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'Mansão Mal-Assombrada': Disney dá aula sobre perder dinheiro para 'Barbenheimer'
Enquanto 'Barbie' continua quebrando recordes, 'Mansão Mal-Assombrada' é outra decepção de bilheteria para a Disney em 2023
Lalo Ortega | 31/07/2023 às 16:23 - Atualizado em: 31/07/2023 às 16:23
Quem apostaria contra o poder conjunto de Barbie, Christopher Nolan e Tom Cruise? A Disney, ao que parece. Apesar de optar pela estratégia de contraprogramação – lançar uma estreia direcionada a um setor de público distinto –, o estúdio tomou a garrafal decisão de estrear no verão a Mansão Mal-Assombrada, um filme de terror para crianças que teria tido uma melhor oportunidade de brigar em outubro, perto do Halloween, e longe de um complicadíssimo verão cinematográfico em Hollywood.
- Leia também a crítica: Mansão Mal-Assombrada não consegue nem superar a versão de 2003
Com uma arrecadação do primeiro fim de semana de apenas US$ 24 milhões nos Estados Unidos, um pouco mais de US$ 9 milhões em outros territórios e um total de US$ 33,3 milhões na bilheteria global (via Box Office Mojo), o filme encabeçado por Lakeith Stanfield (Judas e o Messias Negro) é outro fracasso para a Disney, que só em 2023 perdeu dinheiro com Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, A Pequena Sereia e Indiana Jones e a Relíquia do Destino.
A Mansão Mal-Assombrada teve um custo de produção estimado em US$ 150 milhões, sem contar gastos de promoção. Mesmo com cálculos mais conservadores, na casa das dezenas de milhões de dólares para custos de marketing e comunicação, a Disney terá dificuldade para atrair o público infantil e recuperar o investimento, já que Tartarugas Ninja: Caos Mutante estreará na próxima semana.
Mais difícil ainda se pensarmos que Barbie só aumenta sua arrecadação de maneira impressionante, quebrando recordes e consolidando o fenômeno Barbenheimer.
Barbie World
Caso ainda houvesse dúvidas, Barbie se confirma como o fenômeno de bilheteria do verão, adicionando mais US$ 93 milhões durante o fim de semana e alcançando um total acumulado global de US$ 774.5 milhões no momento da redação (via Box Office Mojo).
Com isso, ela já é o terceiro filme com maior arrecadação do ano e está chegando perto de Guardiões da Galáxia Vol. 3, que ocupa o segundo lugar. Se mantiver o ritmo, será apenas questão de tempo para que ela assuma o primeiro lugar de Super Mario Bros.
No entanto, a outra metade de Barbenheimer também teve excelentes números. Oppenheimer, de Christopher Nolan, adicionou mais US$ 46.6 milhões na bilheteria global, totalizando pouco mais de US$ 400 milhões. Com um custo de produção de US$ 100 milhões, já gerou lucro para a Universal Pictures em sua primeira colaboração com o diretor.

É importante destacar que tanto Barbie quanto Oppenheimer arrecadaram consideravelmente mais do que Mansão Mal-Assombrada, da Disney, mesmo estando em seu segundo fim de semana em cartaz. Também temos o caso de Fale Comigo, uma pequena proposta de terror da A24, que também estreou no fim de semana nos Estados Unidos. Com uma arrecadação de US$ 10 milhões e um orçamento de US$ 4.5 milhões, já é um sucesso garantido.
Após o desempenho de Mansão Mal-Assombrada, a Disney talvez queira tomar nota do fenômeno Barbenheimer. Como disse o tal Francis Ford Coppola recentemente: "o fato de as pessoas estarem lotando os cinemas para vê-las, sem serem sequências ou prequelas, sem números no título, sendo filmes únicos, é uma vitória para o cinema".
Tom Cruise não esperava por isso
Mansão Mal-Assombrada da Disney não é o único filme com problemas, já que Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 está lutando para se manter à tona.
O arrasador sucesso de Barbie e Oppenheimer (e as telas premium que este último absorveu) têm sido um golpe duro para a sétima entrega da saga de ação protagonizada por Tom Cruise, que apesar de tudo já arrecadou US$ 448 milhões nas bilheterias. No entanto, ainda está longe do ponto de equilíbrio para uma megaprodução de US$ 291 milhões (inflacionados pela pandemia) sem contar os gastos de promoção.
- Leia também: Barbie terá uma sequência?

Além disso, o filme enfrenta um concorrente inesperado entre o público de filmes de ação. Trata-se de Sound of Freedom, uma polêmica produção da Angel Studios estrelada por Jim Caviezel (A Paixão de Cristo), que já arrecadou US$ 150 milhões nas bilheterias dos Estados Unidos, contra um orçamento de apenas US$ 14.5 milhões. Já é uma das produções mais rentáveis do ano, apesar das críticas mistas sobre sua qualidade geral.
No cenário atual, Missão: Impossível 7 enfrenta uma luta complicada para recuperar seu investimento, considerando que tem menos telas a cada semana. Estima-se que seu ponto de equilíbrio esteja acima dos 600 mdd. Seria uma pena que ele perdesse dinheiro, se considerarmos que a franquia é um dos melhores exemplos do que Hollywood gosta de fazer e o público gosta de receber: entretenimento espetacular, bem feito e muito lucrativo.
A sombra da greve
As greves de atores e escritores em Hollywood se estendem por mais uma semana, trazendo outra preocupação à mesa: uma vez que o verão termine e a nuvem nuclear rosa se dissipar, virá uma longa escassez de estreias nas telas de cinema. As novas produções estão paralisadas, e os estúdios estão avaliando a possibilidade de espalhar seus filmes concluídos nos próximos meses.
Enquanto os trabalhadores criativos de Hollywood lutam contra os grandes estúdios por melhores condições de trabalho, remuneração e segurança contra o avanço da inteligência artificial, um duro golpe se aproxima para a já frágil indústria da exibição cinematográfica, enfraquecida pela pandemia. Com menos filmes para serem lançados, haverá menos chances para os cinemas gerarem receita e se manterem afloat.
Nesse cenário, os estúdios das plataformas de streaming, como a Netflix, têm pouco a perder. Por outro lado, tudo indica que os executivos dos estúdios pretendem deixar que a greve se prolongue até que atores e escritores cedam e voltem ao trabalho, correndo o risco de perderem suas casas e famílias. As salas de cinema ficarão presas no fogo cruzado na batalha por condições de trabalho justas e os lucros das megacorporações de mídia.
Pelo menos o salário de Bob Iger estará seguro.
Mansão Mal-Assombrada ainda está em cartaz. Clique aqui para comprar ingressos.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.

Lalo Ortega é um crítico mexicano de cinema. Já escreveu para publicações como EMPIRE em español, Cine PREMIERE, La Estatuilla e mais. Hoje, é editor-chefe do Filmelier.
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