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Os 25 filmes esnobados de 2021 que você precisa assistir
O ano 2021 passou e nos deixou muitos, mas muitos filmes. Tantos que, provavelmente, alguns escaparam do seu radar. No entanto, existem alguns deles que, mesmo que não tenham sido premiados em festivais ou indicados para um prêmio, ou sequer entrado para listas de melhores do ano, são mais do que dignos de menção. Em outras palavras: prêmios ou burburinho não são tudo. Aqui temos uma seleção de filmes esnobados de 2021 que você precisa ver! Eles estão disponíveis em diversas plataformas de streaming.
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O ano 2021 passou e nos deixou muitos, mas muitos filmes. Tantos que, provavelmente, alguns escaparam do seu radar. No entanto, existem alguns deles que, mesmo que não tenham sido premiados em festivais ou indicados para um prêmio, ou sequer entrado para listas de melhores do ano, são mais do que dignos de menção. Em outras palavras: prêmios ou burburinho não são tudo. Aqui temos uma seleção de filmes esnobados de 2021 que você precisa ver! Eles estão disponíveis em diversas plataformas de streaming.
A Disney tem o poder de nos transportar para outros universos e nos fazer esquecer da realidade por algumas horas -- ‘Raya e o Último Dragão’ é um desses acertos do estúdio. Ambientado no mundo fictício de Kumandra, onde dragões e humanos viviam em harmonia, até que forças malignas ameaçam a vida de todos e os seres místicos resolvem se sacrificar pelo bem da humanidade. No entanto, anos depois, o mal volta a dizimar as pessoas e a esperança é que o último dragão possa novamente restaurar a paz. Neste contexto conhecemos Raya, uma princesa guerreira novata no universo da Disney, que tem fé que de pode encontrá-lo. A animação dá espaço para uma nova geração de produções infantis com protagonistas mulheres. Além disso, há também representatividade cultural por se tratar de uma história com referências asiáticas. Apesar dos diretores de 'Raya e o Último Dragão' não terem ascendência asiática, os roteiristas, Adele Lim ('Podres de Ricos') e Qui Nguyen, têm. É importante ver que Hollywood está tentando dar espaço às minorias, estamos acompanhando as mudanças aos poucos. Como todo bom filme família, essa história é leve, divertida e que desperta aquele sopro de esperança na sociedade. [-]
A Disney tem o poder de nos transportar para outros universos e nos fazer esquecer da realidade por... [+]
Gostaria de ver Tom Hanks em um mundo pós-apocalíptico? 'Finch' é exatamente isso! O filme conta a história de um engenheiro de robótica (Hanks) que vive com seu cachorro, Goodyear, e que está entre os poucos sobreviventes de um evento solar cataclísmico. Pensando no futuro, o engenheiro constrói um robô com o objetivo de ser o cuidador de seu cachorro. Desta forma, os três embarcam em uma jornada de diversão, autodescobrimento e distração. Hanks, aliás, revelou que adorou participar desse filme pois possui uma mensagem positiva e esperançosa. Apesar de viverem em um mundo pós-apocalíptico, os personagens conseguem construir uma família, buscar diversão, etc. A direção do filme é de Miguel Sapochnik, conhecido por dirigir episódios aclamados de 'True Detective' e 'Game of Thrones'. Uma história esperançosa e com um dos atores mais amados do cinema como protagonista. [-]
Gostaria de ver Tom Hanks em um mundo pós-apocalíptico? 'Finch' é exatamente isso! O filme conta a h... [+]
‘O Menino e o Mundo’, ‘Uma História de Amor e Fúria’, ‘Tito e os Pássaros’, ‘Lino’ e, agora, ‘Bob Cuspe: Nós Não Gostamos de Gente’. A animação brasileira nos anos 2010 e 2020 mostrou amadurecimento e apontou para um caminho interessante, valorizando a cultura brasileira, o traço original e a nossa história. Dirigido e roteirizado por Cesar Cabral, ‘Bob Cuspe’ é mais uma amostra disso. O longa-metragem acompanha a jornada do querido e celebrado personagem criado por Angeli e que dá título ao filme. No entanto, engana-se quem pensa que a história é "normal". Por aqui, Cabral se vale dos personagens que povoam a imaginação do cartunista para, justamente, fazer um mergulho nessa mente. Começamos Bob Cuspe como se fosse um documentário animado para, logo em seguida, ganhar ares criativos. Angeli, afinal, está em crise — e quando não está, não é mesmo? A mente dele é um deserto de ideias, um espaço árido. Bob Cuspe, junto de outros personagens clássicos do cartunista, foram esquecidos e estão em direção ao Vale da Morte. O que acompanhamos nesta animação recheada de habilidade e cuidado são esses personagens (incluindo Bob Cuspe, é claro) tentando dar um jeito de entrar em contato com Angeli para, enfim, conseguirem se salvar. Com ares de ‘Anomalisa’, há sacadas visuais e narrativas bem engenhosas por parte de Cabral. Ele, munido de personagens eternizados em publicações como a Chiclete com Banana, vai acrescentando camadas cada vez mais profundas não só na mente de Angeli — tratado aqui como personagem e fio condutor — como também na dos personagens, complexos e vívidos. A sensação é de que temos, em ‘Bob Cuspe’, uma espécie de amostra da cultura underground (e popular?) brasileira. [-]
‘O Menino e o Mundo’, ‘Uma História de Amor e Fúria’, ‘Tito e os Pássaros’, ‘Lino’ e, agora, ‘Bob Cu... [+]
Dirigido pelo músico britânico Jaymes Samuel (irmão do cantor Seal) e produzido pelo também músico Jay-Z, ‘Vingança & Castigo’ é exatamente isso que o título sugere: um filme sobre vingança, violência e reparação. Na história, acompanhamos um homem (Jonathan Majors, da série ‘Loki’) em busca de vingança pelo brutal assassinato de sua família quando era bem pequeno. Com uma estética apurada e mergulhando em uma história de “faroeste negro”, como chamam alguns críticos especializados, há ares de Quentin Tarantino nessa trama facilmente comparável com ‘Django Livre’ e afins. Destaque, para além de Idris Elba como o vilão e Majors como esse homem com sede irreparável de vingança, para a sempre certeira Regina King (vencedora do Oscar por ‘Se a Rua Beale Falasse’), como uma capanga implacável, e para Delroy Lindo -- talvez a figura mais marcante do longa-metragem. [-]
Dirigido pelo músico britânico Jaymes Samuel (irmão do cantor Seal) e produzido pelo também músico J... [+]
'A Chorona’ dá uma cara diferente para o folclore latino-americano, já que a produção traz um conto de terror com um contexto histórico - que consegue ser mais assustador que qualquer lenda. O longa-metragem faz uma denúncia sobre o genocídio e abuso sexual indígena que aconteceu no país na década de 1980. E não só isso, o diretor Jayro Bustamante ainda traz uma abordagem muito boa ao tratar de abuso sexual e psicológico retratando a história de uma família que passa a conhecer o pior lado do pai depois de um julgamento.No filme, companhamos o ex-general Enrico (Julio Diaz) ser acusado de ter sido o mandante de parte dos massacres ocorridos durante a guerra-civil guatemalense. O foco aqui é como sua esposa, filha e neta passam a lidar com isso, usando o sobrenatural como pano de fundo. A produção traz um outro tipo de horror, que mistura lendas latinas, fatos históricos com uma cinematografia belíssima. ‘A Chorona’ é um ótimo exemplo de como o cinema latino americano é rico, tanto de conteúdo quanto de execução. [-]
'A Chorona’ dá uma cara diferente para o folclore latino-americano, já que a produção traz um conto... [+]
Produção assinada por Peru, Chile, Espanha, Argentina e Estados Unidos, ‘O Fio Invisível’ começa de maneira inesperada: uma mulher está doente, longe de casa, sem perspectiva. Enquanto isso, um jovem garoto senta ao seu lado. Quem é esse menino? Ela não é sua mãe, ele não é seu filho. A partir daí, a diretora e roteirista Claudia Llosa (‘A Teta Assustada’) mergulha numa trama que mistura destinos, desejos e medos desses dois personagens curiosos e igualmente misteriosos. Com toques experimentais, é para um público que gosta de histórias que também brincam com o visual e as sensações do espectador. [-]
Produção assinada por Peru, Chile, Espanha, Argentina e Estados Unidos, ‘O Fio Invisível’ começa de... [+]
O cinema de gênero espanhol ganhou força na segunda metade dos anos 2010 e início dos anos 2020, principalmente com produções de suspense que brincam com a noção de narrativa e tempo do espectador. E um dos principais rostos desse movimento é Mario Casas. De ‘Remédio Amargo’, o ator pode mostrar seu talento dramático ainda mais no filme ‘No Matarás’, de ‘La Culpa’ e ‘Zero’. Aqui, Casas é um um homem de boa índole que, de modo inesperado, precisa colocar seus instintos em jogo para esconder os vestígios de um crime cometido em legítima defesa. Com uma boa narrativa, uma reviravolta que deve prender o público e atuação de ponta de Casas, o filme serve não apenas como diversão, mas também como exemplo de como é possível encontrar espaço no cinema de gênero em outros países, exercitando a criatividade. Vencedor do Goya de Melhor Ator por Casas. [-]
O cinema de gênero espanhol ganhou força na segunda metade dos anos 2010 e início dos anos 2020, pri... [+]
'Meu Nome É Pauli Murray' é um documentário que conta a história de Pauli Murray, uma advogada ativista não binária que formulou ideias que influenciaram na luta de equidade de gênero e em relação aos direitos civis. Além de advogar, Murray escrevia e ministrava ensinamentos cristãos. O filme é assinado por Julie Cohen e Betsy West, diretoras do documentário 'A Juíza', que conta a história de vida de Ruth Bader Ginsburg, figura importante da história americana e amplamente influenciada por Pauli Murray. A primeira pergunta das cineastas quando se depararam com o projeto, foi: "Por que não conhecíamos essa pessoa?". Logo, fizeram tudo o mais rápido possível para contar a história de Murray. Por claros motivos, Pauli foi esquecida na história e o filme é importante para ressaltar os feitos importantíssimos da ativista para o mundo. Além disso, seus trabalhos são estudados até hoje e são temas importantes e extremamente atuais para lidarmos, mesmo tantos anos depois de sua morte, em 1985. [-]
'Meu Nome É Pauli Murray' é um documentário que conta a história de Pauli Murray, uma advogada ativi... [+]
Um romance sobre uma pandemia, em que os afetados pela doença perdem a memória. Neste contexto, acompanhamos Emma (Olivia Cooke) e Jude (Jack O’Connell), recém casados que estão lutando para não esquecerem quem são. ‘Memórias de um Amor’ é uma produção delicada com uma história diferente. Se você gosta de filmes como ‘Diário de uma Paixão’ vai se encantar também por este romance. É importante também avisar que é uma narrativa bem triste, não é recomendado para ver em um dia melancólico. [-]
Um romance sobre uma pandemia, em que os afetados pela doença perdem a memória. Neste contexto, acom... [+]
A realizadora brasileira Iuli Gerbase estreia na direção e roteiro de uma longa-metragem com ‘A Nuvem Rosa’, que já impressiona nos primeiros minutos. A produção foi escrita em 2017 e filmada em 2019, mas ainda assim foi certeira na premonição do que o mundo enfrentaria a partir de 2020, com a pandemia de coronavírus. O filme mostra uma sociedade - em um futuro distópico - enclausurada em suas casas por anos, devido a uma nuvem tóxica que assola o mundo e mata quem entra em contato com ela, pelo ar. Para que a raça humana sobreviva, é preciso ficar em casa. Achou o tema familiar? Então se prepare para ficar agonizando enquanto a diretora mostra todas as transformações que as pessoas teriam que enfrentar neste contexto. ‘A Nuvem Rosa’ consegue mostrar parte das nuances de como a vida em isolamento é difícil - para quem está sozinho e acompanhado. Não é um filme fácil, especialmente quando paramos para pensar em todas as mudanças que o mundo tem enfrentado com a covid-19. E, ainda assim, é uma história interessante e bem pensada, principalmente quando analisamos que Iuli Gerbase pensou em tudo isso antes mesmo de precisar vivenciar como seria a vida isolada em casa, em plena era digital. [-]
A realizadora brasileira Iuli Gerbase estreia na direção e roteiro de uma longa-metragem com ‘A Nuve... [+]
Escrito por e estrelado por Wu Ke-Xi, esta é uma obra surrealista que talvez ficasse ainda mais interessante se a taiwanesa tivesse assumido também a direção. No entanto, o cineasta Midi Z encarou muito bem sua função, de uma forma muito artística, mas fica a ressalva que um olhar feminino seria muito bem-vindo. A história acompanha uma atriz em ascensão que consegue um papel em um filme que pode moldar sua carreira. Entretanto, o trabalho exige demais dela, principalmente devido às cenas de nudez. ‘Nina Wu’ é um retrato dos bastidores da indústria cinematográfica - especificamente se tratando de relação entre atrizes e diretores. A protagonista é uma figura cativante e identificável, que te aproxima das artistas e de como deve ser difícil enfrentar tudo o que elas estão sujeitas no trabalho. [-]
Escrito por e estrelado por Wu Ke-Xi, esta é uma obra surrealista que talvez ficasse ainda mais inte... [+]
Produção nacional sobre tráfico e exploração de pessoas, ‘7 Prisioneiros’ traz uma história extremamente dura e difícil de assistir. Na trama, um jovem (Christian Malheiros) chega do interior com um grupo de amigos para trabalhar um ferro velho de São Paulo comandado por Luca (Rodrigo Santoro). Eles achavam que iam conseguir uma boa oportunidade para melhorarem suas vidas, mas acabam se tornando vítimas de um sistema de trabalho análogo à escravidão. Com direção de Alexandre Moratto (‘Sócrates’), funciona como um filme denúncia de algo que sabemos que acontece em diversos lugares do mundo e que causa uma sensação de desconforto absurda. ‘7 Prisioneiros’ é a prova de como o cinema brasileiro cresceu na última década - e que é também uma ferramenta de alerta para as atrocidades que acontecem no nosso país e no mundo. [-]
Produção nacional sobre tráfico e exploração de pessoas, ‘7 Prisioneiros’ traz uma história extremam... [+]
Este filme é uma ode ao cineasta Eric Rohmer, já que o diretor Guillaume Brac claramente foi influenciado pelo clima de verão de ‘Pauline na Praia’, ‘O Joelho de Claire’, ‘Conto de Verão’ e outros de Rohmer. ‘All Hands on Deck’ faz uma bonita homenagem ao realizador francês referência na nouvelle vague. Brac traz um filme leve, divertido e que facilmente poderia ter visto lançado nos anos 1990. Essa é uma daquelas produções que te entristece quando começam a subir os créditos.
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Este filme é uma ode ao cineasta Eric Rohmer, já que o diretor Guillaume Brac claramente foi influen... [+]
Que boa surpresa é ‘As Leis da Fronteira’, longa-metragem exclusivo da Netflix. Dirigido por Daniel Monzón (de ‘Cela 211’), que também assina o roteiro ao lado de Jorge Guerricaechevarría, o filme se concentra na história de Nacho (Marcos Ruiz), um garoto que não se encaixa e não consegue encontrar paz. Afinal, de um lado, ele sofre bullying constante de um grupo de garotos. De outro, está essa tentativa dele de se compreender, de se entender, de se libertar. É um sentimento complicado e que o personagem, carregado pela boa atuação de Ruiz e pelo bom roteiro, consegue passar verdade pela tela. Sentimos, nos vinte minutos iniciais, a dor latente de Nacho. A coisa muda de rumo, e o filme ganha uma força inesperada, quando Nacho faz amizade com dois estranhos que aparecem em sua vida -- Tere (Begoña Vargas) e Zarco (Chechu Salgado). O aparente casal parece estar ali para arrumar confusão. Nacho entra no meio da história. Quer saber o que tá rolando. E, com isso, passa a fazer parte do bando de Tere e Zarco. Começam com pequenos assaltos aqui e acolá. Até que a coisa não suporta mais apenas o dinheiro roubado de um lugar pequeno, de saidinha de banco. Se torna maior. Monzón apresenta uma boa performance. Tal qual ‘Roma’, de Cuarón, ‘As Leis da Fronteira’ é um filme banhado de memórias e nostalgias, sendo que nem todas elas são boas. Há muito sofrimento no desenrolar do longa da Netflix, que vai surgindo a partir do momento que Nacho se encontra até demais nesse grupo. A paixão que desperta por Tere, comprometida com Zarco, é o tempero a mais que o filme precisava. A atuação sedutora e ainda assim ingênua de Begoña Vargas é um dos motores do filme. Com seu olhar apaixonante, mas um tanto quanto perdido, Tere faz não só Nacho ficar à deriva, como também o espectador, ficando preso na tela por duas horas. [-]
Que boa surpresa é ‘As Leis da Fronteira’, longa-metragem exclusivo da Netflix. Dirigido por Daniel... [+]
Todd Haynes (‘Carol’, ‘Mal do Século’), aclamado diretor e um dos mais ousados atualmente na extensão de sua filmografia, escolhe filmar seu primeiro filme não ficcional, ‘The Velvet Underground’, um documentário sobre sua banda favorita. Ao conhecer um pouco mais de Todd Haynes ou de Velvet Underground, é perfeitamente compreensível o apreço do diretor, e a escolha dessa parceria ao mesmo tempo que é excêntrica, se encaixa como uma luva. Essa combinação irreverente nos leva a uma jornada à cena musical de Nova York dos anos 60, além de toda a história da banda conceito, Velvet Underground em uma narrativa altamente sensorial. Não é necessário conhecer a banda para apreciar o documentário, este entrega o contexto minuciosamente trabalhado. É um documentário para amantes do cinema e o que ele pode oferecer em seu potencial, feito com amor e conhecimento, da única maneira que poderia captar toda a essência de seu objeto principal. [-]
Todd Haynes (‘Carol’, ‘Mal do Século’), aclamado diretor e um dos mais ousados atualmente na extensã... [+]
Premiado no Festival de Veneza e exibido no Festival de Toronto, 'Pieces of a Woman' foi uma daquelas raras unanimidades sobre sua qualidade nesse circuito de festivais. E não é pra menos. Afinal, este longa-metragem estrelado por Vanessa Kirby ('The Crown') e com uma grande atuação de suporte de Ellen Burstyn ('Réquiem por um Sonho') acerta em cheio ao falar sobre uma mulher que perde seu bebê e precisa lidar com o luto inesperado. Casamento vai mal, relação com a família se deteriora, ela não consegue sorrir. São diversas as variáveis colocadas com delicadeza na tela pelo diretor húngaro Kornél Mundruczó ('Deus Branco'), que tem sorte de contar com uma roteirista mulher (Kata Wéber) ao seu lado para a construção desse drama feminino e particular. Uma mistura de 'Manchester à Beira-Mar' com 'História de um Casamento', que deve fazer lágrimas rolarem sempre que os créditos chegam ao final. Para ver, sentir e se emocionar. [-]
Premiado no Festival de Veneza e exibido no Festival de Toronto, 'Pieces of a Woman' foi uma daquela... [+]
O segundo longa-metragem do roteirista/diretor Sean Durkin pode ser descrito como um thriller psicológico conjugal. 'O Refúgio' é um filme cujo enredo é baseado na obsessão pelo status social e econômico, com todas as mentiras que vêm em manter as aparências, e os danos que isso produz nas relações conjugais e familiares, a crueldade que quase parece o outro lado inevitável de uma fachada familiar perfeita. O trabalho de produção e design da câmera é impecável, complementado com perfeição por tremendas performances dramáticas de Jude Law (‘O Grande Hotel Budapeste’) e Carrie Coon (‘The Leftovers’). [-]
O segundo longa-metragem do roteirista/diretor Sean Durkin pode ser descrito como um thriller psicol... [+]
Documentário bem sensível sobre a carreira do ator Val Kilmer, que estourou nos anos 1980 e, nos anos 2020, começou a se recuperar de um câncer, que o deixou com sequelas pelo resto da vida. ‘Val’ traz um compilado de filmagens que o artista gravou ao longo de quatro décadas, contando toda sua trajetória até os dias de hoje. Como grande parte das produções biográficas, é daquelas histórias que nos emocionam e conseguem encher de camadas celebridades, que acabam se mostrando completamente diferentes do que a mídia pinta e borda sobre elas. ‘Val’ é um ótimo filme para entender mais sobre a personalidade de Val Kilmer e também de suas lutas, afinal, ser famoso não é a solução para nenhum problema, muito pelo contrário, é a promoção de novas adversidades. [-]
Documentário bem sensível sobre a carreira do ator Val Kilmer, que estourou nos anos 1980 e, nos ano... [+]
Filme absolutamente hilário. Tudo muito real, todo o desespero da família querendo saber dos namoradinhos, da faculdade e coisas do tipo. Enquanto isso, a jovem protagonista (muito bem interpretada pela iniciante Rachel Sennott) precisa dar tudo de si para lidar com a presença de seu "sugar daddy" no mesmo ambiente que toda sua família. A trilha sonora com pegada de filme de terror também é uma ótima sacada. Difícil não se divertir. Pena que, mesmo tendo menos de 80 minutos, o filme acabe se repetindo e cansando um pouco. Mas tudo bem. As boas risadas valeram a pena. [-]
Filme absolutamente hilário. Tudo muito real, todo o desespero da família querendo saber dos namorad... [+]
Este documentário relata os mortíferos incêndios florestais australianos que marcaram o país entre 2019 e 2020 - período que inclusive recebeu o mórbido nome de “verão negro”. O filme é uma exploração do que aconteceu sob várias perspectivas diferentes, das vítimas dos incêndios, ativistas e cientistas. Além disso, o documentário toca na estrutura política do que aconteceu, criando também uma discussão sobre mudança do clima e demais problemas ambientais. Ao retratar uma grande tragédia, a produção consegue arrepiar com a dureza da realidade. Alguns dados do “verão negro” são aterrorizantes: as queimadas mataram e/ou machucaram mais de 3 bilhões de animais, além de destruírem 3 mil casas. A porcentagem de florestas que foram queimadas é de 21% do total da Austrália. Uma reflexão soturna sobre o poder destrutivo do fogo e do impacto humano na natureza. [-]
Este documentário relata os mortíferos incêndios florestais australianos que marcaram o país entre 2... [+]
A estreia de Dea Kulumbegashvili na direção de longa-metragens é no mínimo curiosa. A cineasta, natural da Geórgia, apostou alto e entregou uma produção que definitivamente não serve para qualquer público. De uma beleza bucólica e cenas poéticas, com planos fixos e longos, ‘Beginning’ é um experimento cinematográfico, que mistura edição de som, excelente direção de fotografia e um roteiro intrigante, que tem o dedo de Kulumbegashvili e do roteirista Rati Oneli. A produção fisga o espectador com a narrativa e montagem, que por mais que seja lenta, é inovadora. [-]
A estreia de Dea Kulumbegashvili na direção de longa-metragens é no mínimo curiosa. A cineasta, natu... [+]
Estrelado por Benicio del Toro e Don Cheadle, 'Nem um Passo em Falso', o novo filme de Steven Soderbergh (diretor de 'Contágio' e 'Erin Brokovich') fala sobre um grupo de criminosos que são contratados para roubar um documento, porém o plano acaba dando terrivelmente errado. Não é absurdo dizer que Soderbergh é um dos diretores mais prolíficos e ousados trabalhando atualmente. Mesmo não acertando sempre, ainda merece crédito por se arriscar em várias propostas diferentes, experimentando novas maneiras de fazer filmes. Sua nova aposta é em um estiloso thriller policial de tirar o fôlego, com um enredo envolvente e um elenco estelar garantido para cativar o público. Este é também o segundo filme do diretor para o HBO Max. [-]
Estrelado por Benicio del Toro e Don Cheadle, 'Nem um Passo em Falso', o novo filme de Steven Soderb... [+]
Assim como Valerie Taylor, o documentarista, cineasta, oceanógrafo e inventor Jacques-Yves Cousteau se tornou uma das referências quando o assunto era oceano. Afinal, ele foi um dos pioneiros na arte de registrar a vida marinha, fazendo com suas filmagens e documentários viajassem o mundo inteiro inspirando crianças, adolescentes e até mesmo adultos sobre as maravilhas dos sete mares. 'Becoming Cousteau', documentário produzido pela National Geographic e com direção de Liz Garbus ('Até o Fim: A Luta Pela Democracia'), busca justamente resgatar essa figura. Para isso, faz um passeio -- até um pouco burocrático demais -- pela vida de Cousteau, mostrando como começou sua jornada no fundo do oceano até se tornar mundialmente reconhecido. Os principais destaques do filme acabam sendo, assim, não necessariamente a biografia do francês, mas aspectos laterais. Primeiramente, as imagens recuperadas e restauradas do fundo do mar, de tirar o fôlego. E, por fim, a mensagem ambientalista que Cousteau sempre propagou e que se torna cada vez mais urgente no século XXI. Uma cinebiografia, sim, mas também um filme-denúncia sobre a importância de pensarmos nas lições desse oceanógrafo de toca vermelha sobre sustentabilidade. [-]
Assim como Valerie Taylor, o documentarista, cineasta, oceanógrafo e inventor Jacques-Yves Cousteau... [+]
São vários os filmes que falam sobre os problemas da hiperconexão. Começa desde a questão seminal em ‘A Rede Social’, passando por documentários provocativos como ‘O Dilema das Redes’ e ‘The Great Hack’ e até produções que avançam para o suspense ou alguma história "de gênero", como ‘Ingrid vai para o Oeste’. Mas uma das boas surpresas sobre esse tema é ‘Sweat’, ou ‘Suor’. Dirigido e escrito por Magnus von Horn, o filme acompanha a história de Sylwia (Magdalena Kolesnik), uma jovem polonesa que é sucesso nas redes sociais. Ela tem quase 600 mil seguidores e se tornou referência na Polônia quando se fala em cuidados, saúde, exercícios físicos e bem-estar. No entanto, na intimidade, as coisas não vão tão bem. Ela não tem namorados, não tem grandes amigos e tudo ao seu redor parece falso, frágil e pouco profundo. Assim, seguindo por um caminho mais ‘Ingrid vai para o Oeste’ e ‘Ferrugem’ do que ‘O Dilema das Redes’, o filme de von Horn não se preocupa tanto em falar sobre o meio e sobre as redes sociais. A preocupação de ‘Sweat’ está mais focado em observar e permitir que o espectador mergulha na vida daqueles que perecem ter um cotidiano perfeito, sem falhas. Será que isso existe de verdade? Será que há vida real, como dor e depressão, por trás dos filtros do Instagram? [-]
São vários os filmes que falam sobre os problemas da hiperconexão. Começa desde a questão seminal em... [+]
'Viagem ao Topo da Terra' é uma animação de aventura madura e centrada, baseada no mangá do renomado artista Jiro Taniguchi - e inédito no Brasil. O filme segue a história de um jovem fotojornalista japonês que encontra uma câmera e resolve embarcar numa jornada que pode mudar a história do montanhismo. Isso o leva ao misterioso Habu, um alpinista que supostamente estava desaparecido há anos. A partir daí, o fotojornalista entra em um mundo de obsessivos montanhistas famintos por conquistas impossíveis, e vai passo a passo, ao caminho que o leva ao cume dos deuses. A produção é francesa e o estilo visual do filme é deslumbrante, apontando claras influências ao mangá e animações japonesas, mas com um traço muito mais característico entre animações europeias (remetendo a 'Perdi Meu Corpo' ou 'A Tartaruga Vermelha'). Dessa forma, o filme mistura animações em 2D e 3D transmitindo imagens incríveis e empolgantes. Não por menos, a obra fez parte da seleção do Festival de Cannes de 2021. [-]
'Viagem ao Topo da Terra' é uma animação de aventura madura e centrada, baseada no mangá do renomado... [+]