Com muitas sátiras, o filme faz uma bela crítica à visão elitista da arte contemporânea, especialmente do ponto de vista europeu. Em certos momentos, contrasta as diferenças sociais, enquanto, em seu subtexto, mostra que todos somos, na realidade, animais. Vale dizer que este não é apenas um filme: pode ser até considerado um manifesto à arte atual e ao mundo do século XXI. O resultado é uma produção que é um deleite para quem gosta de cinema. É bem diferente dos longas que costumam ganhar o Palma de Ouro no Festival de Cannes, mostrando toda a genialidade e provocação do filme. No Oscar 2018, ‘The Square’ foi indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Com o mesmo ritmo do original, ‘Blade Runner’, a sequência chega para agradar fãs de sci-fi e quem ainda não foi fisgado pelo gênero. Com cenas que enchem os olhos, trilha sonora que funciona quase como um personagem do filme e um roteiro simples (porém intrigante), ‘Blade Runner 2049’ foi uma das grandes produções de 2017. O longa concorre ao Oscar nas categorias de Melhor Edição de Som, Mixagem de Som, Fotografia e Design de Produção.
O filme acompanha um talentoso e jovem motorista de fugas que conta com o ritmo de sua trilha sonora pessoal para ser o melhor no mundo do crime. Cada quadro guarda diversos elementos que enriquecem a história, e a sincronia entre edição de cenas e uma diversificada e empolgante trilha sonora imprimem um ritmo ímpar, fazendo com que o filme "deslize" para dentro de sua mente e coração. ‘Em Ritmo de Fuga’ foi indicado ao Oscar 2018 por Melhor Mixagem de Som e Edição de Som.
Uma obra de arte que transcende o formato de apenas uma mídia. O filme é pintado a mão, todos os 65 mil frames, utilizando as técnicas de Van Gogh, de óleo sobre tela, e demorou seis anos para ficar pronto, contando com uma equipe de 125 pintores. Não é por acaso que ‘Com Amor, Van Gogh’ foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Animação. A produção não deixa a desejar em nenhum momento, o elenco é bom e o roteiro também – simples, mas intrigante.
Este original Netflix, indicado como Melhor Documentário no Oscar, usa a tragédia do irmão do diretor, morto por policiais brancos, em um triste relato sobre o preconceito nos EUA. Uma vida de um jovem perdida, e que ainda trouxe ainda mais sofrimento com o próprio assassinado sendo investigado pelos policiais que causaram a sua própria morte. Um filme duro, triste e, infelizmente, ainda necessário.