20 filmes para assistir antes de virar zumbi

Lançado em 2002, ‘Resident Evil: O Hóspede Maldito’ deu ínicio ao digno apocalipse zumbi no universo cinematográfico. O gênero andava adormecido e voltou com tudo com a adaptação dos games da Capcom, que seguiu a mesma linha e se tornou uma franquia com seis filmes, todos estrelados por Milla Jovovich. . O longa é um filme de terror com ótimas sequências de ação, talvez um dos melhores trabalhos do diretor Paul W. S. Anderson.Na trama, Alice (Jovovich) tem a missão de destruir um laboratório genético operado pela poderosa corporação Umbrella, onde um vírus foi disseminado, que transforma todas as suas vítimas em zumbis. Com a ajuda de um time, ela tem apenas três horas para evitar que o vírus se espalhe pelo mundo

Grande clássico do cineasta George A. Romero, feito de forma totalmente independente e com baixo orçamento, o filme é considerado um grande marco no cinema de gênero, por revitalizar o terror e subverter suas concepções, abrindo uma gama de possibilidades para o gênero, e o utilizando magistralmente como veículo para tratar de questões sociais latentes da época, além de ser responsável por popularizar os zumbis, fazendo com que caíssem nas graças do grande público. O filme reúne uma boa edição, efeitos especiais práticos realistas para a época e uma crítica social contundente ao racismo.

Quando ‘[REC]’ estreou, o recurso “found footage” já era amplamente conhecido, mas o filme é uma demonstração de que, nas mãos certas, o recurso pode ser usado para uma experiência de horror gloriosa e imersiva que será difícil de esquecer. Dirigida por Paco Plaza e Jaume Balagueró, esta produção espanhola é um dos expoentes mais lembrados dos filmes de terror e zumbis até agora no século XXI.

‘Meu Namorado é um Zumbi’ é um filme que aposta em uma temática muito inusitada, por misturar dois elementos inesperados. Temos um filme de zumbi em primeiro plano, ocorreu um surto e agora poucos sobreviventes lutam por suas vidas, mas somos introduzidos a esse universo por outra ótica: nosso personagem principal, e narrador, é um zumbi, e assim conhecemos o lado dele da história e os eventos são vistos por sua perspectiva. Mas junto com isso, a outra diferença que o filme entrega é que na verdade não se trata de um filme de terror, e sim uma comédia romântica. Sim, ‘Meu Namorado é um Zumbi’ é uma comédia romântica com, bem…zumbis. O filme é simpático, leve, espirituoso e divertido. Trata temáticas adolescentes e cria uma história atrativa para o público jovem. Ótima escolha para quando se quer relaxar, misturando sequências de ação com zumbis, e momentos fofos e divertidos entre os protagonistas.

Premiado no Festival Internacional de Cinema de Toronto como melhor filme canadense. A temática zumbi continua a dar frutos, e ‘Famintos’ tem um toque de novidade em um subgênero que gradualmente se desgasta. Ao enfatizar a atmosfera, o diretor Robin Aubert consegue entregar suspense e terror ao longo de todo o longa, sem abusar de efeitos especiais. O filme transforma zumbis convencionais e os apresenta como criaturas perturbadoras de comportamento imprevisível. Este filme funciona sem dúvida para os amantes do gênero, mas também agrada os outros curiosos.

Os mesmos diretores 'Coraline e o Mundo Secreto’, Sam Fell e Chris Butler, são os responsáveis por essa também ótima animação em stop-motion. Com uma atmosfera tão sinistra quanto do longa anterior, ‘ParaNorman’ conta a história de um garoto obcecado por monstros e filmes de terror, que consegue se comunicar com fantasmas. Bem feito, com uma ótima trilha e uma trama divertida, o longa é mais um excelente trabalho do Estúdio Laika.

O que acontece quando misturamos filme de guerra com terror e zumbis? Não precisamos imaginar, basta assistir a ‘Operação Overlord’. A história do longa-metragem começa na Segunda Guerra Mundial, na véspera do Dia D, quando um grupo de paraquedistas vai para a França ocupada pelos Nazistas e se envolve experimentos bem estranhos. O resultado é algo que certamente diverte os fãs de filmes B – tudo isso assinado pela Bad Robot, de J.J. Abrams (‘Star Wars: O Despertar da Força’), que também é o produtor.

Misturando humor negro, zumbis e sangue, um road movie sobre autoconhecimento, um narrador que quebra a quarta parede e, mais importante de tudo, uma formação de elenco cirúrgica e que exala química composta por Jesse Eisemberg(‘a Rede Social’), Woody Harrelson (‘Assassinos por Natureza’), Emma Stone (‘La La Land’) e Abigail Breslin (‘Pequena Miss Sunshine’) ‘Zumbilândia’ trouxe uma cara nova ao gênero. O tom é divertido e empolgante, dinâmico e até contemplativo e emocionante nos momentos necessários. Uma comédia de humor negro com ótimas cenas de ação e toques de existencialismo e um time dos sonhos é a fórmula perfeita para o sucesso, e assim se tornou um marco na cultura pop em geral, principalmente para as novas gerações.

‘Todo Mundo Quase Morto’ é o segundo filme de Edgar Wright (diretor de ‘Scott Pilgrim Contra o Mundo’) e um marco significativo em sua carreira. É seu primeiro filme a se popularizar entre um grande público, o primeiro filme da famosa e sensacional trilogia Cornetto, e a primeira parceria entre ele, Simon Pegg e Nick Frost, com quem repetiu a parceria algumas vezes posteriormente. O filme se popularizou e conseguiu um lugar no imaginário da cultura geek por sua temática e desenvoltura com o gênero, se tornando um clássico atual dos filmes de zumbi. Não é pra menos, ‘Todo Mundo Quase Morto’ brinca muito bem mesclando a comédia e o terror, tem sacadas visuais geniais e uma edição dinâmica e inteligente. Edgar Wright é um comediante visual, e esse filme foi laboratório para suas experiências.

O cinema de zumbis está em transformação. De um lado, alguns diretores trazem significados cada vez mais poderosos para a figura do morto-vivo, como ‘Zombi Child’, de Bertrand Bonello; ou ‘A Noite Devorou o Mundo’, de Dominique Rocher. Outros, enquanto isso, apostam na piada ou na ação desenfreada, como ‘Zumbilândia’ e ‘Guerra Mundial Z’. O novo ‘Os Mortos Não Morrem’, filme indicado à Palma de Ouro de Cannes e dirigido pelo diretor indie Jim Jarmusch (‘Paterson’), fica no meio do caminho. Afinal, enquanto faz piadas absurdas com seu elenco de estrelas (Bill Murray, Adam Driver, Steve Buscemi), ele também brinca com os males modernos e as dependências tecnológicas. Ficou dividido entre os críticos, recebendo uma sonora vaia na exibição de Cannes. Mas quem embarcar na proposta, pode encontrar um filme de zumbis que sai completamente dos padrões.

Filmes de paródia são divertidos, principalmente quando conseguem entender seu material original para extrair elementos realmente interessantes, mesclando-os com boas doses de humor nonsense. ‘Orgulho e Preconceito e Zumbis’ faz isso, e é muito divertido enxergar o mundo de Jane Austen tomado por esse universo sobrenatural, e como esses universos em colisão se comportam juntos. O filme infelizmente comete dois grandes pecados: o primeiro é não confiar tanto nos zumbis, faltam zumbis e ação no filme para o que ele promete, e ter mais disso não prejudicaria seu conteúdo de forma alguma. O segundo pecado é um erro no casting, a escolha do Mr. Darcy- um personagem icônico, com algumas interpretações memoráveis em sua conta merecia justiça, e um ator notório e mais carismático para sustentar seu legado-. No geral é um filme divertido, e uma boa escolha para assistir com amigos.

Este é o toque francês para um famoso subgênero de terror: o de filmes de zumbis – e que consegue ser bem-sucedido ao propor novas nuances para a temática, incluindo na criação de uma atmosfera assustadora sem, necessariamente, recorrer a artimanhas já batidas. O destaque aqui não está nos monstros que aterrorizam o mundo, mas sim na solidão do protagonista. Como nos ensinou o mestre George A. Romero lá nos anos 1960, os zumbis podem servir como uma grande metáfora para vários assuntos.

Em seu primeiro longa-metragem como diretor, Zack Snyder fez um remake de um clássico do cinema de terror: ‘Madrugada dos Mortos', de George A. Romero, considerado o "pai" do subgênero dos zumbis. Embora o original seja considerado uma sátira engenhosa da sociedade de consumo e obsessão por shopping centers, esta nova versão - escrita pelo diretor de 'Guardiões da Galáxia', James Gunn - faz várias mudanças para ser mais espetacular e visualmente aterrorizante (os zumbis são rápidos e ferozes, ao contrário do original, por exemplo). Uma reinterpretação digna de um clássico do gênero.

‘Guerra Mundial Z’ é um filme repleto de tensão e sequências recheadas de ação para deixar o espectador na ponta da cadeira, e que garantem o envolvimento até para pessoas que não gostam do subgênero. O começo sofre com alguns entroncamentos no roteiro, mas a partir do momento que o personagem de Brad Pitt se separa de sua família para seguir a jornada em busca de uma cura, o filme deslancha e ganha um ritmo muito mais fluído. Brad Pitt conduz o filme com força e sensibilidade, em um papel em que se torna visível seu interesse em interpretar. O filme conta com uma gama de sequências memoráveis, e sua narrativa original traz uma cara nova ao gênero, renovando seus conceitos estabelecidos e abrindo margem para explorar, ainda que o filme sofra com alguns problemas em sua concepção e valores. Assim, ‘Guerra Mundial Z’ se estabelece como um novo clássico entre os filmes de zumbi, e um essencial para fãs que estejam buscando algo um pouco diferente do terror de zumbis habitual.