Tocando em um tema espinhoso que ressoa com o caso George Floyd e o movimento Vidas Negras Importam (Black Lives Matter), Tiro às Cegas fala sobre um grave erro policial que resultou no assassinato injusto de um homem negro. A narrativa é inspirada em uma história real e mostra a busca por redenção desse policial arrependido.
O cineasta Steven C. Miller tem se aprofundado, nos últimos anos, num cinema de ação resumido em tiro, bomba e porradaria. Foi assim com Assalto ao Poder, com Bruce Willis, e se repete agora com Última Chance. Protagonizado por Aaron Eckhart (Obrigado por Fumar) e Giancarlo Esposito (Os Suspeitos), o longa-metragem se vale de um fiapo de história para trazer cenas de ação intensas, recheadas de perseguição, lutas e correria. É dessa forma que o filme deve se tornar um divertimento satisfatório para públicos específicos, que não querem histórias de ação cheias de tramas intrincadas ou coisas do tipo. Última Chance é um filme que vai direto ao ponto, sem enrolação e que nem se atenta a furos de roteiro. Quer empolgar com sua ação. E, com isso, deve divertir a audiência.
Eleito um dos 100 melhores filmes do século pela New York Times. Livremente baseado em fatos reais, este filme retrata a perseguição ao chamado Assassino do Zodíaco, um criminoso que trouxe medo à região de São Francisco entre o final da década de 1960 e início da de 70. O assassino, inclusive, influenciou diversas obras de ficção, como o filme Perseguidor Implacável. Na versão de David Fincher, a investigação é contada por meio de diálogos interessantes e dinâmicos, além de recriar todo o clima da época. O longa-metragem fica devendo nos detalhes dos crimes, mas compensa na inteligência e na busca para a solução das enigmáticas cartas deixadas pelo criminoso.
Teve um momento, ali pelos anos 1980 e 1990, que o cinema começou a presenciar o surgimento de thrillers eróticos. Eram histórias baseadas em mistérios e investigações, mas que continham o tempero da sexualidade e do erotismo em cenas e situações. É o caso de Atração Fatal, Assédio Sexual e Instinto Selvagem, um dos filmes mais icônicos deste movimento. Com a clássica cena de cruzada de pernas de Sharon Stone, o longa-metragem de Paul Verhoeven (de Showgirls e RoboCop) fala sobre um policial (Michael Douglas) caindo numa rede de sedução ao investigar um assassinato. Ainda que um pouco banal em sua condução e na conclusão da trama, é impossível não se encantar pelas atuações de Douglas (Wall Street) e Stone (Cassino), que exalam química a cada cena. Um filme estranho para padrões atuais, mas que continua sensual até a última cena.
Já virou um clássico do cinema policial (sobretudo pelo desfecho) este filme estrelado por Brad Pitt e dirigido por David Fincher (de A Rede Social). Pitt faz um detetive à caça de um serial killer. Mas o jogo de caça entre gato e rato vai entrando por caminhos obscuros da mente humana.




