ele, no entanto, foi diagnosticado com Alzheimer há oito anos, e agora vivem com ternura e paciência, mas temendo o dia em que ele não mais a reconhecerá. A história não é apenas devastadora – no melhor sentido da palavra – pelo seu drama inerente, mas também é um ensaio sobre a própria memória e sua fragilidade, assim como sobre o papel do cinema como documento para preservar a memória histórica e conscientizar sobre a doença.
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Ao caminhar numa linha tênue entre o documentário e a ficção com Agente Duplo, a cineasta chilena Ma... [+]
A tragédia dos Andes, ocorrida no início dos anos 70, é uma das histórias de sobrevivência mais angustiantes - e também famosas e midiáticas - do século XX, já adaptada para a tela em filmes como "Vivos", de Frank Marshall. O que, então, pode ser dito de novo? Não muito, mas o diretor espanhol J.A. Bayona (O Impossível) opta, acertadamente, por aprimorar não o "o quê", mas o "como". "A Sociedade da Neve" pode ser o relato definitivo desta história difícil, e aqui o diretor intensifica as doses equitativas de pavor, terror e esperança que atravessaram os protagonistas, de uma maneira que pode ser emocionante, mas nunca sensacionalista ou excessivamente afastada dos fatos. Se você gosta de relatos de sobrevivência baseados em casos reais, ou quer se aproximar dessa história pela primeira vez, esta é uma excelente opção.
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Um dos principais nomes do cenário político no pós-Segunda Guerra Mundial era o de Golda Meir. Senhora de traços aconchegantes, como se fosse uma avó que serve bolo com café, a política israelense foi uma das fundadoras do Estado de Israel e o liderou durante os anos 1970, sendo responsável por gerir o país em períodos de conflito enquanto Israel se firmava como uma nação perante o resto do mundo. E é justamente nesse período que se passa Golda: A Mulher de uma Nação, longa-metragem que acompanha os bastidores da Guerra do Yom Kippur, quando Israel enfrentou Egito e Síria. É um drama biográfico esperto, que recorta um único cenário para contar a história de vida de uma das personagens mais emblemáticas (e polêmicas) da história política judaica. Com Golda sendo interpretada por uma irreconhecível Helen Mirren, carregada de maquiagem, mas com força em suas expressões faciais, o longa-metragem consegue impressionar pelo retrato fiel da primeira-ministra. Só fica um ponto de atenção: o diretor Guy Nattiv (oscarizado pelo curta Skin) deixa de abordar outras visões sobre Golda e a causa israelense para abraçar uma única visão de Israel e Golda como os mocinhos e os árabes, como sempre acontece há décadas nos cinemas, como os malvados sem coração.
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Um dos principais nomes do cenário político no pós-Segunda Guerra Mundial era o de Golda Meir. Senho... [+]
Dirigido pelo cineasta chileno Pablo Larraín (Spencer), El Conde é (ou pretende ser) uma sátira que reimagina Augusto Pinochet (Jaime Vadell) como um ditador que, em vez de ter morrido em 2006, perdurou como um vampiro que não apenas se recusa a desaparecer, mas cujas origens remontam à Revolução Francesa. Apesar de sua premissa interessante, o filme de Larraín é basicamente isso: uma premissa. O diretor e roteirista não consegue transcender o óbvio em uma sátira didática (e, paradoxalmente, pouco incisiva) que se resume a uma zombaria de um fascismo que, perdoado com muita facilidade, persiste em um caixão e naqueles que aprenderam a ser parasitas de uma ordem violenta e glorificada.
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Dirigido pelo cineasta chileno Pablo Larraín (Spencer), El Conde é (ou pretende ser) uma sátira que... [+]
Para o espectador ocidental, Godzilla pode parecer um monstro de filmes puramente espetaculares, famoso recentemente pelo MonsterVerse da Warner Bros., inaugurado pelo filme de 2014. No entanto, é preciso lembrar que se trata de um personagem criado no Japão e que, embora tenha uma longa história de filmes de monstros um tanto bobos, encontra suas raízes na história do país asiático com os desastres nucleares. 'Godzilla Minus One' é um retorno a essas raízes, situando a história após a Segunda Guerra Mundial e com uma narrativa profundamente humana com o monstro como antagonista. Isso não significa que seja um filme carente de espetáculo visual: pelo contrário. No entanto, ele realiza o difícil equilíbrio entre entretenimento e uma narrativa profunda que, sim, deixará você tão chocado quanto emocionado.
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Para o espectador ocidental, Godzilla pode parecer um monstro de filmes puramente espetaculares, fam... [+]
Dirigido novamente por James Gunn, que agora também acumula a função de diretor da DC nos cinemas, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é o encerramento — pelo menos na teoria — dos Guardiões nos cinemas. Curiosamente, porém, o foco não é Peter Quill, o líder do grupo vivido por Chris Pratt, mas Rocket, o guaxinim falante de Bradley Cooper. É ele que concentra toda a história ao seu redor quando o filme começa com Adam Warlock (Will Poulter), poderoso personagem da Marvel, que vai atrás do animal falante. Rocket é ferido e, então, o grupo precisará regressar às origens do guaxinim para salvá-lo – e, com isso, o público finalmente conhece a história de Rocket. Partindo do princípio que é uma despedida, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é bastante emocional. A partir dessa união de todos os personagens do grupo ao redor do personagem ferido, Gunn trabalha elementos do roteiro para falar sobre amizade, família e a importância de existir pessoas ao seu lado. Além de uma quantidade razoável de minutos do longa, com suas 2h30, que é dedicada a, basicamente, criar uma distopia sobre testes de animais em laboratórios. É o ciclo completo da visão de James Gunn para esses personagens. Início, meio e um fim que emociona e diverte os fãs desse grupo tão diferente, inesperado e querido por muitas pessoas.
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Dirigido novamente por James Gunn, que agora também acumula a função de diretor da DC nos cinemas, G... [+]
Depois de duas tentativas frustradas de colocar a história completa de Napoleão Bonaparte nas telonas, uma pelas mãos do cineasta francês Abel Gance e outra pelo genial Stanley Kubrick, o diretor Ridley Scott enfim vence essa sina com Napoleão, uma das grandes produções de 2023. Seu Napoleão, que é uma produção da Sony e da Apple, chega com toda a pompa possível: é um épico de mais de 2h30, com cenas de batalha grandiosas e que não tentam abreviar a jornada do imperador francês em momento algum. O filme começa com sua vitória com o Cerco de Toulon, uma das batalhas mais impressionantes da História, até sua derrocada em Waterloo. É a vida completa, apoiada em um tripé complicadíssimo de dar conta: a frente militar da vida de Napoleão, com todas essas batalhas que fizeram a Europa tremer; a frente política, com a sua inesperada chegada ao trono francês mesmo após a Revolução Francesa; e um de seus aspectos mais curiosos recaindo na vida amorosa, com a paixão por Josephine (Vanessa Kirby). Logo de cara, assim, fica até um pouco óbvio qual é o calcanhar de Aquiles dessa produção imensa de Scott: a necessidade de dar conta de um período grande demais da vida de Napoleão, que coisa demais fez em vida, em apenas 2h30. Falta, talvez, um recorte bem mais apurado no roteiro de David Scarpa (parceiro de Scott em Todo o Dinheiro do Mundo), que acaba se enrolando em muita história pra contar. É política, é família, é guerra, é romance, é traição. Felizmente, o elenco ajuda a diminuir a sensação de que as coisas estão desmoronando: Joaquin Phoenix (Coringa) faz um Napoleão que traz suas inseguranças embarcadas em sua voz que treme e gagueja, querendo se provar sempre; e Kirby, que já tinha brilhado em Pieces of a Woman, volta a trazer uma atuação magnética, convencendo como a sedutora Josephine. Isso sem falar das impressionantes cenas de guerra, que ajudam a dar o tom e mostram que Scott, mesmo errando de vez em quando, ainda sabe fazer um bom cinema.
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Depois de duas tentativas frustradas de colocar a história completa de Napoleão Bonaparte nas telona... [+]
Eva Longoria (atriz famosa por 'Desperate Housewives') faz sua estreia na direção com 'Flamin' Hot', que conta uma das histórias mais conhecidas de latinos alcançando o "sonho americano": Richard Montañez, inventor dos mundialmente famosos Cheetos Flamin' Hot. Como biografia, o filme é como o próprio salgadinho: pode ter muitas calorias e pouco valor nutricional, mas certamente é interessante e divertido como história. Por outro lado, os entusiastas de casos de sucesso nos negócios e marketing levados ao cinema (como 'AIR: A História por Trás do Logo') certamente encontrarão algo aqui que irão gostar.
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Eva Longoria (atriz famosa por 'Desperate Housewives') faz sua estreia na direção com 'Flamin' Hot'... [+]
Neste documentário profundamente íntimo, o músico Jon Batiste tenta compor uma sinfonia enquanto sua esposa, a escritora Suleika Jaouad, passa por tratamento de câncer. [-]
Neste documentário profundamente íntimo, o músico Jon Batiste tenta compor uma sinfonia enquanto sua... [+]
Indiana Jones é um dos personagens mais emblemáticos da história do cinema – quiçá, o mais emblemático. O explorador com chapéu e chicote encontrou um bom espaço no imaginário popular e a música-tema até hoje persegue Harrison Ford, o ator por trás de Indy. Assim, quinze anos depois do mediano Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal e 42 anos desde o lançamento do primeiro filme, Harrison Ford retornou para o lendário papel do arqueólogo Indiana Jones para enfrentar a última aventura. O longa-metragem se passa em 1969 e Indy, que luta para se encaixar em um mundo que parece tê-lo superado, está prestes a se aposentar após passar mais de uma década lecionando em uma universidade em Nova York. No entanto, a aventura lhe chama quando a afilhada (Phoebe Waller-Bridge, de Fleabag) surge em busca de um artefato raríssimo. É aí que o diretor James Mangold (de Logan) assume essa aventura, tirando Steven Spielberg pela primeira vez do posto, com momentos inusitados para o personagem, indo desde uma aventura divertida em Marrocos e até momentos que lembram a série Doctor Who. É um filme que se equilibra entre passado, presente e futuro, tentando criar um novo caminho para Indy, enquanto também celebra tudo aquilo que esse personagem já nos proporcionou nas telas.
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Lançado em tempos em que sindicatos de atores e de roteiristas se colocam frontalmente contra o uso de inteligência artificial em seus ambientes de trabalho, Resistência parece um peixe fora d’água, um filme lançado em um contratempo, em um momento “errado”. Afinal, o longa-metragem de Gareth Edwards (Godzilla e Rogue One) fala sobre um tempo em que os seres humanos dividem espaço com robôs com inteligência artificial avançadíssima. Seria um novo Blade Runner? Não é bem por aí. Afinal, conforme Joshua (John David Washington) se afeiçoa com a pequena Alphie (Madeleine Yuna Voyles), um robô extremamente avançado, Edwards vai nos questionando se os robôs são exatamente um Robocop e Exterminador do Futuro ou, por outro lado, um A.I. - Inteligência Artificial. São bons questionamentos, em um filme exageradamente longo, mas que mostra novamente como o cineasta e roteirista sabe contar boas histórias e criar mundos impactantes.
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Parece que Tom Cruise não tem freios: depois de subir o Burj Khalifa e de ficar preso do lado de fora de um avião, o ator continua impressionando em suas cenas de ação no empolgante Missão: Impossível 7 - Acerto de Contas Parte Um. Dirigido de novo por Christopher McQuarrie (de Efeito Fallout), o longa-metragem acompanha novamente o agente Ethan Hunt (Cruise) em uma missão (quase) impossível: enfrentar uma inteligência artificial que tem o poder de controlar qualquer coisa, inclusive governos e agências de inteligência. Espécie de O Enigma de Outro Mundo digital, em que ninguém pode confiar em ninguém fora do mundo real ou analógico, a paranoia toma conta da história, em uma das tramas mais desesperadoras da saga Missão: Impossível – nem sentimos as mais de 2h40 de projeção do filme. E o longa-metragem ainda conta com algumas cenas de ação espetaculares, como o salto de Tom Cruise de um desfiladeiro e uma cena desesperadora dentro de um trem, onde Hunt e Grace, uma ótima nova personagem interpretada por Hayley Atwell (Agente Carter), precisam sobreviver enquanto partes do trem despencam.
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Depois de "O Fantástico Sr. Raposo", o diretor Wes Anderson (Asteroid City) mais uma vez adapta uma obra de Roald Dahl em "A Incrível História de Henry Sugar", um curta exclusivo da Netflix em que o cineasta leva ao extremo todas as marcas de seu estilo característico. O resultado é uma peça genial que brinca com diversos níveis narrativos: a história é contada pelo próprio Dahl (Ralph Fiennes), que narra como o egocêntrico e excêntrico milionário Henry Sugar (Benedict Cumberbatch) descobre um caderno com as anotações que um médico (Dev Patel) faz sobre as experiências de um místico de circo (Ben Kingsley), um homem que aprendeu a "ver sem usar os olhos". Toda a idiossincrasia de Wes Anderson é levada às últimas consequências neste curta-metragem, então não fará você mudar de ideia se for um de seus críticos. No entanto, os fãs vão desfrutar de um verdadeiro deleite em que o diretor demonstra que o artifício de seu cinema não impede que alcance verdades profundas e emocionantes com suas histórias. Leia mais na nossa crítica de "A Incrível História de Henry Sugar".
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