Malgorzata Szumowska, mesma diretora de ‘Body’ e ‘O Rosto’, entrega mais um primoroso trabalho que traz um visual hipnotizante e atmosfera onírica. Neste suspense, uma garota criada em culto feminino liderado por um homem passa a questionar seus ensinamentos e sua própria realidade. A direção de uma mulher dessa história consegue deixar tudo ainda mais interessante - já que estamos condicionados a ter uma visão masculina.Importante citar que ‘The Other Lamb’ tem um ritmo lento - que casa com toda a construção da história - e isso pode não agradar a todos. Entretanto, se você quiser assistir a uma produção que tem um clímax surpreendente, chegou ao lugar certo. A protagonista Raffey Cassidy (‘Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível’) mostra que amadureceu muito sua atuação e fez um belo trabalho.
A estreia da roteirista e diretora Rose Glass é, simplesmente, uma mistura sofisticada, mas arrepiante entre thriller psicológico e terror corporal, por meio de um conto sobre solidão, feminilidade, trauma, obsessão e a linha tênue entre devoção absoluta e doença mental. 'Saint Maud', que fez sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Toronto 2019, é uma jornada incrível que parece uma mistura entre 'First Reformed' e clássicos do terror sobrenatural como 'O Exorcista ', com uma excelente atuação da protagonista Morfydd Clark (' A Vida Pessoal de David Copperfield '), que transmite uma energia perversa em seu papel de mulher cujo corpo se torna o campo de batalha por sua própria fé e escuridão.
Para corações (e estômagos) fortes, esse romance pós-apocalíptico com toque de thriller e comédia sombria é diferente de tudo que você já viu (e, sim, envolve canibalismo). Da diretora de 'Garota Sombria Caminha na Noite', traz uma ácida crítica política aos EUA, enquanto pega embalo em um grande elenco, que inclui Keanu Reeves, Jim Carrey, Jason Momoa e a novata Suki Waterhouse. Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Veneza.
Filme de terror independente, ‘O Chalé’ fez barulho quando chegou ao circuito norte-americano de cinemas. Afinal, os diretores Severin Fiala e Veronika Franz estavam em alta após o elogiado ‘Boa Noite, Mamãe’ e, assim, esperava-se uma outra produção perturbadora. E isso realmente pode ser encontrado aqui, ainda que em menor dose. Contando a história de dois irmãos que são obrigados a conviver com a madrasta em um chalé isolado da humanidade, o longa-metragem fala sobre luto e o desafio de encarar o novo. Ainda que a conclusão pese demais nas tintas macabras, com uma sequência de acontecimentos um tanto quanto exageradas, vale a pena acompanhar o ritmo do filme e se entregar ao que é proposto -- principalmente nas reviravoltas e no clima de mistério no começo do terceiro ato. Não é um filme que vai agradar todos. Há exageros, há violência. Mas quem gosta de filmes perturbadores vai encontrar um novo filme para chamar de seu.
O que você faria se soubesse que vai morrer amanhã? A diretora Amy Seimetz (atriz de ‘The Killing’ e ‘Stranger Things’, e diretora de ‘Sun Don't Shine’) discorre sobre isso de uma forma muito peculiar. Criando uma pandemia psicológica, Seimetz consegue explorar uma parte da psique humana e transmitir isso para a tela. É possível refletir sobre como a ansiedade não afeta só quem tem, mas todos que convivem com pessoas ansiosas, dentre outros distúrbios como o medo e nervosismo. ‘Vou Morrer Amanhã’ é uma produção extremamente autêntica, única e íntima. É necessário abraçar a estranheza da história para ser seduzido pelo filme.