Destaques na Netflix em agosto de 2022

O renomado documentarista Matías Gueilburt volta aos ringues para contar uma das histórias verídicas mais fascinantes dos tablóides argentinos. 'A Verdadeira História do Roubo do Século' explora sem julgamentos de valor, com depoimentos exclusivos e reconstruções visuais atraentes, o roubo que inspirou séries como 'La Casa de Papel' e muitos outros filmes de ficção. O diretor conseguiu estabelecer contato com o quarteto que realizou o assalto e aqui estão as entrevistas inéditas onde eles contam em primeira mão como e por qual motivo decidiram realizar o célebre (e criminoso) assalto.

‘Cats’ é uma das peças mais icônicas e importantes da Broadway, em Nova York. Já levou multidões aos teatros ao redor do mundo e conquistou uma legião de fãs. No entanto, infelizmente, a história dos Jellicles não encontrou o espaço que merece nos cinemas. Já teve a versão obscura de 1998, com efeitos especiais decadentes e uma direção confusa. Mas, depois disso, a história de ‘Cats’ foi além e atingiu outro grau de bizarrice com o longa homônimo dirigido por Tom Hooper (dos premiados ‘O Discurso do Rei’ e ‘Os Miseráveis’). Afinal, para tentar concorrer ao Oscar, o cineasta apressou a pós-produção e acabou entregando ao público uma versão de acabamento péssimo, com efeitos especiais ruins. Isso acabou motivando o lançamento de uma segunda versão, com efeitos um pouco mais refinados -- e é essa que está disponível em video on demand. Ainda assim, a impressão é de que o filme saiu de algum porão dos anos 1980 -- a cena das baratinhas, por exemplo, é uma das coisas mais vergonhosas do cinema dos anos 2000. Mas, para os fãs de filmes musicais, atravessar essa barreira visual pode ser um bom negócio. Afinal, as músicas de ‘Cats’ continuam emocionantes. E o elenco, formado por nomes como Judi Dench, Idris Elba e Ian McKellen, acaba dando algum glamour nesta atrapalhada produção.

Ted Bundy é possivelmente o serial killer mais conhecido do mundo e as possibilidades de ângulos diferentes sobre a sua história são infinitas. Dessa vez, acompanhamos o trabalho de um agente do FBI, interpretado Elijah Wood (‘O Senhor dos Anéis’), em sua investigação que busca a confissão dos crimes do assassino. Mas, muito além disso, é um mergulho na mente de um desse charmoso psicopata que intriga quem descobre a verdade por trás de seus crimes.

O diretor Sam Mendes (de ‘Beleza Americana’ e ‘007: Operação Skyfall’) se inspirou nas histórias contadas pelo avô, Alfred Mendes, para mergulhar fundo na trajetória de dois soldados britânicos que precisam passam pelo front alemão, em plena Primeira Guerra Mundial, com a missão de entregar uma mensagem importante a um general Aliado. Tudo isso feito em longos takes de cerca de oito minutos, dando ao espectador a impressão de um grande plano sequência, (quase) sem interrupções - tal qual Alfred Hitchcock fez em ‘Festim Diabólico’. Ainda que não se passe, exatamente, em tempo real, o longa-metragem traz uma sensação extrema de realidade, enquanto nos envolve com uma história amarga e impactante. Afinal, guerras apenas causam a morte dos inocentes e dos corajosos que entram em batalha, enquanto aqueles que puxam as cordas estão distantes do sangue e do calor das bombas. O filme é temperado por uma bela fotografia (principalmente no trecho noturno) e um time de atores britânicos de primeiro escalão, com nomes como Andrew Scott, Benedict Cumberbatch, Colin Firth e Mark Strong, entre outros. Porém, quem chama mais atenção é mesmo a dupla de protagonistas: Dean-Charles Chapman (‘Game of Thrones’) e George MacKay (‘Capitão Fantástico’). Esta é uma grande experiência cinematográfica, que precisa ser assistida de forma imersiva, sem pausas ou interrupções. No Globo de Ouro, Sam Mendes levou o prêmio de melhor diretor e o filme também venceu na categoria de melhor drama. Além disso, Thomas Newman foi indicado para melhor trilha sonora original.

"Os Homens São de Marte... E é pra Lá que Eu Vou!" é uma comédia romântica dirigida por Marcus Baldini que segue a história de Fernanda, uma mulher empresária solteira na casa dos trinta, e sua busca incessante por encontrar o homem com quem se casar. O filme nos leva através de sua jornada de namorar diferentes homens, cada um com seus próprios trejeitos e falhas, enquanto ela tenta navegar pelas complexidades dos relacionamentos modernos. O filme é uma abordagem leve dos desafios de encontrar amor no mundo de hoje. As performances do elenco são louváveis, com destaque para as performances da atriz principal e do elenco de apoio. O humor no filme é sutil mas eficaz, e o roteiro bem escrito, com diálogos relacionáveis que capturam a essência dos relacionamentos modernos. No geral, "Os Homens São de Marte... E é pra Lá que Eu Vou!" é uma divertida comédia romântica que vai deixar você com um sorriso no rosto. Embora não faça nenhuma grande inovação no gênero, é um filme bem feito que vai agradar os fãs de comédias românticas. Se você está procurando um filme para assistir numa tarde preguiçosa, este definitivamente vale a pena.

Às vezes a gente só quer apertar o “play” e embarcar em uma viagem divertida, que não exija muito dos nossos (cansados) neurônios. ‘Dupla Jornada’. da Netflix, é exatamente isso. No filme, Jamie Foxx (‘Homem-Aranha: Sem Volta para Casa’) é Bud, um pai que se vê ameaçado pela possibilidade da ex-esposa se mudar para o outro lado do país, levando a filha. Para evitar isso, ele precisa levantar mais dinheiro em seu trabalho - que vem a ser, veja só, caçar e matar vampiros. Porém, ele precisa lidar também com um novo parceiro nas ruas - interpretado por Dave Franco (‘O Artista’). O resultado é uma produção que mistura elementos paternais com o enredo das comédias de buddy cops (como ‘Máquina Mortífera’) e com o sangue do gore, um subgênero do terror. Infelizmente, o entretenimento se perde em um roteiro confuso, com muitos furos e que não segue as próprias regras que propõe para esse universo ficcional - fora a presença de uma vilã (interpretada por Karla Souza, de ‘How to Get Away with Murder’) que não engrena. Agora, se você simplesmente ignorar tudo isso, vai encontrar um “descansa tela” mental, que ganha algum corpo na atuação de Franco e, principalmente, na presença de Snoop Dogg. É impressionante: o rapper nem precisa abrir a boca para tirar alguns sorrisos do público. Clique aqui para ler a critica completa.

Com uma estética e uma narrativa que lembram (e muito!) as recentes comédias 'Te Peguei' e 'A Noite do Jogo', o divertido e curioso 'Jogos Entre Amigos' se vale de uma situação diferente para explorar dramas humanos. No caso, um grupo de colegas que se reúne anualmente para jogar o Buddy Game, uma variedade selvagem de desafios físicos e mentais absurdos, que os levam ao limite da vida. Por mais que o trailer da produção seja mais divertido do que o filme em si, a estreia na direção do também ator Josh Duhamel (de 'Transformers') é leve e descompromissada, como deveria ser. Poderia ser melhor e mais bem executado? Sem dúvidas. Mas, ainda assim, é uma boa maneira de passar o tempo na frente da tela da TV, bebendo refrigerante e comendo um imenso balde de pipoca.

Sim, a enorme popularidade da franquia de games ‘Angry Birds’ desapareceu há tanto tempo que já era difícil justificar o primeiro filme, o que dizer então deste segundo. No entanto, ‘Angry Birds 2: O Filme’ mantém a energia frenética de seu antecessor, além de um humor adequado para as crianças e agradável para os pais. A qualidade da animação é muito boa e, se você a vir em inglês, encontrará um elenco sólido de vozes que incluem Josh Gad ('Frozen: Uma Aventura Congelante'), Jason Sudeikis (‘Família do Bagulho’). ), Leslie Jones ('Saturday Night Live'), Bill Hader ('It: Capítulo 2'), Awkwafina (‘Podres de Ricos’) e Sterling K. Brown ('This is Us').

Um dos grandes clássicos do cinema pipoca dos 1980, dirigido por Tony Scott (‘Dias de Trovão’) e protagonizado pelo trio Tom Cruise, Val Kilmer e Kelly McGillis. O enredo é sobre um grupo de pilotos da Força Aérea que vai até a base em San Diego, California, para se transformarem nos maiores ases do céu. Não é um dos mais elaborados filmes da história, longe disso, mas há toda aquele clima farofa da época, que transformaram ‘Top Gun’ em um clássico das reprises da TV. Não é por menos que o bar usado em uma das clássicas cenas do longa é, hoje, ponto turístico.

O arcebispo de Chicago é assassinado a facadas e um coroinha (Edward Norton) é o principal suspeito porque estava com as roupas sujas de sangue. Mesmo sendo massacrado pela opinião pública, o rapaz ganha a ajuda de um notório promotor (Richard Gere) como advogado de defesa.

‘Jumanji: Bem-Vindo à Selva’ chegou aos cinemas, em 2017, cerca de dúvidas. Afinal, era a continuação do querido longa-metragem protagonizado por Robin Williams e, para muitos, um filme irretocável. No entanto, a produção acabou sendo um acerto em cheio. O cineasta Jake Kasdan (‘Sex Tape’) afinou o humor da produção e com um elenco estrelar (Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan, dentre outros) chamou a atenção do público. E apesar da história ser um pouco esquecível, o humor fica grudado no espectador por um bom tempo. As excelentes piadas envolvendo The Rock, assim como o humor físico excelente de Jack Black e Kevin Hart dão a tônica da produção, que traz de volta o clima do filme dos anos 1990 e, ainda assim, revigora a história para novos públicos. Na mosca.

O começo de uma das franquias de espionagem mais célebres do cinema, logo atrás das histórias de James Bond, ‘Missão: Impossível’ é um filme com a cara dos anos 1990 e já com alguns sinais do que viria a aparecer nas produções seguintes. Aqui, Ethan Hunt (Tom Cruise, no papel que se tornou um marco em sua carreira) embarca em uma missão secreta que dá errado e o protagonista, de uma hora pra outra, se torna o principal suspeito do assassinato de seu parceiro de espionagem. O cineasta Brian de Palma (‘Scarface’, ‘Carrie: A Estranha’) dá o tom com brincadeiras visuais interessantes, com cara dos anos 1980 e espírito dos anos 1990, apesar de alguns tropeços nas cenas mais emocionantes -- falta um pouco de adrenalina em certos momentos. Mas a atuação precisa de Tom Cruise e cenas emblemáticas na história do cinema, como a célebre sequência de Ethan Hunt descendo do teto em uma sala de segurança máxima, compensam os erros e momentos ultrapassados do filme. Para se divertir e, principalmente, dar o pontapé inicial na maratona da franquia.

Depois de um primeiro filme com a cara dos anos 1990, a franquia ‘Missão: Impossível’ tomou um rumo mais espetaculoso (e explosivo) com o segundo filme. Dirigido por John Woo (‘A Outra Face’) e considerado por muitos como o mais fraco da franquia, o longa-metragem insere uma ação mais desenfreada na trama de Ethan Hunt, o agente secreto que novamente é chamado para liderar uma equipe e, assim, impedir que um vírus mortal, criado na Alemanha, se espalhe pelo mundo. Tom Cruise está novamente bem em cena, agora de cabelos longos, mas não é o bastante para diminuir o tom exagerado da produção. O grande destaque acaba sendo Brendan Gleeson, que dá profundidade inesperada ao seu personagem e ajuda ‘Missão: Impossível 2’ a ganhar mais camadas.

Depois de um primeiro nostálgico e um segundo que se perdeu no tom explosivo da ação, ‘Missão: Impossível 3’ é o que começa a pavimentar com mais afinco os caminhos da franquia. Sob direção de J.J. Abrams, de ‘Star Wars: O Despertar da Força’, o longa-metragem começa com Ethan Hunt (Tom Cruise) aposentado, aproveitando a vida de casado ao lado da esposa (Michelle Monaghan). É uma produção com ação sob medida, deixando o público na ponta da cadeira enquanto também se entretém com o thriller que nasce a partir das entrelinhas. E aqui, o elenco acaba sendo o grande destaque, elevando ‘Missão: Impossível’ perto de outras produções de ação. Além de Cruise e Monaghan, ‘Missão: Impossível 3’ conta com o excepcional Philip Seymour Hoffman, Ving Rhames, Billy Crudup, Jonathan Rhys Meyers, Simon Pegg e Laurence Fishburne. Filmaço.

Sexto filme da franquia cinematográfica ‘Missão: Impossível’, baseada na famosa série dos anos 1960. Tom Cruise retorna mais uma vez no papel de Ethan Hunt, em uma história que continua a partir das pontas deixadas pelo longa anterior, ‘Nação Secreta’ – só que elevando ainda mais o nível das cenas de ação. Dinâmico e divertido, é o perfeito filme pipoca.

Indicado para o Oscar Filme Estrangeiro, ‘Nunca Deixe de Lembrar’ é o filme mais recente do aclamado cineasta alemão Florian Henckel von Donnersmarck, conhecido pelo multipremiado ‘A Vida dos Outros’. A filmografia do cineasta geralmente gira em torno da vida política vista de uma perspectiva pessoal e íntima, e aqui tal enredo ganha um cenário magnífico do pós-guerra, com um protagonista que funciona como o símbolo de uma sociedade alemã quebrada pela mancha do nazismo.