Denis Villeneuve já pode ser considerado um dos grandes nomes da ficção-científica do cinema. Depois de ‘A Chegada’ e ‘Blade Runner 2049’, o diretor adapta um dos livros mais complicados e marcantes do gênero: ‘Duna’, de Frank Herbert. A versão de Villeneuve consegue impressionar pela beleza e desenvolvimento. Ao longo de quase três horas, acompanhamos a jornada de Paul Atreides (Timothée Chalamet) no planeta Arrakis, um lugar mortal, que é a única fonte de uma preciosa especiaria que dita as regras da galáxia, conhecido também como Duna. O longa tem um ritmo bom, não cansa e consegue nivelar bem as cenas mais poéticas com as de ação. Funciona muito bem como uma introdução à trama, já que traz apenas a primeira parte do livro. Se por acaso o roteiro não te atrair, o visual da produção certamente vai te deixar sem fôlego. ‘Duna’ tem também um contexto político fortíssimo, que consegue facilmente ser comparado com disputas territoriais por petróleo no Oriente Médio. O longa saiu com incríveis seis estatuetas, sendo elas Melhor Som, Fotografia, Trilha Sonora, Design de Produção, Efeitos Visuais e Edição.
Em cartaz nos cinemas em breve disponível e em breve disponível para aluguel e compra. Em Belfast, no final dos tumultuosos anos de 1960 na Irlanda do Norte, o jovem Buddy, percorre a paisagem das lutas da classe trabalhadora, em meio de mudanças culturais e violência extrema. Buddy sonha em um futuro melhor, glamoroso, que vai tirá-lo dos problemas que enfrenta no momento, mas, enquanto isso não acontece, ele se consola com o carismático Pa e a Ma, junto com seus avós que contam histórias maravilhosas. Dirigido por Kenneth Branagh, conhecido por seu trabalho no teatro e no cinema, tendo dirigido e atuado em diversas adaptações de Shakespeare, além de trabalhos com a Disney e as recentes adaptações de Agatha Christie, 'Assassinato no Expresso do Oriente' e 'Morte no Nilo'. 'Belfast' foi premiado na Academia com Melhor Roteiro Original.
Steven Spielberg assina a nova adaptação de um dos mais famosos musicais da Broadway e do cinema, ‘Amor, Sublime Amor’ (‘West Side Story’). Spielberg é impecável em seu trabalho: ao mesmo tempo em que ele é, dentro do possível, fiel ao material original - uma versão de ‘Romeu e Julieta’ urbano que se passa na Nova York de 1950 - o cineasta traz toda a sua linguagem cinematográfica, a sua forma única de, por meio de imagens, ressaltar emoções, expressões e acontecimentos. O diretor ainda promove um twist interessante: adiciona uma camada maior (em relação a adaptação de 1961) de crítica social, ressaltando a gentrificação e deixando ainda mais claro que aqueles jovens não são inimigos entre si, mas sim vítimas de engrenagens sociais muito maiores que todos nós. Ariana DeBose interpreta o papel de Anita, que outrora rendeu o prêmio de Melhor atriz coadjuvante para Rita Moreno, e honrando o legado da atriz, Ariana também levou a estatueta.
Venus e Serena Williams mudaram o mundo do tênis. Afinal, as irmãs se tornaram um fenômeno no esporte e fora dele, com duas mulheres negras no topo de uma das práticas esportivas mais elitistas e brancas do mundo. Em ‘King Richard: Criando Campeãs', somos apresentados ao grande responsável pelo sucesso delas, o pai. Sem Richard Williams (Will Smith), as vidas de Venus (Saniyya Sidney) e Serena (Demi Singleton) talvez fossem bem diferentes. Ele projetou a carreira inteira das filhas, antes mesmo do nascimento delas, e nunca desistiu do plano - que rendeu duas campeãs milionárias. Smith nos emociona e também nos faz sentir raiva como o exigente pai das atletas. ‘King Richard’ é um filme muito importante, principalmente por mostrar uma história feliz protagonizada por afro-descendentes, além de ser uma biografia extremamente cativante, e rendeu o prêmio de Melhor Ator para Will Smith.
Disponível nos cinemas e em breve nas plataformas de streaming. Clique no título do filme na lista para encontrar os horários das sessões e compra de ingressos. Do diretor Ryûsuke Hamaguchi, a história segue Yusuke Kafuku, ator e diretor de teatro, ainda incapaz, depois de dois anos, de lidar com a perda de sua amada esposa, aceita dirigir uma montagem de “Tio Vânia“ em um festival de teatro em Hiroshima. Lá ele conhece Misaki, uma jovem introvertida, designada para dirigir seu carro. Entre os passeios, segredos do passado e confissões sinceras serão revelados. 'Drive My Car' é uma adaptação do grande escritor Haruki Murakami, e também o segundo filme produzido em 2021 por Hamaguchi, que fez também 'A Roda do Destino'. O longa teve uma vitória merecidíssima na categoria de Melhor Filme Internacional.