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Crítica de 'Elementos': uma bela, porém banal animação da Pixar
Elementos ('Elemental'), da Pixar, é uma proposta divertida e comovente de animação deslumbrante, mas com temas já explorados de forma semelhante. Leia a crítica completa.
Lalo Ortega | 21/06/2023 às 23:38 - Atualizado em: 26/06/2023 às 12:14
A Pixar, um dos estúdios de animação digital mais aclamados atualmente, parece ter uma predileção por antropomorfizar conceitos abstratos com fins metafóricos, desde emoções até propósitos de vida. Por isso, ao assistir a Elementos (Elemental), que chega aos cinemas em 22 de junho, não se pode culpar ninguém por pensar: será que já vi isso antes?
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E eles não estariam totalmente errados. Este filme (a segunda chance do diretor Peter Sohn após O Bom Dinossauro) aposta na alegoria social com toques de comédia romântica – este último é uma novidade para o estúdio, se a memória não me falha. O resultado é muito divertido e visualmente cativante, mas de fato: parece muito um caminho já percorrido.
Sobre o que se trata Elementos da Pixar?
A história se passa em Cidade Elemento, uma metrópole onde coexistem cidadãos feitos de quatro elementos diferentes: água, terra, fogo e ar. No entanto, estes últimos são a onda mais recente de imigrantes a chegar: muitos deles não são bem-vistos e vivem confinados em áreas marginalizadas de uma cidade que não foi pensada para eles.
É nesse contexto que Faísca (no original Ember Lumen, dublada por Leah Lewis em inglês, e por Luiza Porto em português), uma imigrante de segunda geração e filha de Brasa (Bernie, voz de Ronnie del Carmen/André Mattos) e Cinder (Shila Ommi/Marisa Orth), que vieram da Terra do Fogo. Faísca está sendo preparada para herdar a loja de seu pai e, com isso, manter vivas as tradições de sua família e antepassados.
No entanto, uma anomalia na cidade faz com que Gota (Wade Ripple, voz de Mamoudou Athie/Dláigelles Silva), um rapaz de água e inspetor de obras, seja arrastado para os canos da loja. Tentando evitar que Gota multe a loja de seu pai, Faísca acaba trabalhando com ele para resolver um problema de vazamentos na cidade.
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Elementos é uma alegoria sobre diversidade e intolerância
O roteiro de John Hoberg, Kat Likkel e Brenda Hsueh inclui certos detalhes não tão sutis que revelam Elementos como um comentário sobre a intolerância em relação aos imigrantes: os primeiros a se estabelecerem na cidade foram a água, a terra e o ar, e veem o fogo com desprezo por ser tão diferente. As pessoas de fogo são luminosas e queimam as coisas ao toque.
Consequentemente, a cidade não foi construída com eles em mente, o que os condenou a viver nas margens do lugar, nos cantos escuros, esquecidos e mais negligenciados. Fica implícito que a loja de Brasa, construída "com suas próprias mãos", é um negócio informal.
Embora se possa questionar a caracterização de Faísca e seus semelhantes de fogo (certos aspectos, como sua comida, temperamento volátil e costumes, aludem a culturas do Oriente Médio, Sul da Ásia e América Latina), a realidade é que também não se pode negar a universalidade da metáfora. Em nossa realidade, culturas frequentemente representam "os outros", geralmente exilados e discriminados nas terras para as quais vão.

Por outro lado, Elementos também é uma celebração tanto dessa diferença quanto de sua conciliação com a individualidade. O perigo dos vazamentos é o que impulsiona a trama, mas em seu cerne está o conflito de Faísca em honrar seu pai e suas tradições, apesar do que ela quer para si mesma.
Tudo vem embalado em uma animação belíssima que, embora às vezes estique os limites da credibilidade e da física (até mesmo para um filme de fantasia), é inegável que ela é hipnótica. Nesse sentido, pode-se classificar como um dos trabalhos mais originais do estúdio, e isso não é pouca coisa!
Assista às animações da Pixar dubladas completas clicando aqui.
Recursos já vistos na Disney e na Pixar
No entanto, apesar da reviravolta na comédia romântica trazer frescor, os recursos e temas utilizados em Elementos ecoam outras produções animadas. Não apenas da própria Pixar, mas também da Walt Disney Animation.
Por um lado, não podemos deixar de mencionar Zootopia, outra animação que utiliza personagens antropomórficos para estabelecer metáforas sobre intolerância e preconceito (entre predadores e presas, nesse caso). Isso sem mencionar Soul e Divertida Mente.
Por outro lado, há o tópico dos filhos que afirmam sua individualidade contra os desejos dos pais. É um tema amplamente explorado em outras produções da Pixar, desde Valente até Viva - A Vida é uma Festa, passando por Luca e Red: Crescer é uma Fera.

Elementos tem o mérito de enquadrar a questão no contexto da imigração e da intolerância, temas sobre os quais, sem dúvida, é importante refletir. Porém, ao torná-lo o cerne de sua narrativa, não consegue evitar essa sensação de familiaridade que não lhe favorece. Fica a sensação de que o estúdio começa a se repetir (e, para o bem e para o mal, não parece ser uma tendência que mudará em breve).
Mesmo com tudo isso, a Pixar entrega uma comédia romântica emotiva e divertida que traz o já conhecido selo do estúdio: é uma produção atraente que pode ser apreciada superficialmente por toda a família, mas possui profundidade suficiente para ser analisada em um nível mais profundo pelo público adulto.
Elementos chega aos cinemas em 22 de junho. Para comprar ingressos, clique aqui.
Publicado originalmente na versão mexicana do Filmelier.


Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.
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