Damien Chazelle (de ‘La La Land’) traz a sua visão, mais humana e menos heroica, de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua. Com empatia a proximidade, o filme nos apresenta o homem, seus medos, problemas, perdas, qualidades e defeitos – isso enquanto reconstrói os acontecimentos da guerra espacial que levou a Apollo 11 a pousar no árido satélite na órbita da Terra. Ainda que não se pareça como os projetos anteriores do diretor, é um longa capaz de fascinar aqueles que buscam tanto o relato histórico quanto aqueles que querem ver a aventura humana.
A diretora Claire Denis é conhecida por ‘Desejo e Obsessão’, ‘O Intruso’, ‘Minha Terra, África’, entre outras produções. Em ‘High Life’ acompanhamos uma nova empreitada da cineasta francesa, ela trouxe uma ficção científica, que tem Robert Pattinson como protagonista. Não é um filme fácil, mas é bem interessante de assistir, é quase uma experiência científica. Eu me senti assistindo à ‘Solaris’, em trecho bem específicos, talvez pelo clima de mistério e também pela solidão, que acompanha o personagem de Pattinson - que está brilhante. O elenco também conta com Juliette Binoche, André Benjamin e Mia Goth.
Depois dos primeiros passos de Neil Armstrong na Terra, a NASA já começou a fazer os preparativos para voltar ao satélite natural. A missão, no caso, seria com a nave Apollo 13. No entanto, nada deu certo: um tempo depois da decolagem, um tanque de oxigênio explodiu e o trio de astronautas viu a Lua apenas de longe. A missão foi interrompida. E eles tiveram que voltar o mais rápido possível para a terra. Essa história, que beira o surreal, está registrada na ficção ‘Apollo 13’, longa-metragem estrelado por Tom Hanks (‘O Resgate do Soldado Ryan’) e dirigido por Ron Howard (‘Inferno’). Jim Lovell (Hanks) é o capitão da nave, que ainda conta com os astronautas Fred (Bill Paxton) e Jack (Kevin Bacon). Assim como ‘Gravidade’ e até mesmo ‘Alien: O Oitavo Passageiro’, ‘Apollo 13’ é um ótimo filme para se entreter com as inúmeras possibilidades -- muitas delas, assustadoras -- no espaço. E, de quebra, ainda criar vínculos íntimos com o trio de protagonistas, que chegou tão perto de repetir a incrível façanha de dar alguns passos na Lua. Para se divertir.
Eleito um dos 100 melhores filmes do século pela New York Times. Ok, tudo bem. Críticos de Christopher Nolan tem um ponto: Interestelar é um filme que tem um roteiro mais complicado do que precisa, semelhante ao mesmo problema de 'Dunkirk'. No entanto, é inegável: esta obra do cineasta inglês, que nos coloca num futuro distópico muito semelhante aos cenários de Steven Spielberg, é emocionante, profunda e vai além de várias obviedades sobre tempo e espaço. Afinal, a partir de um trabalho impressionante de Matthew McConaughey como protagonista, o longa-metragem se vale dessa viagem espacial para além do espaço para falar sobre família, paternidade, reencontros, relacionamentos e tudo mais. Muitas das cenas trazem uma emoção à flor da pele rara de encontrar por aí, enquanto Nolan brinca com os significados do vazio do espaço numa orquestra afinada de bom roteiro, excelente direção, ótimos atores e uma trilha sonora de tirar o fôlego. Para se emocionar, se arrepiar e se empolga, 'Interestelar' é tudo isso que falam -- para o bem e para o mal. Fãs do cinema de Nolan, sem dúvidas, encontram aqui um de seus trabalhos mais brilhantes.




