Eleito um dos 100 melhores filmes do século pela New York Times. Em filmes como Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love), de Wong Kar-wai, há uma melancolia palpável por um amor que não pôde acontecer, a sensação de estar preso em um passado de possibilidade onde esse desejo romântico esteve muito próximo de se concretizar. Com Vidas passadas (Past Lives), o extraordinário debut da diretora Celine Song, acontece algo similar. Trata-se da história de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), amigos e primeiros amores da infância, que se separam quando a família dela decide deixar a Coreia do Sul e começar uma nova vida na América. Muitos anos se passarão até que eles reconectem através da internet, e ainda mais tempo até que possam se ver novamente. É uma história agridoce sobre as possibilidades perdidas com o passar do tempo e as decisões que tomamos, que nos levam por diferentes caminhos e experiências que moldam tanto nossa identidade quanto às possibilidades do amor. Leia mais na nossa crítica completa de Vidas Passadas.
Premiada no Festival de Cannes 2024 (mas infamemente ignorada para o Oscar 2025), Tudo Que Imaginamos Como Luz (All We Imagine as Light) é o segundo longa-metragem da diretora indiana Payal Kapadia (A Night Of Knowing Nothing), um drama íntimo e discreto, mas humano e poderoso, sobre sentir o tempo, nossas conexões, o amor e a solidão. A trama segue duas mulheres malaias, enfermeiras e colegas de quarto em Bombaim. Prabha, a mais velha, é casada com um homem que não vê há muito tempo, pois ele mora na Alemanha. Ela é crítica da mulher mais jovem, Anu, que leva uma vida mais livre e mantém um romance secreto com um homem muçulmano, algo mal visto em sua cultura. É um filme de contrastes: formas de viver o amor entre a tradição e a liberdade, e também a vida urbana alienante contra uma vida de introspecção, conexão e presença. A Luz que Imaginamos é um drama discreto e íntimo, mas muito humano, sobre pessoas comuns, sobre como vivem o amor no cotidiano e até mesmo sobre como experimentamos nosso tempo e nossas conexões. Um dos melhores filmes de 2024 e um dos mais belos da década, algo que vai além dos prêmios que possa ou não ter recebido.
Uma história marcante e inspiradora, sobre o triunfo do espírito humano ante as injustiças da vida – e baseada na obra de Stephen King (‘It’). Com sete indicações ao Oscar, é, certamente, um dos filmes mais marcantes de Hollywood na primeira metade dos anos 1990. Destaque para as icônicas atuações de Morgan Freeman e Tim Robbins, além da ótima fotografia de Roger Deakins (‘Blade Runner 2049’).
Um dos melhores e mais impactantes filmes de Sergio Leone, pai do faroeste Spaghetti, ‘Era Uma Vez no Oeste’ é daquelas produções para sentir e mergulhar na proposta. Afinal, ao longo de 175 minutos, o cineasta brinca com os estereótipos e tipos mais comuns do western para criar um filme lírico, quase contemplativo, que se tornou parte da santíssima trindade dos faroestes -- ao lado de ‘Três Homens em Conflito’ e ‘Por Um Punhado de Dólares’. É preciso embarcar na proposta do longa, que cruza a história de quatro estranhos personagens (uma ex-prostituta, um bandido, um pistoleiro de aluguel e um homem misterioso) em um ambiente árido que exigirá tudo deles. Isso sem falar da trilha sonora marcante de Ennio Morricone (oscarizado por ‘Os Oito Odiados’), que soube mesclar todos os sentimentos que surgem a partir da história com o potente e marcante som da gaita.




