Warner Bros. adia estreias de ‘Tenet’ e ‘Mulher-Maravilha 1984’
A pandemia da covid-19, doença causada pelo SARS-CoV-2 (o novo coronavírus), continua tendo impacto para os grandes estúdios. Com os cinemas fechados em boa parte do mundo e com planos de retomada das economias colocando a volta dos exibidores como um dos últimos estágios, a Warner Bros. se viu obrigada a, mais uma vez, adiar o lançamento de seus filmes.
‘Tenet’, o próximo filme de Christopher Nolan (de ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas‘) e que pretende ser inovador em seu roteiro, teve a estreia nos cinemas dos EUA adiada de 17 de julho para o dia 31 do mesmo mês – duas semanas de diferença.
Já ‘Mulher-Maravilha 1984’ saiu de 14 de agosto e foi para 2 de outubro. Vale lembrar que, originalmente, a heroína da DC chegaria aos cinemas agora em junho.
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Agora, com as mudanças, o primeiro blockbuster programado para estrear após o começo da pandemia é da Disney: ‘Mulan’, a versão live action da animação. Nos EUA, a estreia está prevista para 24 de julho.
E no Brasil?
Vale lembrar que essas datas são relativas ao mercado dos Estados Unidos. A Warner Bros. no Brasil ainda não divulgou novos dias para o nosso País. Há duas questões que envolvem a realização dessas datas por aqui. A primeira é justamente a retomada das atividades dos exibidores. Ainda que projetos de cinemas drive-in estejam acontecendo, as salas tradicionais de Rio e São Paulo devem começar a abrir (se tudo der certo) entre final de julho e começo de abril – como apontam os planos da “nova quarentena” em ambas as cidades. Isso, claro, se outros critérios levados em conta pelas autoridades não piorem, como número de casos e ocupação de UTIs. Além disso, nesse “novo normal”, as salas terão capacidade reduzida. Fora o desafio de convencer muitos consumidores a saírem de casa e ficarem fechados em uma sala por duas horas, usando máscara, ao lado (mesmo que distantes) de desconhecidos. Não há ainda uma vacina para a doença e o perigo do contágio continua. Muda isso, sem dúvida, será um “twist plot”, uma virada de roteiro, maior do que qualquer uma já realizada por Christopher Nolan.
Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi por 11 anos editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix. Foi editor-chefe do Filmelier.