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Anunciado inicialmente para ocorrer até o fim de 2021, o fim da plataforma de streaming do Telecine finalmente tem uma data: 31 de março de 2022. Os assinantes dos canais pagos por meio da TV por assinatura já estão sendo avisados que poderão assistir aos cerca de 2 mil filmes exclusivamente no Globoplay ou nas plataformas das operadoras, como o NOW, a partir de 1º de abril.
A mudança faz parte de uma readequação da estratégia do Telecine, hub de cinema que começou as suas atividades nos anos 1990 a partir de uma joint-venture entre grandes estúdios de Hollywood e a Globo. Os canais pagos lineares continuarão existindo, assim como a possibilidade de assistir aos filmes do hub quando e como quiser, via streaming. O que muda é o formato em que isso acontece.
No dia 31 de março sai de cena a plataforma própria, chamada anteriormente de Telecine Play. A partir do dia 1º, o Telecine será apenas o que o mercado chama de canal de streaming, um channel, dentro do Globoplay.
Você já pode assinar o Telecine no Globoplay à parte, pagando R$ 37,90 ao mês. Há, ainda, um combo com Globoplay e que dá direito a 12 meses grátis de Deezer Premium e três de Apple TV+, saindo por R$ 49,90 mensais. Os assinantes dos canais pagos continuarão tendo acesso aos filmes no streaming sem custo adicional – o que muda é que, a partir de 1º de abril, isso ocorrerá será apenas pelo Globoplay ou pela plataforma da operadora, como é o caso do NOW. Não haverá mais o antigo Telecine Play.
O que está acontecendo com o Telecine?
O Telecine é uma joint-venture do Grupo Globo com grandes estúdios de Hollywood – MGM, Universal, Paramount e 20th Century Studios (ex-Fox) – criada no começo dos anos 1990. Além desses estúdios, os canais trazem filmes da Warner Bros. e de distribuidores independentes. Na última década, com o advento do video on demand, a empresa criou o Telecine Play, que é a plataforma de streaming da empresa. Com livre acesso a todos os assinantes do canal, ela pode também ser assinada de forma separada, como se faz com a Netflix, por exemplo. É esse serviço que está sendo encerrado e substituído pelo Globoplay.
A medida se encaixa com uma série de esforços do Grupo Globo, que, há poucos anos, iniciou a iniciativa “Uma Só Globo”, consolidando marcas e diminuindo divisões internas. Hoje, por exemplo, a mesma redação de esportes produz conteúdo para o canal aberto, SporTV, Premiere, GE.globo e afins. A consolidação faz sentido na chamada “guerra do streaming”, com o Globoplay incorporando o seu catálogo de filmes para concorrer com Netflix, Disney+ e Amazon Prime Video. Deixa de haver, também, concorrência interna dentro do mesmo grupo. Também deve ser levada em conta as movimentações nesses concorrentes. A participação da 20th Century Studios na joint-venture, assinado muito antes da compra do estúdio pela Disney, não faz o mesmo sentido de antes após o advento do Star+ – que é o novo foco do grupo americano. Já a MGM foi adquirida pela Amazon em 2021.