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O melhor do cinema iraniano contemporâneo
Com apenas 84 milhões de habitantes, o Irã se tornou um dos principais celeiros da sétima arte. Afinal, contando com um governo repressor e contrário à liberdade de expressão, o país infla cineastas talentosos a contarem as suas histórias da maneira mais criativa, original e ousada possível. Dá para sentir o cinema como arma, como luta contra a repressão. A seguir, confira os principais destaques do cinema iraniano contemporâneo -- que fala muito sobre o país, mas também muito sobre liberdade como um todo.
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Com apenas 84 milhões de habitantes, o Irã se tornou um dos principais celeiros da sétima arte. Afinal, contando com um governo repressor e contrário à liberdade de expressão, o país infla cineastas talentosos a contarem as suas histórias da maneira mais criativa, original e ousada possível. Dá para sentir o cinema como arma, como luta contra a repressão. A seguir, confira os principais destaques do cinema iraniano contemporâneo -- que fala muito sobre o país, mas também muito sobre liberdade como um todo.
Asghar Farhadi é um dos mais interessantes dramaturgos da atualidade, e para quem está familiarizado com o seu trabalho em filmes como 'Uma Separação' ou 'O Apartamento', pode saber exatamente o que esperar. Isso porque Farhadi trabalha a narrativa de seus filmes de uma maneira muito particular, que é excepcional: ele oferece um dilema moral de solução aparentemente simples, mas compõe o desenvolvimento deste com reviravoltas, diferentes pontos de vista e uma variedade de personagens cuidadosamente escritos, repletos de profundidade e ambiguidade, representações humanas e verdadeiras que não podem ter sua moral definida de forma simplória. Assim, nosso protagonista se envolve em uma espiral de acontecimentos que nos faz questionar nossos valores e conceitos do que é certo e errado incontáveis vezes, sem entregar uma resposta fácil. A beleza de 'Um Herói' jaz justamente em sua composição, que é crua e honesta. Todos os personagens são compreensíveis, e todos os dilemas são relacionáveis. O trabalho sobre o drama é composto de maneira magistral e com uma linguagem universal, que dialoga diretamente com qualquer espectador. Uma aula de linguagem cinematográfica, do poder do uso da imagem e forma narrativa para construir um drama social potente e profundamente humanizado. Clique aqui para ler a crítica completa.
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Asghar Farhadi é um dos mais interessantes dramaturgos da atualidade, e para quem está familiarizado... [+]
Jafar Panahi é um diretor banido em sua própria terra natal, mas que usa como ninguém essa limitação para fazer um filme que não é um filme. É muito além disso: um retrato de uma sociedade.
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Jafar Panahi é um diretor banido em sua própria terra natal, mas que usa como ninguém essa limitação... [+]
O filme traz um importante olhar para o Irã moderno, principalmente sobre a questão da mulher na sociedade, a separação e as paixões. Uma obra importante para conhecer uma realidade bem diferente da nossa - ainda que traga alguns paralelos.
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O filme traz um importante olhar para o Irã moderno, principalmente sobre a questão da mulher na soc... [+]
Como já se tornou tradição, o cinema iraniano nos presenteia com um poderoso e profundo retrato da moral moderna, trazendo uma verdadeira montanha-russa de emoções – tudo isso, claro, dentro de um contexto bem diferente do mundo ocidental. Segundo filme do diretor Vahid Jalivand, ‘Sem Data, Sem Assinatura’ foi extremamente elogiado no circuito dos festivais, inclusive levando os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator na mostra Horizontes do Festival de Veneza – além de ser escolhido para representar o Irã no Oscar 2019.
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Como já se tornou tradição, o cinema iraniano nos presenteia com um poderoso e profundo retrato da m... [+]
Uma crítica ao machismo, preconceito e hipocrisia do Irã atual - e, por extensão, do mundo atual. O roteiro é fluído e redondo, ganhando ainda mais com as atuações de Taraneh Alidoosti e Shahab Hosseini. Uma obra para ter uma aula de cinema e para conhecer uma cultura que é, ao mesmo tempo, tão próxima e tão distante da nossa.
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Uma crítica ao machismo, preconceito e hipocrisia do Irã atual - e, por extensão, do mundo atual. O... [+]
Que filme mais bonito e impactante é ‘Não Há Mal Algum’, que recebeu o prêmio máximo no Festival de Berlim. Na trama, dirigida pelo iraniano Mohammad Rasoulof, acompanhamos quatro histórias totalmente distintas sobre o mesmo tema: pena de morte adotada pelo governo do Irã. A partir daí, são vários os olhares e ângulos colocados em perspectiva pelo longa-metragem na telona: um homem de vida comum e profissão misteriosa; um soldado que não quer ser responsável por aplicar a pena de morte; um rapaz que vive com os fantasmas da profissão; por fim, um curta que segue um caminho emocional. Apesar de vermos quatro histórias distintas e sem conexão clara entre elas, como ‘Relatos Selvagens’, não há falta de coesão nesse filme de Rasoulof. Afinal, por mais que sejam personagens em situações completamente distintas, eles conversam a partir de suas dores, medos, angústias e pesadelos, sempre guardados na consciência moral e em suas memórias. Além disso, engana-se quem pensa que ‘Não Há Mal Algum’ é um filme apenas sobre pena de morte. O diretor, na verdade, se vale desse tema para ir além e, assim, construir uma narrativa que faça uma crítica contundente ao sistema autoritário do Irã -- a inserção da música ‘Bella Ciao’, hino contra o fascismo durante a Primeira Guerra Mundial, não é gratuita. É um longa bonito, bem produzido e poderoso, mas também serve como um importante filme-denúncia. Encontra meio de acusar por meio da arte e pelas histórias naturais e muito bem contadas que o cinema árabe vem proporcionando.
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Que filme mais bonito e impactante é ‘Não Há Mal Algum’, que recebeu o prêmio máximo no Festival de... [+]
Um filme que levou todos os principais prêmios internacionais, incluindo Oscar, Globo de Ouro e o Urso de Ouro. Apesar de todos o interessante viés cultural do Irã, o enredo continua sendo universal: a separação de um casal por conta das necessidades diferentes que a vida impôs. É quase impossível não se identificar com os personagens.
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Um filme que levou todos os principais prêmios internacionais, incluindo Oscar, Globo de Ouro e o Ur... [+]
Filme que assume sua mensagem logo de cara, com viés educacional e de olho na superação, ‘Crianças do Sol’ conta a história de Ali e seus amigos, que vivem nas ruas do Irã sobrevivendo com pequenos furtos e bicos -- algo que nenhuma criança deveria fazer, é claro. As coisas mudam, porém, quando o grupo descobre um misterioso tesouro no subsolo de uma escola e, para tentar encontrá-lo, precisam se matricular nas aulas regulares. A partir daí, o diretor Majid Majidi (do emocionante ‘Filhos do Paraíso’) explora essa história em um cenário que mistura severidade, força e leveza. Para se emocionar.
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Filme que assume sua mensagem logo de cara, com viés educacional e de olho na superação, ‘Crianças d... [+]