Filmes para celebrar a diversidade

Jim Parsons (o Sheldon de ‘The Big Bang Theory’), Claire Danes (‘Homeland’) e Octavia Spencer (‘Estrelas Além do Tempo’) em um filme sobre infância, família e a dificuldade na hora de escolher a escola ideal. A história é centrada nos pais de Jake, uma criança que não se encaixa nos padrões normais da sociedade e dos outros colegas de escola. A partir daí, o longa-metragem promove o debate inclusivo com um roteiro sutil e elegante, com ótima atuação dos protagonistas – fazendo com que o público se identifique com os pais que, afinal, buscam apenas a felicidade de seu filho. Mérito também do diretor Silas Howard (que trabalhou em séries de sucesso como ‘Transparent’ e ‘This is Us’), que torna atrativo e acessível um tema atual e pertinente. [-]

Baseado no romance escrito por Emily M. Danforth, ‘O Mau Exemplo de Cameron Post’ conta a história de uma jovem que é enviada pela tia conservadora, com que vive, para um campo de “terapia de reorientação sexual”: a chamada “cura gay”. A partir daí, o filme constrói uma história sobre amadurecimento e descoberta - tudo de forma poderosa e emocionante, enquanto a história também aponta os males do preconceito e os danos psicológicos e físicos que esse tipo de terapia pode causar. Destaque para a poderosa interpretação de Chloë Grace Moretz (‘Kick-Ass’) no papel principal. É, certamente, um ponto de virada na carreira da atriz. [-]

O filme é a adaptação do livro homônimo de André Aciman. Uma história de amor sensível, sensual e tocante. Sem dúvida, um dos filmes mais bonitos da temporada do Oscar 2018, tanto pela trilha sonora, fotografia, quanto pela delicadeza do roteiro. É um drama com muita tensão sexual, mas isso não tira a sutileza narrativa. Os atores Timothée Chalamet e Armie Hammer possuem uma ótima química - deixando tudo ainda mais cativante. [-]

Dirigido pela espanhola Isabel Coixet (ganhadora do Ariel e do Goya por 'A Vida Secreta das palavras'), ‘Elisa y Marcela’ é um drama emotivo e visualmente estilizado, baseado na história real do primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo na Espanha, em 1909 – feito, claro, às escondidas. Ainda que tenha problemas de ritmo, não há dúvida de sua importância histórica para contar as vidas de duas mulheres cujas experiências foram apagadas da memória coletiva. Parte da seleção oficial do prestigioso Festival de Berlim em 2019. [-]

Escrito e dirigido por Joel Edgerton a partir das memórias de Garrard Conley, ‘Boy Erased’ causou muita polêmica no Brasil por não ter estreado nos cinemas após a distribuidora Universal optar por não exibi-lo nos cinemas – o que trouxe rumores sobre censura, o que foi negado. De qualquer forma, o longa foi lançado diretamente no streaming e é uma oportunidade de conferir um drama íntimo, que reflete um debate atual: a “cura” gay (algo que é rechaçado pela comunidade médica) e o impacto dela na vida dos jovens. Por meio de um bom roteiro e das poderosas performances de Lucas Hedges, Nicole Kidman e Russell Crowe, este filme explora empaticamente as complexidades da identidade, relações familiares e religião para a comunidade LGBT+. [-]

Uma história tocante sobre crescer, enfrentar o mundo, entender a si mesmo e ao próximo. Dividido em três partes, a história (que venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado) passa pela infância, adolescência e vida adulta de um jovem negro que nunca encontra a si mesmo. Com atuações extraordinárias de Mahershala Ali (que lhe garantiu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante da Academia) e Shariff Earp. Não é por menos que ficou com o Oscar de Melhor Filme em 2017. [-]

Carol traz a história de Therese (Rooney Mara), que trabalha em uma loja de departamentos em Manhattan e conhece uma glamorosa mulher, chamada Carol (Cate Blanchett), que aparece no local para fazer compras para o Natal de 1952. Aos poucos, elas vão descobrindo uma forte paixão entre elas, mas sofrem com os julgamentos do resto da sociedade. [-]

Uma história inspiradora e real. Nos anos 1980, a união entre mineradores em greve, que lutavam contra o governo de Margaret Thatcher, e a comunidade LGBT parecia improvável, mas não só aconteceu como mudou a vida de todos os envolvidos. Agora, em formato de filme, está na hora de mudar a sua. [-]

Anne (Geraldine Chaplin, filha de Chalie Chaplin, impecável no papel) viaja de férias ao Caribe e se apaixona por uma jovem local que ganha a vida aplicando golpes em turistas. Anne é uma potencial vítima de Noeli, mas os sentimentos uma pela outra confundem a jovem. Assim desenrola uma história sobre o relacionamento de duas mulheres com uma grande diferença de idade e que também traz diversos outros tabus, preconceitos e questões para serem discutidas. [-]

Uma polêmica história de amor. A vida de Adèle, 15 anos, muda quando conhece Emma, uma jovem de cabelos azuis. Emma vai instigá-la a descobrir seus desejos e a se afirmar como adulta e mulher. Ao final, temos uma grande história sobre crescer, se descobrir e explorar a vida - incluindo suas dificuldades e dádivas. Em 2013, ‘Azul é a Cor Mais Quente’ venceu a Palma de Ouro do Festival de Cannes. [-]

Coroada aos seis anos de idade, a rainha Cristina da Suécia enfrentou grande resistência à suas ideias de modernização do país. Além das questões políticas, ainda precisou lidar com a atração que sentia por uma dama de companhia. O longa traz belas cenas e uma poderosa atuação de Malin Buska no papel da jovem rainha. Baseado na peça ‘Christine, La Reine-Garçon’. [-]

Verão Francês. Um lago, usado como praia nudista, é destino de lazer da comunidade gay. Um frequentador conhece um novato no lugar, uma pessoa muito perigosa, embora ele ainda não saiba. Um filme direto e explicito, sobre as interações de um homem em um lago frequentado pelo público gay. Enquanto isso, traz uma interessante visão sobre aqueles que frequentam o local e a busca pelo amor. [-]

Uma comédia - acima de tudo - sobre se aceitar. Esse é um filme original da Netflix que foca em um rapaz no colegial, mas ele tem um ‘segredo’ que esconde dele mesmo. Alex Strangelove, que dá nome a produção, se descobre gay e não sabe como aceitar isso. Nesse contexto, acompanhamos toda a jornada de Alex se encontrando, com muito bom humor, delicadeza e boas atuações. [-]

Um dos filmes mais criativos e divertidos da atualidade, abordando os dilemas de um adolescente gay. Baseado no livro ‘Simon Vs. A Agenda Homo Sapiens’ de Becky Albertalli, essa história mostra de uma forma diferente o mundo dos héteros, do ponto de vista de um garoto de dezesseis anos que não se assumiu para os amigos e pais. [-]

O documentário acerta ao trazer a visão extremamente pessoal da diretora e atriz Leandra Leal, nos levando a conhecer um pouco da vida e do trabalho destes ícones da década de 1960 e que não podem ser esquecidas. Destaque também para a presença da icônica Rogéria, que nos deixou em 2017. Um documentário extremamente sentimental. [-]