Mercado de streaming

Cobrança por compartilhamento de senhas começa em 2023, afirma Netflix

Além de divulgar a perda de quase 1 milhão de assinantes e de anunciar que terá publicidade no começo do próximo ano, a Netflix aproveitou o balanço financeiro e a carta aos acionistas divulgados nesta terça (19) para outro aviso importante. De acordo com o documento, a cobrança pelo compartilhamento de senhas – atualmente em testes – será expandido para todos os assinantes em 2023.

“Estamos nos estágios iniciais do trabalho para monetizar os mais de 100 milhões de lares que atualmente desfrutam, mas não pagam diretamente, a Netflix”, diz o documento.
Compartilhar assinaturas da Netflix deixará se ser de graça em 2023 (crédito: divulgação / Netflix)

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“Sabemos que isso será uma mudança para nossos membros. Assim, lançamos duas abordagens diferentes na América Latina para saber mais. Nosso objetivo é encontrar uma oferta de compartilhamento pago fácil de usar que acreditamos funcionar para nossos membros e nossos negócios que possamos lançar em 2023. Somos encorajados por nossos aprendizados iniciais e capacidade de converter consumidores em compartilhamento pago na América Latina.” As abordagens diferentes mencionadas são a de cobrança por usuário adicional que more em outro local, ou por residência adicional independente de serem as mesmas pessoas em cada lar. Em ambos os testes, o valor adicional está na casa dos R$ 9. O modelo ideal de cobrança – seja um desses ou ainda um terceiro – será implementado nos outros países onde o streaming está presente, incluindo o Brasil, em algum momento do próximo ano.

Netflix responde à Wall Street

A novidade faz parte de uma série de ações da Netflix para aumentar a base de assinantes e o valor arrecadado de cada usuário, em uma resposta às preocupações de Wall Street sobre o futuro da plataforma. Nos últimos seis meses, os papéis da empresa negociados na bolsa de valores caíram 61% – de US$ 515 para US$ 197. Em post em blog oficial, Chengyi Long, diretora de inovação da companhia, afirmou que “a prática generalizada de compartilhamento de contas entre diferentes famílias afeta nossa capacidade de longo prazo de investir e melhorar nosso serviço.”“Por isso, analisamos criteriosamente diferentes possibilidades para que quem quiser compartilhar sua conta possa fazê-lo pagando uma taxa adiciona”, concluiu a executiva.

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Renan Martins Frade

Jornalista especializado em cinema, TV, streaming e entretenimento. Foi por 11 anos editor do Judão e escreveu para veículos como UOL, Superinteressante e Mundo dos Super-Heróis. Também trabalhou com a comunicação corporativa da Netflix. Foi editor-chefe do Filmelier.

Escrito por
Renan Martins Frade

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