Eleito um dos 100 melhores filmes do século pela New York Times. Em filmes como Amor à Flor da Pele (In the Mood for Love), de Wong Kar-wai, há uma melancolia palpável por um amor que não pôde acontecer, a sensação de estar preso em um passado de possibilidade onde esse desejo romântico esteve muito próximo de se concretizar. Com Vidas passadas (Past Lives), o extraordinário debut da diretora Celine Song, acontece algo similar. Trata-se da história de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), amigos e primeiros amores da infância, que se separam quando a família dela decide deixar a Coreia do Sul e começar uma nova vida na América. Muitos anos se passarão até que eles reconectem através da internet, e ainda mais tempo até que possam se ver novamente. É uma história agridoce sobre as possibilidades perdidas com o passar do tempo e as decisões que tomamos, que nos levam por diferentes caminhos e experiências que moldam tanto nossa identidade quanto às possibilidades do amor. Leia mais na nossa crítica completa de Vidas Passadas.
Uma década após Vidas ao Vento, o mestre da animação Hayao Miyazaki retorna com outra ambiciosa obra do Studio Ghibli, também uma de suas mais pessoais. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, O Menino e a Garça é a história de Mahito, um garoto que, pouco depois de perder a mãe em um incêndio, muda-se com o pai para a província do Japão, onde precisa se adaptar a uma nova vida com sua nova madrasta, Natsuko, irmã de sua mãe. Levando uma vida solitária, Mahito explora os arredores de sua nova casa, onde logo é atraído para um mundo mágico pela presença de uma garça misteriosa. O que se segue é um conto ainda mais ancorado no surrealismo do que A Viagem de Chihiro (o que já é dizer muito), no qual Miyazaki explora tantas ideias e abre tantas portas que, às vezes, pode parecer difícil de seguir (ou entender o que ele quer dizer com a afirmação de que o filme tem tons autobiográficos). É a extravagância do diretor em seu estado mais radical e puro, talvez não seja o melhor filme para se aproximar dele. No entanto, para seus fãs, será mais um autêntico deleite ver o nível de detalhe, ambição e cuidado em sua animação, tão tangível que permite sentir a consistência de uma cama ou o movimento realista de um líquido, tudo a serviço de uma história que, apesar de seus elementos mais alucinantes, nunca deixa de lado a emotividade. Leia nossa crítica completa de O Menino e a Garça.
Em Todo Tempo que Temos (We Live in Time), o diretor John Crowley (Brooklin) narra uma década na relação romântica de um casal (Andrew Garfield e Florence Pugh), utilizando uma estrutura não linear onde o tempo é muito mais do que uma palavra no título. A história acompanha o casal em diferentes momentos de sua relação, de forma desordenada, desde o seu encontro e a evolução do relacionamento até os momentos mais tristes e sombrios de suas vidas juntos, com o objetivo de representar, de forma poética, os paralelismos e os altos e baixos cíclicos em suas diversas etapas. Essa estrutura lembra outros romances narrados de forma fragmentada, no estilo de filmes como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, (500) Dias com Ela e Namorados para Sempre. No entanto, possui um fundo mais existencial que, em certos momentos, até flerta com o cinema tardio de Ingmar Bergman, embora adoçado com a típica música emotiva nos momentos certos para exaltar as emoções que Garfield e Pugh transmitem na tela com maestria. É um ótimo filme para assistir a dois de maneira superficial, mas que oferece uma bela reflexão sobre a dor, a alegria e a fugacidade da vida.
Como Ganhar Milhões Antes que a Vó Morra é um drama tailandês (selecionado para representar o país no Oscar) que aborda profundas diferenças ideológicas, morais e econômicas entre gerações de uma mesma família. A história segue um jovem preguiçoso e sem emprego que tem um relacionamento complicado com sua família. Instigado por uma prima que recebeu a herança de um parente que cuidou nos seus últimos dias, ele decide cuidar de sua avó quando ela é diagnosticada com câncer terminal, na esperança de receber algo em troca quando ela morrer. No entanto, conforme passam o tempo juntos, começam a se entender e ele se vê obrigado a reconsiderar suas crenças. É um filme bonito, talvez excessivamente melodramático pelo uso da música, mas que traz importantes reflexões sobre as lacunas geracionais e o abandono dos idosos.
A Influencer Divina é uma comédia romântica cristã que segue uma influenciadora de moda, que, após perder o apoio financeiro dos pais, começa a trabalhar em um abrigo para desabrigados. Ao longo da jornada, ela descobre o verdadeiro significado de servir aos outros e encontra um propósito maior. Com Jesse Metcalfe e Lara Silva, o filme traz uma mensagem de fé e transformação.




