O filme, dirigido pelo cineasta francês Fred Cavayé, corresponde a uma adaptação da peça homônima escrita e dirigida por Jean-Philippe Daguerre. Se você é desse tipo de público que curte narrativas audiovisuais ambientadas em um dos conflitos históricos mais populares da história da humanidade, este filme vai te pegar, já que um de seus eixos principais é retratar aquele fenômeno conhecido como "colaboracionismo", onde os franceses tiveram que trabalhar ou, precisamente, colaborar com os nazistas contra sua vontade. Da mesma forma, 'O Destino de Haffmann' oferece atuações sólidas onde o medo, a coragem, mas acima de tudo o amor, são o motor principal dos nossos personagens.
Filmes sobre as Grandes Guerras são bem comuns no cinema e, grande parte deles, são bem densos, e difíceis de ver. Em ‘O Menino e a Guerra’ acompanhamos uma história baseada no livro ‘Waiting For Anya’, de Michael Morpurgo, que apesar de dura é bem bonita e esperançosa. Noah Schnapp, o Will de ‘Stranger Things’, e Anjelica Houston estrelam esta produção de época. Com uma bela cinematografia, atuações sensíveis e uma trilha sonora muito emocionante, este é um filme sobre uma parte de uma história que já conhecemos que vale a pena revisitar. Não só por trazer uma narrativa pouco conhecida, quanto pela força do roteiro.
O indicado ao Oscar Jesse Eisenberg ('A Rede Social') interpreta o mímico mais famoso do mundo, Marcel Marceau, em uma emocionante história na Segunda Guerra Mundial. Em um retrato de esperança e humanidade, o roteiro acompanha a luta do artista que, na juventude, ajudou a salvar centenas de crianças judias na invasão nazista à França. O filme também tem no elenco Clémence Poésy, conhecida por seu papel como Fleur Delacour na saga ‘Harry Potter’, e Bella Ramsey, a inesquecível Lyanna Mormont de ‘Game of Thrones’.
‘Onde Fica o Paraíso’ é um drama histórico, independente e cheio de alma. A história acompanha um garoto, que durante a Segunda Guerra Mundial é evacuado de Londres e designado para ser abrigado em uma idílica cidadezinha do interior, com uma professora e pesquisadora dura e solitária. A moça ao primeiro momento se recusa a cuidar do garoto, mas com o tempo os dois se conectam e desenvolvem uma amizade, abrindo seus corações e se encontrando em uma jornada sincera de descobrimento. Por trás dessa narrativa, o filme ainda se desenvolve com um romance belíssimo e tocante, para derreter corações. Um filme doce e emocionante, com um contexto histórico forte e que constrói uma história sobre a guerra de uma ótica fora do convencional. Um essencial para qualquer amante de dramas otimistas e histórias acalentadoras.
O cineasta Zaza Urushadze, morto em 2019, era um exímio contador de histórias de guerra. Mas, veja bem, não histórias sobre a guerra, mas histórias ambientadas na guerra. É o caso do poderoso e premiado ‘Tangerinas’, o grande filme de sua carreira. E também de Anton, seu último e inédito longa-metragem. Ambientado na Ucrânia de 1919, o longa acompanha a vida e o cotidiano de dois meninos em meio ao caos que vive a região. Afinal, dois anos antes foi iniciada a Revolução Russa -- momento histórico pouco abordado nos cinemas -- e um processo de transformação. Sob a ótica dos dois garotinhos, Zaza Urushadze vai tecendo uma trama cheia de mortes, reviravoltas, intolerância e outros efeitos desse conflito que se forma na região. É, novamente, uma narrativa poderosa sob as mãos do cineasta, ainda que desta vez exija conhecimento prévio sobre o período história. No entanto, no final, o espectador é agraciado com um filme que traz novos ângulos e propicia novos olhares sobre essa relação em contraste com os horrores da guerra que se forma por ali.