Novidades na Netflix em janeiro de 2021

‘Jumanji: Bem-Vindo à Selva’ chegou aos cinemas, em 2017, cerca de dúvidas. Afinal, era a continuação do querido longa-metragem protagonizado por Robin Williams e, para muitos, um filme irretocável. No entanto, a produção acabou sendo um acerto em cheio. O cineasta Jake Kasdan (‘Sex Tape’) afinou o humor da produção e com um elenco estrelar (Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart, Karen Gillan, dentre outros) chamou a atenção do público. E apesar da história ser um pouco esquecível, o humor fica grudado no espectador por um bom tempo. As excelentes piadas envolvendo The Rock, assim como o humor físico excelente de Jack Black e Kevin Hart dão a tônica da produção, que traz de volta o clima do filme dos anos 1990 e, ainda assim, revigora a história para novos públicos. Na mosca. [-]

Atuação incrível dos protagonistas Brie Larson e Jacob Tremblay, que formam a dupla de protagonistas de uma história de amor, companheirismo e proximidade. Um filme que consegue juntar tensão e medo com amor materno para criar uma história edificante sobre uma mãe (Larson) que precisa criar seu filho (Tremblay) em um cativeiro. Detalhe: este último nunca viu a luz do sol, nem a vida lá fora. Com uma direção afiada de Lenny Abrahamson (‘Frank’), ‘O Quarto de Jack’ acerta em cheio ao transitar entre estilos de filmagem e emoções, fazendo com que o espectador acompanhe a modulação de humores. Ainda que a segunda metade do filme seja consideravelmente inferior ao que é visto na primeira porção da história, há muito espaço aqui para emoção. Vale o mergulho na trama. [-]

Este é simplesmente um dos filmes de artes marciais mais influentes deste século e de todos os tempos. As sequências de combate hipnóticas em 'O Tigre e o Dragão' são como danças que cativam o público de maneira definitiva. Não foi à toa que o filme de Ang Lee recebeu amplo reconhecimento internacional, incluindo o Oscar, o BAFTA e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. Para assistir e viajar com o universo de artes marciais. [-]

Mais uma prova de que não é preciso de uma história muito elaborada para se fazer um bom filme. ‘A Escavação’ é uma produção visualmente bonita, com um roteiro simples e emocionante. O trabalho de direção de elenco de Simon Stone é um dos destaques, Carey Mulligan e Ralph Fiennes raramente decepcionam e esse é mais um longa que mostra o poder de atuação de ambos. Lily James, que tem se tornado uma figura carimbada nas produções com selo Netflix, não fica atrás e novamente se destaca. O desenvolvimento dos personagens é outro ponto forte de ‘A Escavação’, por ser uma história que vai muito além da proposta de “uma viúva abastada contrata um arqueólogo amador para escavar os túmulos de sua propriedade”. A densidade do roteiro abre diversas camadas, deixando o filme bastante cativante. Um drama poderoso que discute cultura, história e a necessidade do coletivo. [-]

Maisa Silva estreia seu primeiro longa-metragem em parceria com a Netflix Brasil. ‘Pai em Dobro’ é um retrato de uma história muito comum na sociedade brasileira: a ausência paterna - que é mostrada de uma forma menos tensa na produção. A atriz, que cresceu aos olhos do público, se tornou uma grande profissional e isso é nítido — ela se destaca no filme mesmo ao lado de atores mais experientes como Eduardo Moscovis e Laila Zaid. ‘Pai em Dobro’ tem roteiro de Thalita Rebouças, que teve grande parte de seus livros adaptados para o cinema. Dessa vez, ela criou uma história original para a tela e depois escreveu o romance, que foi lançado em 2020. [-]

Depois da explosão de métodos de organização, como o da japonesa Marie Kondo, parece que se tornou moda se valer de expressões como “menos é mais” ou, ainda, mostrar casas sem aquele aspecto de acumulação ou excessos. E é exatamente isso que prega o documentário ‘Minimalismo Já’ que, sem se prolongar muito, mostra como o minimalismo pode ser um aliado nas vidas apressadas do século XXI. Não traz nada de muito novo para os que já conhecem métodos como o de Marie Kondo, mas, ainda assim, pode ser um bom aditivo pra quem ainda quer colocar ordem em casa -- e, por consequência, em suas vidas. [-]

Um dos papéis mais interessantes da filmografia de Denzel Washington (‘Dia de Treinamento’), ‘O Livro de Eli’ é uma ficção científica ousada sobre um homem, em um mundo devastado, que quer proteger o livro que carrega. As cenas de ação são interessantes e a estética adotada pelos irmãos-diretores Albert e Allen Hughes (de ‘Alfa’) chama a atenção e se diferencia do restante das produções do gênero. A dicotomia criada pelos personagens de Washington e Gary Oldman (‘Mank’) também dão uma maior profundidade à produção. Agora, preste atenção: o grande momento do filme é uma reviravolta narrativa lá pro final, chocante e bem sacada. Tente passar imune pelos spoilers, mesmo tanto tempo depois do lançamento, que a experiência será ainda mais interessante. [-]

‘Abaixo de Zero’ perdeu a estreia nos cinemas devido a pandemia de coronavírus e a Netflix se encarregou de distribuir a produção mundo afora. O suspense policial vai direto ao ponto e cumpre bem sua proposta, com personagens imprevisíveis em um cenário claustrofóbico e impenetrável, elementos importantes para prender o espectador. Apesar do desdobramento superficial do protagonista, a trama não se torna desinteressante devido a boa construção do suspense. O desfecho da história é talvez um dos grandes momentos do filme. [-]

A série de livros ‘A Torre Negra’ é um dos projetos mais audaciosos do escritor Stephen King. Afinal, ao longo de oito livros, o autor versa sobre vários temas pertinentes em uma curiosa e provocativa embalagem que mistura fantasia, ficção científica e magia. É uma obra profunda e difícil de ser decifrada, cheia de metáforas e discussões que vão além das páginas dos livros. Por isso, não é surpreendente que esta adaptação para os cinemas, comandada por Nikolaj Arcel (do ótimo ‘O Amante da Rainha’), seja tão atrapalhada em vários pontos. Afinal, a jornada do Pistoleiro e do Homem de Preto não consegue abordar todos os temas centrais da obra literária em apenas 95 minutos, ficando saturada, confusa e um tanto quanto cansativa. No entanto, ainda assim, a produção pode ser um bom entretenimento se for dissociado da obra de Stephen King, além de contar com boas atuações de Idris Elba (‘Prometheus’) e Matthew McConaughey (‘Clube de Compras Dallas’). Não é perfeito, mas é uma deixa para se aprofundar em algo maior e melhor. [-]

Antes de cair em desgraça por causa de 'Esquadrão Suicida', o cineasta americano David Ayer surpreendeu com o bom filme de guerra 'Corações de Ferro'. Ao contrário do lugar-comum de falar sobre campos de combate ou salas de estratégia, o diretor colocou sua câmera dentro de um tanque. O motivo? Alguns soldados americanos ficam encurralados dentro do transporte de guerra enquanto inimigos da Segunda Guerra Mundial o atacam. Um filme forte, violento e claustrofóbico, com uma direção que em nada lembra o fiasco do filme de heróis. Destaque ainda para o bom elenco, recheado de estrelas, e capitaneado por Brad Pitt, Logan Lerman, Shia LaBeouf, Jon Bernthal e Michael Peña. [-]

Quem está familiarizado com os filmes da Disney certamente sabe que “ohana” quer dizer família em havaiano. A palavra ficou famosa depois do sucesso do desenho ‘Lilo & Stitch’ e é difícil esquecer seu significado. Em ‘Em Busca de ‘Ohana’, acompanhamos uma aventura e o pano de fundo disso é uma família disfuncional literalmente procurando pelo elo que os une. A produção fala também sobre preservar a identidade cultural e o significado disso através das gerações futuras. [-]

‘Kings’ é o segundo longa-metragem de Deniz Gamze Ergüven, diretor indicado ao Oscar por ‘Cinco Graças’, que agora é acompanhado por um elenco liderado pela premiada Halle Berry e o famoso Daniel Craig – o James Bond dos filmes atuais. O título do filme é inspirado em Martin Luther King e Rodney King, símbolos da luta contra o racismo. A história é precisa em seu contexto, mas exagera em alguns momentos de humor, às vezes beirando o absurdo. No entanto, é um filme autêntico do diretor e que trata a importante questão de segregação racial com força, sem nunca perder o objetivo dessa boa história. [-]

Filme vencedor de sete Oscars, com uma incrível fotografia da África, trilha sonora inesquecível por John Barry e atuações ainda mais memoráveis de Robert Redford e Meryl Streep. A história de uma filantropa que viaja para o coração da África em 1914, com objetivo de ajudar a população do Quênia, é um tanto batida e tratada com certo preconceito — fruto de uma visão colonizadora da época em que foi filmado, nos anos 1980. No entanto, a beleza e a delicadeza do romance que se instala entre os personagens de Streep e Redford ajudam a fazer com que o filme se destaque frente a outras bobagens do tipo. Destaque para a direção firme de Sydney Pollack, firme em suas convicções. [-]

Com um roteiro cheio de idas e vindas, o filme aposta em viagens no tempo e um futuro apocalíptico para fazer também uma crítica social. Destaque para o trio de protagonistas – Bruce Willis, Madeleine Stowe e Brad Pitt -, que conseguem entregar uma atuação impecável, que inclusive rendeu a Pitt a indicação ao Oscar e uma estatueta do Globo de Ouro. Um filme denso e para assistir com atenção, mas que recompensa o espectador. [-]

Delicado e provocativo drama argentino, ‘Um Crime em Comum’ é daquelas produções que escondem sua essência nos silêncios. Aqui, especificamente, conhecemos a história de uma mulher que, numa noite, acorda com barulhos na porta de casa. É o filho da empregada pedindo socorro. Mas ela, assustada, decide não dar abrigo. No dia seguinte, ele aparece morto em um rio. A partir daí, vamos entrando nesse drama familiar e, acima de tudo, socioeconômico. Afinal, mais do que falar sobre culpa, o cineasta Francisco Márquez (‘Después de Sarmiento’) escancara as diferenças entre classes e, principalmente, como as divisões são acirradas e cada vez mais marcadas entre as pessoas — lembrando também algumas boas produções brasileiras recentes, como ‘Três Verões’, ‘Que Horas Ela Volta?’ e até mesmo ‘M8: Quando a Morte Socorre a Vida’. Não é um filme que vai agradar a todos, muito por conta da trama lenta e silenciosa. Mas quem souber e gostar de embarcar nas reflexões que o longa traz, vai se emocionar e encontrar algumas boas provocações. [-]

Adaptação de um conto do excelente livro ‘História de Sua Vida’, de Ted Chiang, a ficção científica ‘A Chegada’ é daquelas produções invertem a perspectiva sobre invasão alienígena. Ainda que a premissa pareça batida, com grandes naves espaciais chegando na terra, a forma como o cineasta Dennis Villeneuve aborda e dá continuidade à trama é totalmente diferenciada. Afinal, mais do que olhar para o espaço, ‘A Chegada’ faz com que os personagens -- e nós, como espectadores -- direcionem o olhar para o espaço que existe dentro de nós mesmos. Com isso em mãos, Villeneuve versa sobre tempo, morte, vida e ciclos de uma maneira poética e que poucos filmes conseguiram fazer a partir de tramas sobre alienígenas e outras criaturas extraterrestres. Destaque, ainda, para a atuação soberba de Amy Adams (‘Trapaça’). Um filme que merece ser visto e revisto sempre. [-]

Este curta-metragem conta a história de duas mulheres: Vincenza “Nancy” Kulik, uma avó ítalo-americana de 82 anos que mora em Nova Jersey, e Sophia Loren, que também é uma avó, e ícone do cinema italiano de 86 anos. O filme traça paralelos entre a trajetória das duas. Kulik se lembra de ter encontrado conforto em Loren após a morte de seu filho, Dominic, usando a força dela em seus papéis no cinema, bem como sua capacidade de seguir em frente após a morte de seu marido, o produtor de cinema Carlo Ponti, em 2007. Essa é uma produção diferente e que consegue mostrar que estrelas de semana são acima de tudo humanas. [-]

De onde veio o crack? Qual a influência dessa droga na cultura mundial e, especificamente, na sociedade americana? São essas e outras perguntas que o documentário ‘Crack: Cocaína, Corrupção e Conspiração’ busca responder na tela da Netflix. Dirigido por Stanley Nelson (do elogiado ‘Os Panteras Negras: Vanguarda da Revolução’), o longa-metragem busca fazer um retrospecto histórico sobre a chegada, a popularização e os desdobramentos do uso de drogas — com especial atenção ao crack e cocaína — na população negra norte-americana. É um documento histórico, bem embasado, e de importante discussão, aprofundando a ferida aberta no coração dos Estados Unidos. Uma pena, porém, que o diretor não vá além do formato entrevistas-arquivo-entrevistas. Fica cansativo e a informação se perde. Mas, ainda assim, vale pela importância da discussão. [-]

Filmes sobre guerra geralmente são polêmicos, ainda mais quando são norte-americanos. O nacionalismo é sempre o grande destaque e os inimigos geralmente são países explorados e subdesenvolvidos, que muitas vezes se tornam vítimas de um conflito causado por outras nações. Em ‘Zona de Combate’ vemos uma abordagem um pouco diferente disso. Claro que não deixa de ser tendenciosa, mas pelo menos tenta fugir um pouco dos clichês típicos desse tipo de produção. Anthony Mackie e Damson Idris estrelam esse filme de ação e ficção científica que tenta destrinchar o quão complexo são esses conflitos e que a guerra nunca deveria ser uma solução viável. [-]

‘June & Kopi’ é uma comédia indonésia sobre relações humanas. Com uma história leve e bonitinha sobre a importância dos animais em nossas vidas - e como eles geralmente são melhores que certas pessoas. Esse é um filme que não mede esforços no quesito fofura, então é ideal para assistir com a família e depois de um dia complicado em que só cachorros fofinhos podem ajudar. [-]

Um filme que parte de uma premissa comum na sétima arte - a clássica história de um motorista caladão tentando escapar das garras do crime - e constrói um estilo visual e narrativo únicos, próprios ao virtuoso diretor Edgar Wright. Cada quadro guarda diversos elementos que enriquecem a história, e a sincronia entre edição de cenas e uma diversificada e empolgante trilha sonora imprimem um ritmo ímpar, fazendo com que o filme 'deslize' para dentro de sua mente e coração. E tudo ainda com atuações memoráveis. [-]

Dirigido por Brett Ratner ('Dragão Vermelho' e 'A Hora do Rush'), 'Roubo nas Alturas' pode parecer uma simples comédia boba na superfície, mas tem as conotações sociais da crise econômica de 2008 na América. Ela não se leva muito a sério, porém, e as risadas estão garantidas graças a um grande elenco cômico, que inclui Ben Stiller, Matthew Broderick, Michael Peña e Casey Affleck (sim, o mesmo de 'Manchester à Beira-Mar'). Menção especial para Eddie Murphy, que tem seu melhor papel cômico em décadas. Vale o riso. [-]

O que é ser brasileira? Ainda mais no Brasil, onde somos todos uma grande mistura de culturas de outros países, fica até difícil traçar o que é essa nacionalidade. ‘Guerra do Algodão’ segue exatamente nesse sentido. É um filme sobre descoberta feminina, com esse teor de quem somos. O papel feminino é extremamente bem colocado e de uma forma muito bonita, sem que seja necessário usar de clichês sobre o quão fortes essas personagens precisam ser, mulheres já automaticamente carregam uma força sem precisar de muito esforço. Os diretores, Marilia Hughes e Cláudio Marques, exploraram a brasilidade de uma forma que a gente consiga entender o que tem de tão rica em nossa cultura, mesmo que muitas vezes seja complicado traçar o que é de fato do Brasil e o que foi importado. [-]

Filme que serviu de inspiração para a série ‘La Casa de Papel’, ‘O Plano Perfeito’ mostra Spike Lee saindo de sua zona de conforto. Afinal, até então, ele estava acostumado a contar histórias mais intimistas, mais localizadas e com bandeiras raciais mais claras. Aqui, porém, ele inverte isso e parte para a direção de um thriller tradicional. Na trama, um assaltante (Clive Owen) monta um plano perfeito para assaltar um banco. Tudo é pensado até nos mínimos detalhes. Dessa forma, quando os investigadores e detetives chegam ao local (uma trinca brilhante, com Denzel Washington, Willem Dafoe e Chiwetel Ejiofor), as coisas nunca saem como o planejado. Os reféns são confundidos com sequestradores, as conversas com os criminosos não chegam a lugar algum e a política fica andando em círculos tentando descortinar aquele grupo. É emocionante, é empolgante e, sobretudo, bem pensado. Ainda por cima, vale dizer, Spike Lee encontra um espaço para reverberar algumas das bandeiras que levantou anteriormente sobre preconceito e igualdade racial. [-]

Embora confuso em seu tom - parece não decidir entre a comédia e a tragédia - 'O Dilema de Aziz' é um engenhoso filme turco que fala sobre algo com o qual muitos poderão se identificar: a sensação de estar preso em nossa própria rotina e vida em geral, bem como as consequências do rompimento repentino com a ordem estabelecida. E, para quem ainda torce o nariz para as produções da Turquia, vale dizer que as novelas daquele país estão conquistando fãs em todo o mundo, inclusive no Brasil. [-]

Escrito e dirigido por Renuka Shahane, ‘Três Corpos, Uma Dança’ acompanha três gerações de uma família e trata sobre vidas disfuncionais. Um intrigante drama indiano sobre o quão complicadas são as relações familiares - em qualquer lugar do mundo e especialmente em diferentes culturas - e o como são complexas as falhas humanas neste cenário. [-]

Muito conhecido depois de ser o responsável pelas artes da abertura da novela 'Avenida Brasil', o artista brasileiro Vik Muniz é um dos nomes mais celebrados das artes plásticas em todo o mundo. Inventivo e com um olhar apurado para obras de tamanho colossal, o carioca se vale de lixo e entulho para brincar com significados. Trabalhadores do lixão, por exemplo, tomam a forma de 'A Morte de Marat'. São recriações, reinvenções. E toda essa jornada de Vik Muniz está retratada no excelente documentário 'Lixo Extraordinário', uma coprodução entre Brasil e Reino Unido que chegou a ser indicada ao Oscar de Melhor Documentário. O grande acerto de Lucy Walker, a principal diretora do longa, é que não se restringe apenas ao processo criativo de Vik — que, vale dizer, é interessantíssimo. Ela vai além e mostra como a arte pode transformar vidas. [-]

Este é, ao mesmo tempo, uma continuação e um prelúdio para ‘Mamma Mia! O Filme’. Afinal, continuamos acompanhando a história do primeiro longa-metragem musical de sucesso, mas agora com a personagem de Amanda Seyfried celebrando, junto da família, a sua gravidez – enquanto relembram como a personagem de Meryl Streep (vivida por Lily James nos flashbacks) conheceu os três amores de sua vida. Tudo isso embalado pelas eternas músicas do ABBA. Tudo perfeito e divertido para os fãs do filme original. [-]

Premiado no Festival de Veneza e exibido no Festival de Toronto, 'Pieces of a Woman' foi uma daquelas raras unanimidades sobre sua qualidade nesse circuito de festivais. E não é pra menos. Afinal, este longa-metragem estrelado por Vanessa Kirby ('The Crown') e com uma grande atuação de suporte de Ellen Burstyn ('Réquiem por um Sonho') acerta em cheio ao falar sobre uma mulher que perde seu bebê e precisa lidar com o luto inesperado. O casamento vai mal, a relação com a família se deteriora, ela não consegue sorrir. São diversas as variáveis colocadas com delicadeza na tela pelo diretor húngaro Kornél Mundruczó ('Deus Branco'), que tem sorte de contar com uma roteirista mulher (Kata Wéber) ao seu lado para a construção desse drama feminino e particular. Uma mistura de 'Manchester à Beira-Mar' com 'História de um Casamento', que deve fazer lágrimas rolarem sempre que os créditos chegam ao final. Para ver, sentir e se emocionar. [-]

Dirigido por Florent Bodin ('Le K Benzema'), 'Tony Parker: Entre os Maiores' é um documentário que cobre a carreira de sucesso do jogador de basquete Tony Parker e reúne entrevistas com outras estrelas do mesmo esporte, como Kobe Bryant e David Robinson, compatriotas como o ex-jogador de futebol Thierry Henry, entre outros convidados. É um retrato do sucesso do atleta francês e que os fãs da bola laranja irão apreciar. [-]

Para criar a atmosfera cativante e autêntica da época, ‘A Bruxa’ foi filmado apenas com luz natural ou luz de velas durante as cenas noturnas. Aqui não há monstros, nem litros e litros de sangue: é um relato perturbador do bem contra o mal, da religião contra a natureza, em uma época em que a bruxaria tomava conta do imaginário. A produção é do brasileiro Rodrigo Teixeira, que assina sucessos como ‘Frances Ha’ e ‘Me Chame pelo Seu Nome’. [-]

‘Fragmentado’ é um terror poderoso, forte e assustador – mas sem recorrer ao gore ou aos sustinhos. O que atormenta mesmo são as 23 personalidades de seu protagonista, sendo que elas ecoam, de diversas formas, monstros bem reais que temos em nossa sociedade. James McAvoy também assusta, mas com uma interpretação excepcional. E o final surpreendente, marca registrada do cineasta, não só está lá como abre portas para um novo filme, 'Vidro'. Obviamente não é um longa-metragem para todos, mas saciará aqueles que querem ser surpreendidos com algo diferente do habitual. [-]

‘O Tigre Branco’ consegue traçar um paralelo entre ‘Parasita’ (Bong Joon-ho, 2019) e ‘Quem Quer ser um Milionário’ (Danny Boyle, 2007). Ramin Bahrani, que atuou também na direção de ‘Fahrenheit 451’, fez um trabalho cativante ao criticar o âmbito político e social da Índia, onde a sociedade tem uma clara divisão entre ricos e pobres. E por conta das castas, não existe uma forma das mazelas ascenderem como em outros sistemas econômicos, apesar de que a divisão de classes na Índia é baseada em preceitos religiosos. O núcleo principal formado por Adarsh ​​Gourav, Priyanka Chopra e Rajkummar Rao deixam o filme ainda mais interessante, especialmente pelas cenas divertidas de Gourav. [-]

Terceiro filme da trilogia norueguesa Børning, essa versão de 2020 continua a tradição dos filmes de ação e aventura marcados pela comédia. É um filme excêntrico e peculiar, um road-movie que passa pela Noruega, Suécia, Dinamarca e Alemanha, acompanhando a corrida de Nürburgring. O longa conta com a atuação de Anders Baasmo Christiansen, ator do país nórdico com uma extensa e notável carreira. Ele também atuou em ‘Blindstone’, filme selecionado e premiado em diversos festivais pelo mundo, estreia de Tuva Novotny da direção. Algumas coisas não funcionam no longa, sendo os falhos efeitos visuais o ponto mais gritante. Se você busca algum tipo de diversão, é uma boa pedida para uma tarde com os amigos. Mas é improvável que escolha reassisti-lo muitas vezes. [-]

Filme inspirado no clássico épico de Érico Veríssimo, ‘O Tempo e o Vento’ é um daqueles filmes que dá orgulho do cinema nacional. Ainda que haja alguns clichês que puxam a trama para tons novelescos desnecessários, e algumas atuações que assustam, a produção é linda, de encher os olhos. A fotografia, ao lado da direção brilhante de Jayme Monjardim, tão o tom do longa-metragem, que mostra como o Brasil também sabe produzir seus próprios épicos e, acima de tudo, emocionar. Destaque absoluto para a atuação de Fernanda Montenegro que, mesmo com um elenco limitado, sabe emocionar a cada cena. [-]

Uma comédia espanhola sobre um tema pouco abordado no cinema: casais gays mais velhos. ‘Vovó Saiu do Armário’ é a estreia na direção de longa-metragem de Ángeles Reiné, que escreveu também o roteiro. Apesar da previsibilidade e clichês, Reiné conseguiu acertar na escolha do tema por fugir do comum, ainda mais quando é um casal de mulheres - cenários onde certas produções acabam por usar mais de erotismo do que do romance em si. Um filme divertido que é importante para naturalizar certos temas que ainda são tabus na sociedade. [-]

Sucesso absoluto dos anos 2000, ‘O Diário de Bridget Jones’ se tornou uma daquelas sensações inexplicáveis da comédia romântica. Afinal, a sensação é de que tudo ali neste filme da diretora Sharon Maguire (‘Fada Madrinha’) já foi visto antes: a protagonista sem sucesso no amor, os galãs que vão aparecendo e o clima de “fique-calmo-tudo-vai-dar-certo-no-final”. No entanto, é aquilo: talvez pelas pessoas justamente procurarem esses “comfort movies”, que ‘O Diário de Bridget Jones’ seja tão querido por tantos e há tanto tempo. A trama leve, ainda que picante em alguns momentos, ajuda a dar o tom e a fazer com que homens e mulheres sonhem com uma vida parecida. [-]

Em um primeiro momento, ‘Os Últimos Cavaleiros’ parece mais um filme de guerra em tempos antigos. No entanto, este épico de cavaleiros medievais — com toques de ‘27 Ronins’ — consegue ir um pouco além. Com Morgan Freeman e Clive Owen liderando o elenco, o longa-metragem acerta em cheio ao tratar dessa temática e, a partir disso, falar sobre honra, respeito e bravura. Há muitos recursos usados pelo diretor Kazuaki Kiriya que já foram vistos por aí. Porém, a partir do momento que a produção ganha esse “colchão narrativo”, é inegável que a história alavanca. Para ver, se divertir e, sem dúvidas, refletir. [-]

Depois de 22 anos do sucesso da série de televisão, ‘Miami Vice’ finalmente ganhou as telonas em 2006. O elenco da produção de TV não foi convocado de volta, ficando a responsabilidade de representar os veteranos nas mãos de Colin Farrell e Jamie Foxx — além disso, Michael Mann (‘Colateral’) assina como diretor, enquanto anteriormente era produtor da série. O clima não é o mesmo e aqueles que forem assistir ao filme com vontade de resgatar o antigo espírito da série vão se decepcionar. Muita coisa mudou, o tom não é mais o mesmo. No entanto, ao pensar em ‘Miami Vice’ como uma produção independente, as qualidades de uma boa trama policial estão ali: momentos tensos, uma investigação em curso perturbadora e bons atores liderando ação e suspense em iguais medidas. O conselho, então, é esquecer a série e embarcar na proposta. Apesar de erros aqui e ali, a diversão chega e, quem sabe, não surge o gosto da produção dos anos 1980? [-]

Quase sem querer, e inspirada em uma saga de livros que quase nada tem a ver com essa história, a franquia ‘Como Treinar o Seu Dragão’ ganhou o coração do público. Afinal, o diretor Dean DeBlois, depois de emocionar com ‘Lilo & Stitch’, acertou em cheio ao contar a jornada emocional de um garoto com seu dragão Banguela. Os detalhes da produção, assim como sacadas narrativas raras de ver por aí, mostram a profundidade da trilogia. E o segundo filme de ‘Como Treinar o Seu Dragão’ apenas comprova como essa franquia é rica, sensível e delicada. Os personagens continuam demasiadamente humanos, enquanto o vínculo do espectador com a história é apenas mais e mais fortalecido. Difícil segurar as lágrimas quando os créditos sobem. E não por ser triste ou algo do tipo. Mas por ser bonito, delicado e extremamente sensível. Embarque na viagem da história e boa diversão! [-]

Depois da ideia de que haveria o “bug do milênio” na virada dos anos 2000, os adoradores do fim do mundo e de outras catástrofes começaram a apostar que 2012 iria marcar o fim da linha. O ponto final. E essa ideia acabou virando filme nas mãos de Roland Emmerich, um dos maiores adoradores desse tipo de história — como ‘Independence Day’ e ‘O Dia Depois de Amanhã’. Assim, em 2012, acompanhamos a jornada de um escritor frustrado (John Cusack) que quer sobreviver à catástrofe do planeta. Cusack (‘Alta Fidelidade’) está mal, os efeitos são ruins e a trama é óbvia, parecendo uma colagem de tudo o que o diretor já fez. No entanto, ainda assim, dá para embarcar na ideia estapafúrdia e errada — como hoje sabemos — e se divertir com a ideia do fim do mundo em uma data tão aleatória. [-]

Ainda que seja uma profissão quase tão interessante quanto policiais e jornalistas, os bombeiros parecem esquecidos no panorama do cinema mundial. Há apenas algumas comédias (‘Brincando com Fogo’, ‘O Baile dos Bombeiros’) e um ou outro drama interessante (‘Homens de Coragem’). E um dos exemplos mais conhecidos, sem dúvidas, é ‘Cortina de Fogo’, produção que mistura drama e ação em iguais medidas sob a regência do cineasta Ron Howard (‘Uma Mente Brilhante’, ‘Apollo 13’). Aqui, acompanhamos dois irmãos bombeiros que precisam se unir para desvendar uma série de incêndios criminosos que surgem na cidade em que moram. É um filme divertido e que ajuda a passar o tempo, além de contar com uma carga dramática inusitada. No entanto, quem busca ver um pouco mais o dia a dia dos bombeiros pode se decepcionar. Afinal, há mais ficção do que verdade. [-]

Apesar de ser um ator conceituado, Morgan Freeman também tem aparecido nos cinemas em comédias que não chegam a lugar algum. Algumas mais divertidas (‘Despedida em Grande Estilo’, ‘Última Viagem a Vegas’), outras mais esquecíveis, como é o caso de ‘Apenas o Começo’. Dirigida e roteirizada por Ron Shelton (‘Sorte no Amor’, ‘Homens Brancos Não Sabem Enterrar’), a produção mostra duas pessoas completamente distintas que precisam se aturar. Um é advogado de criminosos, outro é ex-agente do FBI. Há muita bobagem no meio dessa história, assim como clichês que se acumulam — alguns, inclusive, beirando o absurdo. Morgan Freeman e Tommy Lee Jones, pelo menos, deixam o filme mais leve e fácil de ser consumido. Enfim, não é memorável, mas dá pra se divertir. [-]

Do diretor Morgan Neville ('A Um Passo do Estrelato', documentário vencedor do Oscar), 'Fred Rogers: O Padrinho da Criançada' é um dos documentários biográficos de maior sucesso de todos os tempos entre o público e a crítica, indicado para um prêmio Spirit do cinema independente. O documentário explora a vida e a carreira de Fred Rogers, um pioneiro da televisão que, por meio de seu programa infantil de longa data, inspirou gerações de crianças desde 1960 com uma mensagem de compaixão. Sem dúvida é um filme necessário para os nossos dias, mostrando melhor a vida de um homem dedicado. [-]

Ainda que não faça nem sombra nas produções originais da Disney/Pixar, a Dreamworks é responsável por alguns dos títulos mais queridos do cinema de animação dos últimos anos. ‘Como Treinar o Seu Dragão’, ‘Madagascar’ e ‘Trolls’ são apenas alguns dos exemplos. E um filme que passou injustamente batido pelo grande público e crítica é o simpático ‘Turbo’, longa-metragem que conta a história de um caracol de jardim que sonha em ser veloz. As metáforas com objetivos impossíveis, sonhos e decepções encaixam perfeitamente em um filme simpático e, apesar de pouco memorável, faz qualquer um se divertir e se emocionar. [-]

A história por trás de 'Amor por Acidente' consegue ser melhor do que o filme em si — o que não é tarefa difícil, dada a qualidade baixíssima da produção. O longa-metragem é dirigido por David O. Russell, cineasta conhecido por produções como 'O Lado Bom da Vida', 'Trapaça' e 'Joy'. São títulos que, de uma forma ou de outra, foram lembrados nas temporadas de premiações, certo? Só que no meio do caminho tinha 'Amor por Acidente'. A comédia romântica com Jessica Biel e Jake Gyllenhaal foi feita antes desses títulos mencionados, mas finalizada depois. Russell ficou preocupado com a qualidade do longa-metragem e sentiu que, por ser tão ruim, uma má recepção poderia atrapalhá-lo com as novas empreitadas. Resolveu isso, então, assinando o filme com o pseudônimo Stephen Greene. E, mesmo anos depois, ele ainda tenta passar longe de qualquer discussão sobre o filme com medo de queimar sua imagem em Hollywood. Ou seja: é um bomba mesmo, daqueles filmes que dão vergonha. Mas, talvez por isso e pela história que há por trás, seja uma boa diversão alternativa. Só entender o contexto e rir um pouco desse pequeno fracasso de Russell, conhecido por maltratar atores em cena. O mundo dá voltas. [-]

O fantasma Gasparzinho se tornou uma das maiores sensações da cultura pop no final do século XX, roubando a cena em quadrinhos, desenhos e, é claro, cinema. ‘Gasparzinho, o Fantasminha Camarada’ é mais um daqueles filmes que tentam adaptar desenhos animados com atores de carne e osso e acaba apresentando um resultado estranho — como é o caso de ‘Os Flintstones’ e ‘Scooby-Doo’. No entanto, é inegável de que há certa graça na história, assim como um bom trabalho dos protagonistas Bill Pullman e Christina Ricci. Para viajar na nostalgia e, assim, ver o tempo passar com o fantasminha camarada. [-]

Depois do sucesso absoluto com Jim Carrey e ‘A Volta do Todo Poderoso’, a ideia foi reciclada com um novo olhar: do político Evan Baxter (Steve Carell), que começa inesperadamente a se transformar em Noé. Com Morgan Freeman reprisando o seu já icônico papel de Deus, o longa-metragem não tem a mesma força, graça e versatilidade do primeiro filme. Tampouco cenas tão icônicas. No entanto, Carell acerta em cheio numa graça mais natural do que a de Jim Carrey, fazendo com que o filme deixe de ser tão memorável, mas se torne uma experiência agradável para assistir em um final de tarde. [-]

Que filme mais divertido e descompromissado é esse ‘O Chacal’, pérola do cinema de ação do finalzinho dos anos 1990. Estrelado por improváveis Richard Gere e Bruce Willis, o longa-metragem mistura sequências de ação tradicionais, uma história de investigação e boas reviravoltas na trama que vai da conspiração política à perseguição de carros. Há uma certa instabilidade no que é contado, com uma direção deveras atrapalhada de Michael Caton-Jones (‘Instinto Selvagem 2’). No entanto, as boas atuações e um ritmo interessante da trama ajudam a fazer com que a produção seja um bom passatempo de ação. [-]

Antes de tudo, vamos deixar claro: ‘Amor Além da Vida’ é um filme que pode ser facilmente considerado piegas. Há mensagens motivacionais demais, emoção carregada e outras coisas do tipo, insistentemente colocadas na tela pelo diretor Vincent Ward (‘O Mapa do Coração’, ‘Alien 3’). No entanto, não dá para dizer que esta produção não é realmente tocante. Afinal, ao acompanhar a história de um homem que morre e, assim, decide sair em busca da esposa no Paraíso. O ponto alto aqui está na atuação delicada de Robin Williams, como visto em ‘Gênio Indomável’, e o design de produção, inspirado e bastante artístico. [-]

A franquia ‘Anjos da Noite’ se tornou um sucesso mundial ao falar sobre vampiros, lobisomens e outras criaturas místicas com uma linguagem popular, parecendo um cruzamento entre ‘Velozes & Furiosos’ com ‘Crepúsculo’ — mas com muito mais sangue, ação e adrenalina, é claro. Aqui, neste capítulo da franquia, acompanhamos Selene (Kate Beckinsale) fazendo de tudo para colocar um ponto final na guerra entre lobisomens e vampiros. É a mesma fórmula de todos os filmes anteriores. Dessa forma, se gostou do que viu antes, sem dúvidas vai gostar do que é apresentado aqui, sem grandes surpresas. [-]

Inicialmente, ‘O Perfeito Sr. Cha’ pode afastar um pouco pelo aspecto brega. Até mesmo um pouco desproposital do material de divulgação -- lembrando aquelas produções B dos anos 1980 envolvendo personagens e heróis obscuros. No entanto, nada disso. Esta produção coreana surpreende ao explorar aspectos da vida de uma celebridade. No caso, do tal Sr. Cha, um ator em decadência que precisa analisar sua vida e compreender melhor quem ele se tornou. Não é um filme inventivo ou que vai causar comoção. Mas, ainda assim, o bom drama do personagem e a direção naturalista Dong-kyu Kim surpreendem e emocionam. [-]

Uma das animações mais conhecidas, celebradas e queridas do estúdio Hanna-Barbera, ‘Os Flintstones’ ganhou um filme para chamar de seu em 1994. Os traços característicos do desenho deram lugar aos atores em carne e osso, com nomes como John Goodman e Rick Moranis nos papéis de Fred e Barney. Obviamente, não há a mesma graça do desenho e muitos dizem que a produção infantilizou demais o animado do Hanna-Barbera. No entanto, não dá para negar que os atores caíram como uma luva em seus papéis e que, apesar de não tão bem sucedido quanto os filmes em live-action do ‘Scooby-Doo’, conquistaram os pequenos e, quem sabe, trouxe ainda mais fãs para os personagens do Yaba-Daba-Doo. [-]