‘The Last of Us’: episódio 6 tem encontro aguardado e “momento família”

‘The Last of Us’ é uma história de personagens. Não à toa, parte do motivo de ser um videogame tão aclamado é o fato de que desenvolve muito bem as qualidades e defeitos de seus protagonistas. O mesmo acontece na série da HBO, inspirada no jogo de Neil Druckmann e estrelada por Pedro Pascal e Bella Ramsey.

O episódio 6 foi exibido neste domingo, 19, na HBO e HBO Max. Intitulada ‘Kin’ (‘Parentes’, na tradução), a produção foi dirigida por Jasmila Zbanic – conhecida por seu trabalho em ‘Quo vadis, Aida?’, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2021. Este capítulo de ‘The Last of Us’ dá continuidade ao tema crescente que permeia toda a série: a relação entre os personagens. A trama aborda temas relevantes para este tópico, como a importância do parentesco, família e confiança em momentos difíceis.

Confira abaixo a crítica e recap do Filmelier sobre o episódio 6 de ‘The Last of Us’. Saiba aqui como assistir à série online e com opções gratuitas.

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• ‘The Last of Us’ tem tudo para ser a nova série evento da HBO
• ‘The Last of Us’: episódio 2 da série tem cenas de terror e reviravolta “soco no estômago”
• ‘The Last of Us’: episódio 3 tem cenas inéditas, tom romântico e dramático
• ‘The Last of Us’: episódio 4 é menos impactante, mas aprofunda a narrativa
• ‘The Last of Us’: episódio 5 prova que a série não está para brincadeira
• ‘The Last of Us’: episódio 7 revela como Ellie foi mordida

Atenção: o texto a seguir contém spoilers do episódio 6 de ‘The Last of Us’.

Joel e Tommy se encontram no episódio 6 de ‘The Last of Us’

O enredo de ‘Kin’, episódio 6 de ‘The Last of Us’, traz um dos encontros mais esperados pelos fãs do videogame: o de Joel (Pedro Pascal) e seu irmão Tommy (Gabriel Luna), e a apresentação da comunidade dele no Condado de Jackson, Wyoming. Como no jogo, essa comunidade adiciona uma nova dimensão à narrativa, oferecendo a oportunidade para explorar os personagens e seus relacionamentos com outras pessoas.

A série da HBO continua a apostar em cenas de tensão e suspense, e não apenas em relação aos infectados. Quando a dupla encontra outras pessoas, que, dada a natureza do apocalipse zumbi, não confiam de imediato neles, a tensão aumenta. Essas cenas, especialmente com a presença de cães farejadores de “infectados”, são bem executadas e acrescentam uma dose extra de emoção e adrenalina à narrativa.

Família é tudo igual?

Entre os temas familiares e emocionais que permeiam o episódio, é interessante observar a dinâmica da relação entre irmãos de Joel e Tommy, que é bastante conturbada. Quem presenciou jantares de família, especialmente na ceia de Natal, certamente já se sentiu assim alguma vez: ora abordados pela “tia dos namoradinhos”, ora no meio de uma discussão de irmãos. É este o caso para Ellie (Bella Ramsey). O título do episódio ‘Parentes’ ou ‘Parentesco’, na tradução, nos leva a questionar o conceito de “família”, de “filho de sangue” ou “do coração”, e aquela máxima “parente é família?”.

Para além das “briguinhas de irmãos”, notamos uma tensão entre os dois, que vem de um segredo de Tommy: Maria (Rutina Wesley, de ‘True Blood’), sua esposa, está grávida. Ao invés de parabenizar o irmão, essa revelação faz Joel entrar em um espiral de culpa pela morte de Sarah (Nico Parker), sua filha, e em desacreditar de que seja capaz de proteger Ellie, que, neste ponto, é quase sua filha adotiva.

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Ellie é filha de Joel?

Assim como no jogo, a série ‘The Last of Us’ apresenta o dilema de Joel em sua missão de levar a jovem Ellie em segurança até os Vagalumes, enquanto ela se apega cada vez mais ao personagem. Após o final chocante do episódio anterior, entendemos que Ellie perdeu todas as pessoas de quem ela gostava (especialmente por ter nascido no mundo pós apocalíptico). E Joel passou por situações semelhantes, fato que os uniu na série, embora ele custe a admitir que tem sentimentos e está sendo protetor em relação à menina.

A habilidade da diretora Jasmila Zbanic em explorar esses temas delicados é evidente, oferecendo aos espectadores um retrato comovente da luta emocional de Joel e Ellie. Além disso, a cinematografia cuidadosamente elaborada e a trilha sonora contribuem para criar um ambiente emocionalmente intenso.

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Joel é bom ou mau em ‘The Last of Us’?

O sexto episódio de ‘The Last of Us’ não deixa dúvidas sobre o fato de que Joel é um personagem complexo e muitas vezes questionável. Embora tenha feito o que precisava para sobreviver no mundo pós apocalíptico, suas ações deixaram um rastro de violência e morte em seu caminho. Essa dualidade é confrontada de forma contundente quando Tommy questiona a justificativa de Joel para suas ações, e o debate entre eles sobre o que é certo e errado permeia todo o episódio.

Esse conflito não é apenas entre Joel e Tommy, mas também é um motivo de discórdia entre Joel e Ellie. O protagonista começa a ter ataques de pânico e questionar sua própria capacidade de proteger a menina e levá-la ao encontro dos Vagalumes, enquanto Ellie mostra que é uma personagem forte e independente, com uma pitada de hormônios adolescentes. Essa dinâmica adiciona outra camada à história e cria tensão emocional enquanto os personagens tentam navegar por um mundo perigoso e imprevisível.

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Embora a série tenha muitos momentos impactantes e emocionais, nem tudo são flores. Há momentos clichês e previsíveis, como quando Ellie ouve a conversa entre Joel e Tommy. Ou outros inverossímeis, como quando Joel leva uma “facada” com um “taco de baseball quebrado”. Apesar disso, esses tropeços não são suficientes para prejudicar a experiência geral de assistir à série.

Em resumo, ‘Kin’ é um episódio mais leve do que os anteriores em termos de ação e tensão, mas serve para desenvolver o universo da série para além da FEDRA e dos Vagalumes, com muitos elementos parecidos com o jogo. Esse detalhismo gera imersão em ‘The Last of Us’ e mantém o público envolvido em vários aspectos.

Assista ao trailer do episódio 6 de ‘The Last of Us’:

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