Filmes de slasher para se assustar e celebrar o cinema de terror

'O Massacre da Serra Elétrica' é um dos maiores clássicos do cinema de terror, e responsável por carimbar o nome de Tobe Hooper (diretor do também horripilante 'Poltergeist') na história. Este clássico da cinematografia teve sua versão remasterizada para o seu 40º aniversário, e continua em vigor, com uma imagem e fotografia fantásticas e uma atmosfera aterradora, é um filme obrigatório para os amantes do terror. Para a versão restaurada, acompanhe a programação dos cinemas de sua região: o filme irá estrear em mais cidades ao longo das próximas semanas.

Apesar do sucesso de filmes como 'Sexta-Feira 13' e 'A Hora do Pesadelo', talvez não tenho um terror slasher mais marcante e icônico do que 'Halloween'. Dirigido pelo grande John Carpenter, de 'O Enigma de Outro Mundo', o longa-metragem cria um dos assassinos mais icônicos e temidos do cinema na figura de Michael Myers -- que faz uma contraposição perfeita à personagem de Jamie Lee Curtis e seus famosos gritos. É um filme de serial killer que mudou a forma de crimes serem retratados nas telonas, com uma frieza ainda mais acentuada e uma ambientação perturbadora. Aqui, além do visual do próprio Myers, destaque para a trilha sonora histórica, ao som de um piano agudo, que parece acompanhar o frio que desce pela espinha conforme Myers vai buscar sua próxima vítima.

Este é um filme de terror que pode ser considerado uma homenagem aos saudosos slashers dos anos 1970 e também à indústria pornográfica. Na história, um grupo de jovens aluga uma casa remota para gravar um filme adulto, mas os donos da residência são dois idosos sádicos e com problemas sexuais, promovendo uma chacina na equipe do filme. ‘X: A Marca da Morte’ joga em um lugar comum, explora pouco a ousadia dos filmes de terror, vai por caminhos óbvios e fica muito dentro da caixinha. Há alguns momentos ótimos, mas não salvam a ideia do diretor Ti West (‘A Casa do Demônio’). Os grandes destaques do elenco são Mia Goth, que interpreta duas personagens e tem a resiliência que toda produção slasher precisa, e Jenna Ortega, que também fez a nova versão de ‘Pânico’.

O início da saga do terror slasher, estrelada por Freddy Krueger (Robert Englund), um dos vilões mais emblemáticos da história do cinema - que hoje é tão famoso quando “Jack O’ Lantern”, as sombrias lanternas feitas de abóbora. A mão do mestre de Wes Craven, conhecido como um dos maiores expoentes do gênero, alcança com ‘A Hora do Pesadelo’ um filme memorável, que permanece insuperável por qualquer uma de suas sequências e muitos outros slashers subsequentes. O longa transgride as fronteiras entre o real e o onírico, em uma viagem bem louca. Destaca-se que esta foi a estreia de Johnny Depp na tela grande.

Juntamente com ‘Halloween’, de John Carpenter, ‘Sexta-Feira 13’ é considerado como o ponto inicial do subgênero slasher, no qual psicopatas violentos cometem uma série de assassinatos cheios de sangue e com armas afiadas. Embora seja inofensivo aos olhos de hoje, é um verdadeiro clássico do horror, iniciador de uma longa franquia e, indiretamente, criador de um dos vilões mais icônicos do gênero: Jason Voorhees. Obviamente, atenção com o twist no final: o assassino não é quem você pensa.

Um slasher que dá uma renovada no gênero e uma boa atualizada, surfando na geração Tiktok. Traz alguns momentos divertidos e toda a trama de “quem é o assassino?” é tão absurda que consegue ser engraçada. O final é completamente inesperado, ainda que haja alguns indícios do que vai acontecer. ‘Morte. Morte. Morte.’ pode não ser o melhor filme do gênero, mas consegue deixar o espectador intrigado e entrega ótimas cenas. É praticamente uma versão moderna de ‘Slumber Party: O Massacre’, slasher dos anos 1980.

Na época, ‘Pânico’, de Wes Craven (‘A Hora do Pesadelo’), foi considerado um sopro de ar fresco para um gênero desgastado. Afinal, é um longa-metragem que satiriza todos os clichês dos filmes de terror e tenta subvertê-los. Carregado de momentos interessantes típicos do horror, o longa também cai em alguns momentos de comédia, eventualmente de forma acidental. Talvez não seja o ideal se você estiver procurando por sustos e violência pura e simples – mas é perfeito para quem procura algo que se tornou cult.

Boa parte do público e da crítica resumem a essência de 'A Morte Te Dá Parabéns’' como uma mistura de slashers como ‘Pânico’ ou 'Halloween', com 'Feitiço do Tempo’, a comédia do que Bill Murray também fica preso no mesmo dia (embora alguns também consideram que há algo de 'Meninas Malvadas’ na receita). Certamente seria uma comparação precisa e, embora pudesse fazer você pensar que este filme tem muito pouco original, a verdade é que tem vários méritos. O principal é que 'A Morte Te Dá Parabéns', de uma forma quase idêntica à 'Feitiço do Tempo’', é o foco em um personagem principal totalmente rude e desagradável, que gradualmente percebe seu próprio comportamento e tenta melhorar conforme pessoa com cada vez revive o mesmo dia. A atriz principal Jessica Rothe ('La La Land’') convence em todas as fases da progressão de Tree, desde seu lado como uma criança mimada e cruel, passando por momentos de comédia até sua fase de redenção e heroína. Portanto, não, não é o filme de terror de terror mais original que existe, mas é muito divertido graças ao carisma de sua atriz principal e um elenco satisfatório.

'Terrifier' é uma produção tem todos os elementos para justificar seu status como um filme B cult: suas atuações irregulares, modestos valores de produção e sua trama simples sobre um palhaço assassino determinado a aterrorizar em uma noite de Halloween e matar qualquer um que ficar no caminho. Tudo isso é meramente um pretexto para sua violência extrema e escarada. Em outras palavras, esta produção do diretor Damien Leone tem como principal e único objetivo impactar com sua violência gráfica – onde seus escassos recursos são bem aproveitados para a maquiagem e efeitos visuais, por isso que deixará satisfeitos os fãs de sangue puro em êxtase.