Anora, filme ganhador de 5 Oscars e da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2024, é o mais acessível do diretor Sean Baker. As pessoas que vivem à margem do sonho americano – frequentemente profissionais do sexo – são os personagens dos filmes de Sean Baker, ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano com Anora. Saiba mais sobre o filme em nossa cobertura especial de Cannes.
Eleito um dos 100 melhores filmes do século pela New York Times. Anatomia de uma Queda é um dos grandes títulos da temporada de premiações de 2024. Ainda que não tenha sido o escolhido da França para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional, o filme conseguiu trilhar sua própria carreira fora da categoria. Não é pra menos: este filme de Justine Triet fala sobre a morte de um homem, que cai do segundo andar de sua própria casa. O que aconteceu? Ele se jogou dali, foi empurrado? A partir daí, a esposa Sandra (Sandra Hüller) entra em um furacão, sendo acusada pela promotoria e tendo que se defender. Triet não está realmente interessada aqui em encontrar o culpado ou dar respostas, mas questionar a busca pela verdade. Afinal, o que é a verdade? Quem é o dono da verdade? São questionamentos que o filme traz e o faz engrandecer. Destaque para a atuação de Hüller, que consegue trazer essa complexidade em sua atuação.
Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 2022, ‘Triângulo da Tristeza’ não é um filme confortável. Dividido em uma estrutura de três partes, ele é o típico cinema de Ruben Östlund (do também premiado ‘The Square: A Arte da Discórdia’): repleto de momentos estranhos, uma comédia desconfortável e, acima de tudo, uma provocação aos bilionários do mundo. Na história, acompanhamos um cruzeiro com pessoas muito ricas que naufraga de repente e, depois de algumas mortes, uma parte do grupo fica presa em uma ilha. A partir disso, Östlund faz um comentário ácido acerca das relações sociais e sobre como essas pessoas estão preocupadas apenas com elas. Entre amor e ódio, o filme não é nem um pouco sutil em suas observações (como já é típico no cinema de Östlund), mas consegue chamar a atenção daquelas pessoas que gostam de uma comédia que não pensa nos limites e ri – do outro, de si mesmo e, acima de tudo, do sistema que estamos inseridos.




