Um filme provocativo, sobre um homem que quer criar os filhos da melhor forma possível - e, assim, os isola dos males do mundo. Será que devemos viver uma vida “perfeita”, do nosso jeito, ou nos adaptar às convenções da sociedade? É certo que os outros opinem sobre a forma como vivemos, “para o nosso bem”? Todo este embate de ideias é empacotado com uma ótima direção de Matt Ross e ainda traz uma atuação impecável de Viggo Mortensen, que mereceu as indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro.
Tom (Lázaro Ramos) e Elisa (Paolla Oliveira) veem sua rotina se transformar com o nascimento de sua filha. Choro à noite, fraldas trocadas, preocupação com o crescimento da pequena Laurinha. Só que as coisas saem do eixo quando o personagem de Lázaro não embarca na paternidade como poderia e deveria. O videogame fica à frente da preocupação com a filha, assim como o futebol. Ele ouve mais o amigo indisciplinado do que a esposa. É aí que ‘Papai é Pop’ começa a mostrar a importância de um pai presente, que não larga tudo no colo da mãe, ainda mais em uma sociedade que trata a mulher como a principal (senão única) responsável pelos filhos. O diretor Caito Ortiz (do divertidíssimo ‘O Roubo da Taça’) sabe como lidar com essa história com responsabilidade, ainda que algumas mensagens nem tão encaixadas escapem em alguns momentos – afinal, pai nenhum pode ser endeusado por fazer o mínimo, o básico. No fim das contas, dá para assistir ao filme sem solavancos, com um sorriso no rosto, pensando nas maravilhas da paternidade.
Dirigido por Wim Wenders, um dos autores mais proeminentes do Novo Cinema Alemão da segunda metade do século 20, 'Paris, Texas' é considerado um de seus melhores filmes, um road movie com um sabor ocidental, mas com o coração numa tragédia familiar e numa história de redenção. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 1984 (entre vários outros prêmios internacionais), é uma história que começa como um mistério nas paisagens desérticas dos Estados Unidos (belamente fotografadas e quase idealizadas por Robby Müller), e que aos poucos vai revelando o passado trágico de seu protagonista, magistralmente interpretado pelo lendário Harry Dean Stanton ('Alien: O Oitavo Passageiro'). Um filme de sabor agridoce sobre a saudade de um passado que já não existe e a procura de ligação com os entes queridos apesar das enormes distâncias físicas e emocionais entre eles. A cena do peep-show, com Nastassja Kinski vestida de rosa, é uma das mais famosas e emocionantes da história do cinema, tornando 'Paris, Texas' uma parada obrigatória para os cinéfilos.
Uma celebração a cultura mexicana - que valoriza a morte não como o fim, mas como uma passagem intrínseca à nossa existência - neste tocante filme sobre honrar suas raízes e sua família. ‘Viva: A vida é uma Festa’ é mais um exemplo de como a Pixar consegue se reinventar todo ano e continuar criando belas histórias. O longa foi o vencedor nas categorias de Melhor Animação e Canção no Oscar 2018.
Um filme Netflix que encanta. Um roteiro um pouco batido: Uma mulher abandonada no altar, reencontra seu pai ausente. Kristen Bell ( da série 'Good Place') se entrega totalmente ao personagem e junto com Kelsey Grammer (da série de tv 'Frasier') e Seth Rogen ('Artista do Desastre') entregam uma comédia com pitadas de drama que agradam o espectador. Um filme indicado para os amantes de uma boa comédia e um drama leve.