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Depois de um atraso considerável causado por conta da pandemia do novo coronavírus, finalmente os prêmios do Globo de Ouro foram entregues neste domingo, 28. Apesar das polêmicas que cercam os bastidores da premiação, a cerimônia é uma das mais aguardadas da temporada e, em termos de cinema, é considerada por muitos como um termômetro do Oscar.
No final, a festa acabou serviu para ressaltar que a atual temporada de premiações é realmente uma das mais divididas da história recente, ao menos entre os filmes. Já entre as séries, ‘The Crown’, com perdão do trocadilho, reinou quase sozinha.
Por causa da pandemia, a festa foi dividida em dois lugares diferentes: parte no tradicional Beverly Hilton, em Beverly Hilts; e parte na Rainbow Room, em Nova York. Por isso, as apresentadoras – Amy Poehler e Tina Fey – ficaram dividas entre as duas cidades.
Isso facilitou o deslocamento de atores e atrizes. Além disso, quem esteve presente assistindo à apresentação no local foram os profissionais da saúde, em uma homenagem ao trabalho deles no combate à covid-19. Todos os presentes foram testados, além de serem observados os protocolos de saúde.
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E se as apresentadoras começaram o prêmio cutucando a falta de representatividade na Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, que comanda o Globo de Ouro, as duas primeiras estatuetas da noite foram para atores negros: Daniel Kaluuya (‘Judas e o Messias Negro‘) e John Boyega (‘Small Axe’), respectivamente Melhor Ator Coadjuvante entre os filmes e Melhor Ator Coadjuvante de TV. Um dos momentos mais emocionantes foi quando Chadwick Boseman foi escolhido como o Melhor Ator de Drama entre os filmes, por ‘A Voz Suprema do Blues’. Taylor Simone Ledward recebeu o prêmio em nome do marido, morto em setembro passado – e, entre lágrimas, ela procurou as palavras que Chadwick teria dito neste momento tão importante da carreira. “Ele agradeceria a Deus, seus pais e seus ancestrais por sua orientação e sacrifícios”, disse a viúva. Outro destaque foi ‘Soul’. O filme da Disney e da Pixar venceu em Melhor Animação e também em Melhor Trilha – essa última por composições que se dividem entre o jazz e o new-age, como contamos aqui no Filmelier.
Globo de Ouro pulverizado
Entre os melhores filmes da noite, ‘Borat: Fita de Cinema Seguinte’ foi escolhido como a Melhor Comédia e Musical. Não era o mais cotado na categoria, mas certamente tem a sua qualidade e relevância – como lembrou o discurso de Sacha Baron Cohen, produtor e estrela do longa, o filme tem importância por mostrar os perigos da mentira no mundo de hoje. A produção, vale ressaltar, mistura realidade e ficção. Cohen, inclusive, também venceu como Melhor Ator entre as comédias e musicais. Enquanto isso, a categoria mais aguardada da noite, de Melhor Filme dramático, ficou com ‘Nomadland’. Badalado no circuito de festivais, o longa venceu outros fortes concorrentes, como ‘Mank’, ‘Bela Vingança’ e ‘Os 7 de Chicago’. Chloé Zhao, produtora, também venceu o Globo de Ouro de direção. Outra categoria bastante disputada foi a de Melhor Filme Estrangeiro – e ‘Minari’ acabou levando o prêmio. Curiosamente, é uma produção representando os EUA que se qualificou para a premiação por ser quase toda em coreano. A maior surpresa da noite talvez tenha sido a vitória de Andra Day em Melhor Atriz dos filmes dramáticos – superando grandes atuações das concorrentes Viola Davis, Frances McDormand, Vanessa Kirby e Carey Mulligan. Com tudo isso, as estatuetas da noite foram muito pulverizadas e não tivemos um “grande vencedor” do Globo de Ouro 2021 entre os filmes. ‘Nomadland’, ‘Borat: Fita de Cinema Seguinte’ e ‘Soul’ ficaram, respectivamente, com dois prêmios cada. Na briga entre streaming e estúdios, quem se deu melhor foi a Netflix. O gigante do VOD levou dez estatuetas de um total de 25 categorias – se beneficiando, claro, do fato de estar presente tanto em cinema quanto em TV. Se dá para dizer que o Globo de Ouro deste ano teve alguma aglomeração, foi essa.
Por fim, confira os indicados e vencedores de cada categoria (estes últimos em negrito) a seguir. Para saber onde assistir, quando disponível, é só clicar nos títulos.
Bryan Cranston (‘Your Honor’) Jeff Daniels (‘The Comedy Rule’) Hugh Grant (‘The Undoing’) Ethan Hawke (‘The Good Lord Bird’) Mark Ruffalo (‘I Know This Much is True’)
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou filme
Gillian Anderson (‘The Crown’) Helena Bonham Carter (‘The Crown’) Julia Garner (‘Ozark’) Annie Murphy (‘Schitt’s Creek’) Cynthia Nixon (‘Ratched’)
Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou filme
John Boyega (‘Small Axe’) Brendan Gleeson (‘The Comedy Rule’) Daniel Levy (‘Schitt’s Creek’) Jim Parsons (‘Hollywood’) Donald Sutherland (‘The Undoing’)
Melhor ator em série de drama
Jason Bateman (‘Ozark’) Josh O’Connor (‘The Crown’) Bob Odenkirk (‘Better Call Saul’) Matthew Rhys (‘Perry Mason’) Al Pacino (‘Hunters’)
Melhor atriz em série de drama
Emma Corrin (‘The Crown’) Olivia Colman (‘The Crown’) Jodie Comer (‘Killing Eve’) Laura Linney (‘Ozark’) Sarah Paulson (‘Ratched’)