Conheça Anya Taylor-Joy, de 'O Gambito da Rainha' e 'O Menu'

Com uma breve carreira, Anya Taylor-Joy se tornou uma das atrizes mais aclamadas de sua geração; a seguir contamos mais sobre ela

Lalo Ortega | 18/01/2023 às 19:00 - Atualizado em: 17/01/2023 às 21:53


Não há dúvida de que a cada novo filme que ela estrela, a ascensão de Anya Taylor-Joy parece estar chegando ao topo. A atriz britânica, estrela de produções de sucesso como 'O Menu' e 'O Gambito da Rainha', ganhou tanto destaque que parece ter uma longa carreira, embora só tenha aparecido em nossas telas em 2015.

E a realidade é que o futuro parece tão promissor quanto tudo o que fez até agora. Se você já viu Anya Taylor-Joy em 'O Menu' e mal pode esperar para ver o que ela fará a seguir, aqui está um pouco mais sobre sua vida e carreira.

O começo multicultural de Anya Taylor-Joy

Anya Taylor-Joy nasceu em 16 de abril de 1996 em Miami, Flórida, filha de pai argentino de ascendência britânica e mãe anglo-argentina. Assim, pelo acaso de ter nascido nos Estados Unidos, goza de nacionalidade americana e britânica.

No entanto, a atriz morou na capital argentina, Buenos Aires, até os seis anos de idade. É por isso que, apesar de ter vivido a maior parte de sua vida em Londres, Taylor-Joy também fala um espanhol perfeito, uma das qualidades que a torna uma das atrizes internacionais mais queridas do público latino-americano.

Antes de se tornar atriz, porém, Anya passou pela dança - estudou balé aos 15 anos - e modelagem a partir dos 17. Uma reviravolta do destino, por meio de uma sessão de fotos para promover a série 'Downton Abbey', a levou a assinar com a seu agente.

Quase com a mesma rapidez poderíamos dizer que “o resto é história”. Quase.

Primeiro filme de Anya Taylor-Joy

Como todos os artistas iniciantes, Anya teve que lidar com papéis menores e cortes de edição brutais. Ele nem apareceu em seu primeiro filme: teve um papel como figurante em 'Vampire Academy', uma comédia de terror de 2014 estrelada por Zoey Deutch, Claire Foy e Olga Kurylenko. Também esteve em um episódio da série 'Endeavor'.

Anya Taylor-Joy em 'Atlantis' (Crédito: BBC)

Em 2015, a atriz conseguiu um papel recorrente na segunda temporada da série britânica 'Atlantis', sobre um piloto de submarino que acaba emergindo nas margens do continente perdido de Atlantis. Para o papel, Anya teve que raspar a cabeça.

O mesmo ano marcou o ponto de virada com o que é tecnicamente o primeiro filme pelo qual Anya Taylor-Joy é creditada: 'A Bruxa', de Robert Eggers. A produção de terror independente lançou as carreiras de seu diretor e de sua atriz principal. A dupla voltou a colaborar no terceiro longa do cineasta, 'O Homem do Norte'.

Curiosamente, isso quase não aconteceu, como a própria Anya disse recentemente à Harper's Bazaar. Ela havia sido convidada para estrelar um piloto do Disney Channel, mas "'A Bruxa' me deu uma sensação muito boa, o que me fez rejeitar a experiência da Disney em favor do que parecia desconhecido, sagrado".

'O Gambito da Rainha': o sucesso de Anya Taylor-Joy na pandemia

No cinema, a jovem atriz não parava de ter papéis de destaque. Em 2016, apareceu ao lado de Kate Mara e Toby Jones no regular 'Morgan', mas também esteve em 'Barry', filme biográfico sobre o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A tríade foi completada por 'Fragmentado', um thriller de M. Night Shyamalan com James McAvoy.

Nos anos seguintes viriam projetos de todos os tipos e tamanhos: a comédia ácida 'Thoroughbreds', por exemplo, na qual estrelou ao lado de Olivia Cooke (atual estrela de 'A Casa do Dragão'). Ela fez seu primeiro trabalho de voz em 'Playmobil: O Filme', e depois interpretou uma das filhas de Marie Curie em 'Radioactive', ao lado de Rosamund Pike. Também estrelou uma adaptação de Jane Austen, 'Emma.'.

No entanto, pode-se argumentar que sua carreira realmente não explodiu na tela grande, mas na pequena. Anya já havia marcado créditos na televisão como na minissérie 'The Miniaturist', de 2017, e já era regular em 'Peaky Blinders', série cujo elenco trazia nomes como Cillian Murphy e Sam Neill.

Mas nada do que veio antes se compararia ao sucesso de 'O Gambito da Rainha', série da Netflix que, na época, se tornou a mais assistida da plataforma (antes de ser suplantada por títulos como 'Round 6' ou 'Wandinha', atualmente a segunda mais assistida série em inglês no catálogo).

Não é por acaso: a série, baseada no romance homônimo de Walter Tevis, estreou na plataforma no final de 2020, ano em que a humanidade ficou confinada com pouca companhia além da televisão. Além de se tornar um dos rostos mais conhecidos do planeta, Anya Taylor-Joy ganhou vários prêmios de Melhor Atriz, incluindo Globo de Ouro, Screen Actors Guild e Television Critics Awards.

Esse foi, até agora, seu último crédito na telinha.

'O Menu': Consolidação e futuro

Pode-se dizer que Anya voltou para a tela grande para consolidar sua breve carreira. De 2021 em diante, colaborou com sucesso com vários grandes nomes nos bastidores.

O primeiro deles é o cineasta inglês Edgar Wright, com quem fez o thriller de inspiração giallo 'Noite Passada em Soho'. Isso foi seguido por seu segundo filme com Robert Eggers, 'O Homem do Norte'.

No final de 2022, Anya Taylor-Joy voltou a brilhar em outra atuação indicada ao Globo de Ouro: 'O Menu', um duelo de atuação cara-a-cara com Ralph Fiennes em um thriller macabro de vingança gastronômica. Participou também do elenco de 'Amsterdam', mais um tropeço cujo único mérito é justamente o bom elenco.

Ela também deveria se reencontrar com Eggers para o tão aguardado remake de 'Nosferatu', mas conflitos de agenda forçaram Anya a sair do projeto. Ela foi substituída por Lily-Rose Depp, embora o projeto permaneça no limbo.

No entanto, o futuro parece brilhante para a atriz. Para começar 2023, ela emprestará sua voz para a Princesa Peach no filme animado 'Super Mario Bros.', da Illumination, baseado na popular franquia de videogame da Nintendo.

Porém, talvez seu projeto mais interessante seja 'Furiosa', um spin-off de 'Mad Max: Estrada da Fúria' onde ele fará o papel imortalizado por Charlize Theron na época. O próprio diretor George Miller está dirigindo o projeto escrito também por Nick Lathouris ('Era uma Vez um Gênio'), então não há dúvidas de que será interessante.

Para onde mais Anya Taylor-Joy irá? O tempo o dirá. E se ela tem alguma coisa, além de talento, está na hora: no momento em que escrevo, a atriz está prestes a completar 27 anos. Muitos anos de carreira pela frente, que esperamos que se traduzam em excelentes projetos para o deleite do público.

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Lalo Ortega
Lalo Ortega

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

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