Perda e traumas familiares têm sido temas férteis no terror nos últimos anos, com filmes como O Babadook e Relic. Compreensivelmente, propostas similares podem se tornar cansativas, o que poderia ser dito sobre Run Rabbit Run. O filme segue uma médica especialista em fertilidade (Sarah Snook, Succession), cuja filha de sete anos (Lily LaTorre) começa a exibir comportamentos estranhos que imitam os de um membro da família que morreu há muito tempo. O filme constrói tensão em torno desse mistério, revelando gradualmente os eventos que levaram à tragédia passada. Sua falta de novidade é compensada por uma atmosfera genuinamente tensa e aterrorizante, com ótimas atuações de Snook e da estreante Lily LaTorre.
Ainda que o show de Pieces of a Woman seja todo de Vanessa Kirby, vale sempre lembrar da atuação de Snook como a implacável advogada contratada pela mãe da protagonista para processar a parteira que deu início ao drama do filme. Atuação forte de Snook e que reafirma essa sua figura como uma mulher durona no cinema.
Outra mulher durona vivida por Snook foi em Steve Jobs. Mesmo que rapidamente, ela interpreta Andrea Cunningham, uma empreendedora americana de marketing estratégico e comunicação que ajudou a lançar o Apple Macintosh em 1984. Este, aliás, é um dos primeiros papéis de Snook em um filme de um grande diretor, depois do sucesso de Jessabelle: O Passado Nunca Morre e Predestinado.
Sarah Snook não tem o melhor papel de sua vida em The Beanie Bubble: O Fenômeno das Pelúcias, mas é diferente do que estamos acostumados a ver em suas atuações: aqui, ela interpreta Sheila (Sarah Snook), uma mãe solo de duas meninas com quem Ty -- o inglório protagonista, dono de uma das marcas de pelúcias mais lucrativas da história -- se casou.