Perda e traumas familiares têm sido temas férteis no terror nos últimos anos, com filmes como O Babadook e Relic. Compreensivelmente, propostas similares podem se tornar cansativas, o que poderia ser dito sobre Run Rabbit Run. O filme segue uma médica especialista em fertilidade (Sarah Snook, Succession), cuja filha de sete anos (Lily LaTorre) começa a exibir comportamentos estranhos que imitam os de um membro da família que morreu há muito tempo. O filme constrói tensão em torno desse mistério, revelando gradualmente os eventos que levaram à tragédia passada. Sua falta de novidade é compensada por uma atmosfera genuinamente tensa e aterrorizante, com ótimas atuações de Snook e da estreante Lily LaTorre.
Seguindo uma nova linha de filmes de terror, ‘Relíquia Macabra’ traz uma história diferente e que dá uma necessária renovada do gênero, que está bem saturado. No enredo, três gerações - avó, mãe e filha - são assombradas pelas consequências de uma doença, que está afetando a mais velha delas. O filme não é terror por terror, ele vai mais longe trazendo uma alegoria sobre o que carregamos dos nossos familiares, nossa hereditariedade e o que vem junto com ela. Essa narrativa é lenta, meio confusa do meio para o final, mas não deixa de perder seu objetivo que é mostrar porque essas mulheres estão tão ligadas. O desfecho é, sem dúvida, um dos grandes momentos da narrativa.
A diretora e roteirista Jennifer Kent oferece um filme de terror sobrenatural que dá um toque refrescante ao velho conto do monstro que vive debaixo da cama. São essas entidades malignas que nos perseguem ou eles vivem dentro de nós? ‘O Babadook’, que estreou em Sundance e foi premiado duas vezes no Festival de Sitges, afirma que os demônios surgem com o medo da perda e do fracasso enquanto mãe, fontes autênticas de verdadeiro terror.
Um dos mais aterrorizadores e surpreendentes filmes de terror desde ‘Corra!” – ainda que seja completamente diferente deste. Exibido em Sundance, o longa foi muito elogiado pela crítica e pelo público, principalmente atmosfera perturbadora que cria. Destaque para a atuação de Toni Collette (‘Pequena Miss Sunshine’), que está impecável.
Adaptação – ainda que com diversas mudanças – do livro de Stephen King, ‘O Iluminado’ é uma das obras-primas de Stanely Kubrick, que traz ainda uma atuação marcante de Jack Nicholson. Na época de seu lançamento, o filme não foi muito bem compreendido, mas, com o tempo, virou um fenômeno cult e consegue se manter assustador até hoje. Aviso: a versão do HBO GO é a europeia, com cerca de 25 minutos a menos. Nas outras plataformas o filme está em sua versão mais longa.