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Oscar 2023: onde assistir aos filmes indicados
A premiação mais esperada do ano chegou! O Oscar 2023 anunciou os indicados na manhã de terça-feira, 24 de janeiro, iniciando os preparativos para a cerimônia a ser realizada em março deste ano. Com isso, começa a corrida para zerar a lista e assistir aos indicados. A seguir, confira os filmes já disponíveis no streaming ou em cartaz nos cinemas. O texto será atualizado a cada novo lançamento. Confira aqui a lista com todos os indicados.
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A premiação mais esperada do ano chegou! O Oscar 2023 anunciou os indicados na manhã de terça-feira, 24 de janeiro, iniciando os preparativos para a cerimônia a ser realizada em março deste ano. Com isso, começa a corrida para zerar a lista e assistir aos indicados. A seguir, confira os filmes já disponíveis no streaming ou em cartaz nos cinemas. O texto será atualizado a cada novo lançamento. Confira aqui a lista com todos os indicados.
Uma pequena produção independente que gerou polêmicas ao se colar na corrida do Oscar 2023 por Melhor Atriz (Andrea Riseborough). Mas além das polêmicas, é preciso dizer que To Leslie merece tal reconhecimento. A fita, inspirada parcialmente na mãe do roteirista Ryan Binaco, trata de uma mulher alcoólatra que ganha na loteria e, seis anos depois, acaba na rua após ter gasto todo o dinheiro com álcool e festas, deixando seu filho em uma espiral autodestrutiva. A atuação de Riseborough é impecável, e apesar de o roteiro poder prestar-se ao miserabilismo, também oferece possibilidades de redenção para o personagem, cuja jornada é equilibrada por intervenções da sempre certeira Alison Janney (Eu, Tonya) e uma atuação compassiva de Marc Maron (Coringa). Apesar de convencional e um tanto previsível, trata-se desses filmes que vivem e morrem pelas suas atuações. Mas que atuações!
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Uma pequena produção independente que gerou polêmicas ao se colar na corrida do Oscar 2023 por Melho... [+]
Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2022, ‘Triângulo da Tristeza’ não é um filme confortável. Dividido em uma estrutura de três partes, ele é o típico cinema de Ruben Östlund (do também premiado ‘The Square: A Arte da Discórdia’): repleto de momentos estranhos, uma comédia desconfortável e, acima de tudo, uma provocação aos bilionários do mundo. Na história, acompanhamos um cruzeiro com pessoas muito ricas que naufraga de repente e, depois de algumas mortes, uma parte do grupo fica presa em uma ilha. A partir disso, Östlund faz um comentário ácido acerca das relações sociais e sobre como essas pessoas estão preocupadas apenas com elas. Entre amor e ódio, o filme não é nem um pouco sutil em suas observações (como já é típico no cinema de Östlund), mas consegue chamar a atenção daquelas pessoas que gostam de uma comédia que não pensa nos limites e ri – do outro, de si mesmo e, acima de tudo, do sistema que estamos inseridos.
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Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2022, ‘Triângulo da Tristeza’ não é um filme conf... [+]
‘Top Gun: Ases Indomáveis’ é a representação de uma era de Hollywood, na qual produtores como Jerry Bruckheimer e Don Simpson levaram à perfeição a fórmula dos blockbusters e exploravam o sentimento de vitória que os americanos tinham em relação a (prestes a ser encerrada) Guerra Fria. O filme, com a sua personificação do amor entre homens - não, necessariamente, no sentido físico -, marcou uma geração, que se reencontra com Tom Cruise nesta aguardada continuação. O diretor Joseph Kosinski (‘Tron: O Legado’) consegue de forma notável resgatar o trabalho do falecido cineasta Tony Scott, trazendo muito da estética e clima do original, mas adaptando a linguagem para uma nova fase do cinema comercial. O resultado é um filme dinâmico, com cenas de batalhas aéreas sensacionais (feitas em grande parte com os próprios atores nos jatos, sem dublês) e um roteiro redondo, que evolui e amplia a história dos personagens originais, enquanto introduz outros. Além disso, adiciona elementos de outras franquias atuais, como ‘Velozes & Furiosos’ e ‘Missão: Impossível’, além de agregar um quê de ‘Star Wars’. O resultado é uma produção que consegue deixar todo mundo feliz: os fãs do passado vão amar a nostalgia, enquanto quem não curtiu a febre ‘Top Gun’ pode encontrar um filme divertido, que agrada e funciona muito bem sozinho. Fórmula perfeita para o sucesso, além de mostrar que o quase sessentão Tom Cruise ainda é um astro em plena forma para qualquer missão nos filmes de ação - sejam elas impossíveis ou na medida para ases indomáveis.
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‘Top Gun: Ases Indomáveis’ é a representação de uma era de Hollywood, na qual produtores como Jerry... [+]
Cultura do cancelamento. Esse é o termo que mais vem à mente enquanto ‘Tár’ passa na tela, contando a história da maestra Lydia Tár. Dirigido por Todd Field, que não comandava um filme desde 2006 com ‘Pecados Íntimos’, o longa-metragem conta a história da maestro Lydia Tár (Cate Blanchett), considerada uma das maiores de sua área. Ela domina a música como poucos. E sabe disso. No entanto, todo esse conhecimento entra em confronto direto com suas atitudes. Ela é dona de si, defende com unhas e dentes o que pensa e, o pior de tudo, deixa seus interesses sexuais falarem mais alto. Isso, ao longo das 2h40 de projeção, acaba criando uma série de percalços e pequenos problemas. Ela se indispõe com as pessoas, principalmente aqueles mais jovens que pensam diferente dela. Entre as mulheres, fica a sensação de que não faz amigas, mas apenas pessoas que podem servir para ela de alguma forma. Essa Tár criada por Field, assim, está longe de ser perfeita. Pelo contrário: é odiável e nos faz questionar até que ponto temos alguém como ídolo. No entanto, a sensação que fica é que isso é apenas o trampolim para o questionamento maior de Field, que assina o roteiro. Como essas pessoas, que vivem pela arte e respiram tradição, são vistas hoje em dia? Tár quer ser lembrada pela arte, não por quem é – como é o caso de Bach, Mozart, Beethoven. Será que hoje, séculos após, Tár também consegue atravessar o "cancelamento"? É preciso assistir ao filme pra saber. Leia aqui nossa análise.
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Cultura do cancelamento. Esse é o termo que mais vem à mente enquanto ‘Tár’ passa na tela, contando... [+]
De todas as obras autobiográficas de cineastas dos últimos anos (‘Roma’, de Alfonso Cuarón, ‘Belfast’, de Kenneth Branagh ou ‘Armageddon Time’, de James Gray, para citar alguns), o de Steven Spielberg talvez seja o mais autêntico e transparente. Em ‘Os Fabelmans’, o lendário diretor de ‘E.T.: O Extraterrestre’ e ‘Jurassic Park’ nos apresenta, em poucas palavras, a história de sua juventude: desde sua paixão infantil pelo cinema, passando por turbulências familiares, bullying na escola e sua incursão em Hollywood como um jovem inocente. É uma história comovente por si só – e Michelle Williams só precisa aparecer na tela para partir nossos corações – mas o que importa é o que ela nos conta ao longo do caminho: precisamos contar histórias para dar sentido ao que passamos, compreender a nós mesmos e compreender a nós mesmos, forjar nossas próprias verdades. Leia mais sobre ‘Os Fabelmans’ em nossa análise.
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De todas as obras autobiográficas de cineastas dos últimos anos (‘Roma’, de Alfonso Cuarón, ‘Belfast... [+]
Evelyn Wang (Michelle Yeoh) está em um período difícil de sua vida. Ainda que não saiba, o marido (Waymond Wang) está prestes a pedir o divórcio, enquanto ela luta para manter um bom relacionamento com a filha (Stephanie Hsu) e cuidar do debilitado e dependente pai (James Hong). É nesse cenário que a personagem descobre um conceito já muito explorado pelo cinema de super-heróis: o multiverso. Em um momento de desespero, em que as contas de sua lavanderia são questionadas por uma fiscal do governo (Jamie Lee Curtis), Evelyn começa a passear pelos universos paralelos e a espiar, com mais ou menos intensidade, o que acontece nesses outros mundos – desde sua versão com salsichas no lugar dos dedos e até chegar na Evelyn que se tornou estrela do cinema. Com essa história em mãos, os diretores Dan Kwan e Daniel Scheinert (‘Um Cadáver para Sobreviver’) começam a desenvolver uma história que passeia por meio das emoções e que brinca com os gêneros do cinema. Começamos o filme rindo e terminamos chorando, sem nunca esquecer dos sentimentos que existiram ao decorrer do filme. Destaque absoluto para Yeoh (‘Podres de Ricos’), que brilha até quando faz apenas a voz de uma pedra com olhos.
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Evelyn Wang (Michelle Yeoh) está em um período difícil de sua vida. Ainda que não saiba, o marido (W... [+]
Elvis Presley é um dos nomes mais conhecidos da música mundial, ainda com uma legião de fãs - e gerando muita receita - décadas após a sua morte. Porém, como o jovem criado em Memphis, Tennessee, foi alçado ao posto de Rei do Rock? A cinebiografia “Elvis” traça justamente esse caminho, mostrando como a música negra influenciou o músico, a descoberta do seu estilo, o furor (para o bem e para o mal) que causou na sociedade e as suas inúmeras fases. O fio condutor da narrativa é o empresário do cantor, o “coronel” Tom Parker (Tom Hanks), que conduziu Elvis ao estrelato - e que, para muitos, é o culpado por sua morte. A partir disso começa um verdadeiro filme-evento, incluindo uma edição acelerada e um visual por vezes estilizado. Tudo para dar palco à Austin Butler, que encarna o astro de forma primorosa, nos fazendo realmente acreditar que Elvis não morreu - inclusive quando canta. Ainda que longa (são 2h39 de duração), a produção aborda praticamente todos os fatos relevantes da carreira e da vida pessoal de Presley, o que certamente deixará os fãs extremamente satisfeitos.
‘Avatar’, em 2009, se tornou um fenômeno inesperado de bilheteria, desbancando o até então líder ‘Titanic’. O motivo disso, mais do que a história ou até mesmo a importância do diretor James Cameron (que é, veja só, também diretor de ‘Titanic’), estava em toda a importância tecnológica da produção. ‘Avatar’, afinal de contas, colocou o 3D em um outro nível e aumentou a régua. Todo mundo queria ver os feitos do longa-metragem nos cinemas. Treze anos depois, Cameron retorna à história, após muito trabalho e muitos adiamentos, para ‘Avatar: O Caminho da Água’. A produção mergulha novamente no mundo de Pandora para falar sobre a família Sully (Sam Worthington, Zoe Saldana e filhos) e como eles estão após os eventos do filme anterior – ainda com a ameaça dos humanos rondando as tribos do planeta. Buscando proteção, a família decide partir e buscar refúgio no universo aquático de grupos do outro lado de Pandora. Ainda que a história seja banal e com toques ultrapassados, como a falta de representatividade feminina, ‘Avatar: O Caminho da Água’ ainda consegue arrepiar e emocionar, além de surpreender com uma tecnologia de captura de movimentos como nunca antes na história do cinema. É bonito, é encantador e, apesar das derrapadas e do exagero da duração, justifica essa espera toda de treze anos.
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‘Avatar’, em 2009, se tornou um fenômeno inesperado de bilheteria, desbancando o até então líder ‘Ti... [+]
Filme tão espetacular quanto produções como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Dunkirk’, ‘Nada de Novo no Front’ chama a atenção, principalmente, pelo mergulho que Edward Berger (‘Jack’) consegue promover, colocando o espectador no coração dos embates da Primeira Guerra Mundial. O foco é principalmente a jornada de um jovem soldado alemão na frente ocidental, enfrentando as terríveis experiências que irão lhe marcar pelo resto da vida. Vale assistir com foco total no filme, som no máximo, para absorver toda a emoção.
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Filme tão espetacular quanto produções como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Dunkirk’, ‘Nada de Novo n... [+]
Aftersun é um daqueles filmes com uma trama extremamente simples que, no entanto, esconde um poder devastador. O longa-metragem de estreia da cineasta Charlotte Wells é a história de uma menina de 11 anos e suas boas lembranças de suas últimas férias com o pai em um resort de praia turco. Isso é o suficiente para uma experiência cinematográfica profundamente comovente, tão visualmente poética quanto narrativamente dolorosa, em um retrato de uma família quebrada e prestes a mudar para sempre.
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No país mais poluído do planeta, a Índia, há cidades como Nova Delhi em que pássaros caem do céu, fulminados pela toxicidade do ar. A humanidade também sofre os efeitos da poluição, além de um quadro social violento. Porém, em meio a tanto caos, dois irmãos encontram um lugar de compaixão ao cuidar de uma pequena vítima dos tempos: o pássaro conhecido como milhafre-preto. 'Tudo o que Respira', exclusivo da HBO Max, é um daqueles documentários em que aparentemente não acontece muita coisa, mas que esconde uma beleza poderosa e avassaladora ao falar sobre compaixão e amor pela dignidade de todos os seres vivos, mesmo em meio a tragédia e desespero. O filme foi, merecidamente, indicado ao Oscar de Melhor Documentário de 2023.
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No país mais poluído do planeta, a Índia, há cidades como Nova Delhi em que pássaros caem do céu, fu... [+]
Do diretor Andrew Dominik (‘This Much I Know to Be Trueu’), ‘Blonde’ não é exatamente uma cinebiografia da lendária Marilyn Monroe, mas sim uma ficção biográfica baseada no romance de mesmo nome, de Joyce Carol Oates. Como tal, tanto no romance quanto nesta adaptação cinematográfica, há uma considerável “licença poética" com os fatos. No entanto, o romance tentou pintar um retrato psicológico da ex-Norma Jeane Baker, retratando (com pinceladas grossas) os principais aspectos que marcaram sua vida difícil e o preço doloroso que ela pagou por se tornar talvez a maior celebridade do século XX. No entanto, é preciso alertar: apesar de uma atuação verdadeiramente magistral de Ana de Armas, além de uma bela trilha sonora composta por Nick Cave e Warren Ellis, o filme de Dominik cai descaradamente na exploração de sua protagonista, exaltando seu sofrimento e falhando em representar outros aspectos de sua vida. Pode funcionar como um ponto de entrada para o mito de Marilyn Monroe (mas definitivamente existem outros melhores). Leia mais sobre isso em nossa análise. Ou clique aqui para saber o que é verdade ou mentira no filme.
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Do diretor Andrew Dominik (‘This Much I Know to Be Trueu’), ‘Blonde’ não é exatamente uma cinebiogra... [+]
A vencedora do Oscar Jennifer Lawrence volta às telonas com o filme ‘Passagem’, que fez parte da seleção oficial do Festival Internacional de Cinema de Toronto 2022. A diretora Lila Neugebauer (‘Things to Clean’) nos leva à história de Lynsey (Lawrence), uma engenheira militar que é forçada a retornar aos Estados Unidos após sofrer uma lesão cerebral durante uma explosão no Afeganistão. ‘Passagem’ mostra a importância da amizade para superar complicações do passado, com atuações que surpreendem e enriquecem uma bela história.
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A vencedora do Oscar Jennifer Lawrence volta às telonas com o filme ‘Passagem’, que fez parte da sel... [+]
A estreia de ‘Entre Facas e Segredos’ foi uma das grandes surpresas de 2019: foi um “whodunit” que, sem realmente refazer as regras do gênero, entregou uma narrativa envolvente, espirituosa e engraçada de intriga e assassinato. Para a sequência, o diretor Rian Johnson segue o caminho de não consertar o que não está quebrado, mas simplesmente pegar o que funcionou na primeira parcela e torná-la maior. ‘Glass Onion: Um Mistério Knives Out’ agora leva o detetive Benoit Blanc para a Grécia, onde ele deve investigar um novo mistério com suspeitos mais excêntricos. Se você gostou do primeiro (ou se gosta apenas de mistérios), vai adorar este exclusivo da Netflix.
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A estreia de ‘Entre Facas e Segredos’ foi uma das grandes surpresas de 2019: foi um “whodunit” que,... [+]
Dirigido pelo argentino Santiago Mitre (‘A Cordilheira’) e selecionado para o Festival de Cinema de Veneza em 2022, ‘Argentina, 1985’ é um filme que retrata um dos anos mais cruciais da história recente do país sul-americano, quando os chefes da ditadura militar foram levados a julgamento civil em um caso movido pelo promotor Júlio Strassera (o grande Ricardo Darín, de ‘Relatos Selvagens’) e seu adjunto, Luis Moreno Ocampo (Peter Lanzanil), com a ajuda de uma equipe de jovens juristas. Com um bom roteiro e direção bastante segura, ‘Argentina, 1985’, adere às convenções dos dramas de tribunal comerciais. Mas isso não é necessariamente ruim: resulta em um filme emotivo e, acima de tudo, acessível a um público que talvez não tenha conhecido em primeira mão as atrocidades da ditadura. Assim, cumpre uma das funções mais vitais do cinema, que é fazer e preservar a memória para que tais crimes não voltem a acontecer. Como enunciado pelo povo argentino: “nunca mais”. Clique aqui para ler a crítica completa.
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Dirigido pelo argentino Santiago Mitre (‘A Cordilheira’) e selecionado para o Festival de Cinema de... [+]
Uma versão de Pinóquio, de Carlo Collodi, adaptada pelo mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno, A Forma da Água) e pelo mestre da animação stop motion, Mark Gustafson (As Aventuras de Mark Twain); Só poderia resultar em uma coisa: uma obra-prima de animação cheia de contraste que abraça a escuridão do material de origem, mas também a inocência da fantasia para contar um conto mágico de dor e perda, medo e fascismo, família e alegria. Com a brilhante música de Alexandre Desplat como cereja do bolo, Pinóquio de Guillermo del Toro é simplesmente uma maravilha cinematográfica (indiscutivelmente superior, diga-se de passagem, ao preguiçoso remake que a Disney decidiu lançar no mesmo ano).
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Uma versão de Pinóquio, de Carlo Collodi, adaptada pelo mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do... [+]
A saga Shrek, como tantas outras que se estendem para além do necessário, foi do mais ao menos, apesar de o seu primeiro (e único) spin-off, ‘Gato das Botas’, ter tido um bom desempenho. Isso foi em 2011, no entanto. A franquia, uma das mais populares da DreamWorks, ficou inativa até o lançamento de ‘Gato de Botas 2: O Último Desejo’, e que retorno! Este filme traz de volta os elementos que deram certo na franquia – Antonio Banderas como Gato, Salma Hayek como Kitty Patas Macias e paródias de contos de fadas – para contar uma aventura que encanta as crianças, mas com uma bagagem existencial própria até para os mais velhos. O estilo de animação, que lembra o que a Sony fez para ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’, é simplesmente espetacular, como um livro de histórias animado, e sem dúvidas merece ser visto na tela grande. Leia mais em nossa análise.
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A saga Shrek, como tantas outras que se estendem para além do necessário, foi do mais ao menos, apes... [+]
'A Fera do Mar' é um filme dirigido pelo vencedor do Oscar Chris Williams, que já foi responsável por famosas produções da Disney como 'Moana: Um Mar de Aventuras', 'Big Hero 6' e 'Bolt: Supercão'. Neste caso, 'A Fera do Mar' não é um filme da Disney, mas da Netflix Animation, com altos valores de produção, gráficos altamente detalhados, paisagens coloridas e personagens cativantes. A história, sobre as aventuras de caçadores de monstros marinhos, não deixa de fora importantes lições sobre coragem, amizade e trabalho em equipe. [-]
'A Fera do Mar' é um filme dirigido pelo vencedor do Oscar Chris Williams, que já foi responsável po... [+]
Este é o primeiro filme da Pixar liderado por um totalmente time feminino, o que já consegue aproximar muitas mulheres da história. Em ‘Red: Crescer é uma Fera’, a diretora chinesa Domee Shi nos leva para os anos 2000, com direito a febre de boy bands, bichinhos virtuais e um mundo mais real, longe das telas e de intervenções de redes sociais. Por meio dos olhos de Meilin Lee, uma menina de 13 anos inspirada na infância da própria cineasta, acompanhamos uma jornada de amadurecimento. A vida da personagem é bastante normal, contanto que ela não fique nervosa ou ansiosa - nesse caso, Meilin se transforma em um panda vermelho gigante. ‘Red’ é um dos acertos da Pixar: o filme é divertido, empolgante e muito emotivo, especialmente por falar da relação entre mãe e filha. [-]
Este é o primeiro filme da Pixar liderado por um totalmente time feminino, o que já consegue aproxim... [+]
Filme exibido e elogiado durante a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, ‘Vulcões: A Tragédia de Katia e Maurice Krafft’ conta a história desses dois vulcanólogos, que dão nome ao longa-metragem, e que tinham os vulcões como paixão e objetivos de suas vidas. Desenvolvido principalmente a partir de fotografias, filmes e gravações exclusivas feitas por Katia e Maurice, este filme da cineasta Sara Dosa (do belíssimo ‘The Seer and the Unseen’) busca a verdade para falar de uma história que poderia ter saído de um livro de amor de Maurice para Katia e para os vulcões. E o final causa uma espécie de catarse na audiência que, vendo tudo aquilo, se questiona sobre objetivos de vida.
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Filme exibido e elogiado durante a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, ‘Vulcões: A Trag... [+]
Poderíamos dizer que muitos cineastas chegam ao ponto de suas carreiras em que podem se dar ao luxo de fazer “seus '8½'”, em referência ao surreal filme semi-autobiográfico feito por Federico Fellini em 1963. Para Alejandro González Iñárritu, um dos cineastas mexicanos de maior sucesso cineastas da cena internacional, esse é o filme. Em 'Bardo: Uma Falsa Crônica de Algumas Verdades' conta a história de Silvério (Daniel Giménez Cacho), um renomado jornalista e documentarista que se vê obrigado a retornar ao seu México natal, em uma viagem que acabará testando seus limites existenciais. É um filme com um ritmo vagaroso, desvios narrativos sinuosos e um estilo visual apurado que contrabalançam o que, diga-se de passagem, é um enorme comodismo e vaidade do realizador. O produto final nunca deixa de ser fascinante, sim, por isso quem procura mergulhar numa intensa viagem existencial não pode deixar de experimentar.
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Poderíamos dizer que muitos cineastas chegam ao ponto de suas carreiras em que podem se dar ao luxo... [+]
‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ é, inegavelmente, um filme de transição. Afinal, ele surge após a morte de Chadwick Boseman, ator por trás da máscara do super-herói de Wakanda, e precisa dar conta de direcionar a franquia para um novo caminho. Shuri (Letitia Wright), Ramonda (Angela Bassett), Okoye (Danai Gurira)? Quem vai assumir o manto? A partir dessas perguntas, o diretor Ryan Coogler (‘Creed’) conduz uma trama de luto, tristeza e novas perspectivas, tentando reorientar a história do Pantera Negra após esse doloroso baque. Apesar dos conflitos com Namor, o príncipe submarino, as cenas de ação são apenas parte do espetáculo, que está mais focado em contar histórias de personagens que nunca foram tão reais dentro do Universo Cinematográfico da Marvel – pro bem e pro mal.
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‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ é, inegavelmente, um filme de transição. Afinal, ele surge após... [+]
Bollywood não brinca em serviço e ‘RRR: Revolta, Rebelião’ é uma prova disso. O filme acompanha um guerreiro com a perigosa missão de encontrar um policial durão que serve ao exército britânico, em uma época na qual a Índia ainda não tinha conquistado a independência do Reino Unido. O diretor S.S. Rajamouli é responsável pela popularização da indústria cinematográfica Telugu (grupo nativo de uma das populações mais antigas do sul da Índia) e esta produção faz jus ao seu sucesso. Diretores visionários como Spielberg e James Cameron provaram isso em Hollywood, mas no cinema asiático foi Rajamouli que se estabeleceu como o mestre. ‘RRR’ é um drama histórico semi-ficcional bem feito, com qualidade para satisfazer o público. O cineasta fez claramente sua lição de casa e nos mostrou novamente por que ele é o diretor mais consistente do cinema telugu. [-]
Bollywood não brinca em serviço e ‘RRR: Revolta, Rebelião’ é uma prova disso. O filme acompanha um g... [+]
Depois de vencer o Oscar de Melhor Direção pelo delicioso e romântico ‘La La Land’, o cineasta Damien Chazelle retorna ao que sabe e gosta de fazer: histórias emocionantes que envolvem o mundo das artes. Depois de falar em duas ocasiões sobre a música (também em ‘Whiplash’, seu primeiro longa), agora ele mira sua câmera para a Hollywood dos anos de 1920 e 1930. Naquele momento, o berço do cinema ocidental passa por uma transformação intensa, em que o cinema mudo passa para o cinema falado. A partir disso, com a história dos personagens Jack Conrad (Brad Pitt), Nellie LaRoy (Margot Robbie) e Manny Torres (Diego Calva), entendemos mais sobre os desafios desse universo, com cenas que vão da escatologia ao drama, da comédia ao besteirol. É um passeio por gêneros que, no fundo, também faz homenagens claras e sensíveis ao cinema – com referências aos clássicos ‘Cantando na Chuva’ e ‘Crepúsculo dos Deuses’, por exemplo. Tudo isso com grandes atuações, principalmente de Robbie (‘Aves de Rapina’) e Calva (‘Narcos: México’). Há quem não goste do filme, chamando-o de exagerado, fora de tom e por aí vai. Mas acredite: esta produção dantesca de Chazelle pode te conquistar.
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Depois de vencer o Oscar de Melhor Direção pelo delicioso e romântico ‘La La Land’, o cineasta Damie... [+]
Esqueça o Batman de Christopher Nolan, ou até mesmo a versão de Zack Snyder. 'Batman' (ou 'The Batman', no original) traz uma nova interpretação do famoso Cavaleiro das Trevas. Inspirado no cinema noir e em filmes como 'Zodíaco', 'Se7en' e 'Chinatown', a produção entrega uma história de queima lenta, com uma investigação pelo submundo corrupto da política e da máfia de Gotham City. Dirigido por Matt Reeves (de 'Planeta dos Macacos: A Guerra'), longa aborda o segundo ano de atuação do Cruzado Encapuzado, em uma ótima interpretação de Robert Pattinson - que empresta aqui o seu lado mais dramático, trazendo peso para o herói. A isso se soma um elenco de peso, com Andy Serkis e Jeffrey Wright se destacando - mas com a Mulher-Gato de Zoë Kravitz roubando a cena. As sequências de ação, ainda que mais raras, são de tirar o fôlego, carregando em uma certa pompa que cabe, sim, ao personagem da DC. Ao se somar tudo isso, temos uma versão mais detetive do Batman, em um filme de clima envolvente e que, se não faz nos sentir melhores ao seu fim, carrega sim em sua conclusão uma mensagem de reflexão até que positiva. Pode não ser o Homem-Morcego que você esperava ver, mas certamente ficará feliz ao encontrá-lo. [-]
Esqueça o Batman de Christopher Nolan, ou até mesmo a versão de Zack Snyder. 'Batman' (ou 'The Batma... [+]