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Globo de Ouro 2023: onde assistir aos filmes indicados
O Globo de Ouro vem sendo centro de diversas polêmicas, principalmente pela falta de diversidade e renovação entre os membros votantes da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, da sigla em inglês). Apesar disso, a associação tenta voltar ao seu funcionamento normal e, no final de 2022, anunciou os indicados aos prêmios deste ano, que acontece em 10 de janeiro de 2023. Confira, abaixo, os títulos de filmes já disponíveis no streaming ou em cartaz nos cinemas. O texto será atualizado a cada novo lançamento. Confira aqui a lista com todos os indicados, em séries e filmes.
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O Globo de Ouro vem sendo centro de diversas polêmicas, principalmente pela falta de diversidade e renovação entre os membros votantes da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, da sigla em inglês). Apesar disso, a associação tenta voltar ao seu funcionamento normal e, no final de 2022, anunciou os indicados aos prêmios deste ano, que acontece em 10 de janeiro de 2023. Confira, abaixo, os títulos de filmes já disponíveis no streaming ou em cartaz nos cinemas. O texto será atualizado a cada novo lançamento. Confira aqui a lista com todos os indicados, em séries e filmes.
‘Avatar’, em 2009, se tornou um fenômeno inesperado de bilheteria, desbancando o até então líder ‘Titanic’. O motivo disso, mais do que a história ou até mesmo a importância do diretor James Cameron (que é, veja só, também diretor de ‘Titanic’), estava em toda a importância tecnológica da produção. ‘Avatar’, afinal de contas, colocou o 3D em um outro nível e aumentou a régua. Todo mundo queria ver os feitos do longa-metragem nos cinemas. Treze anos depois, Cameron retorna à história, após muito trabalho e muitos adiamentos, para ‘Avatar: O Caminho da Água’. A produção mergulha novamente no mundo de Pandora para falar sobre a família Sully (Sam Worthington, Zoe Saldana e filhos) e como eles estão após os eventos do filme anterior – ainda com a ameaça dos humanos rondando as tribos do planeta. Buscando proteção, a família decide partir e buscar refúgio no universo aquático de grupos do outro lado de Pandora. Ainda que a história seja banal e com toques ultrapassados, como a falta de representatividade feminina, ‘Avatar: O Caminho da Água’ ainda consegue arrepiar e emocionar, além de surpreender com uma tecnologia de captura de movimentos como nunca antes na história do cinema. É bonito, é encantador e, apesar das derrapadas e do exagero da duração, justifica essa espera toda de treze anos.
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‘Avatar’, em 2009, se tornou um fenômeno inesperado de bilheteria, desbancando o até então líder ‘Ti... [+]
Elvis Presley é um dos nomes mais conhecidos da música mundial, ainda com uma legião de fãs - e gerando muita receita - décadas após a sua morte. Porém, como o jovem criado em Memphis, Tennessee, foi alçado ao posto de Rei do Rock? A cinebiografia “Elvis” traça justamente esse caminho, mostrando como a música negra influenciou o músico, a descoberta do seu estilo, o furor (para o bem e para o mal) que causou na sociedade e as suas inúmeras fases. O fio condutor da narrativa é o empresário do cantor, o “coronel” Tom Parker (Tom Hanks), que conduziu Elvis ao estrelato - e que, para muitos, é o culpado por sua morte. A partir disso começa um verdadeiro filme-evento, incluindo uma edição acelerada e um visual por vezes estilizado. Tudo para dar palco à Austin Butler, que encarna o astro de forma primorosa, nos fazendo realmente acreditar que Elvis não morreu - inclusive quando canta. Ainda que longa (são 2h39 de duração), a produção aborda praticamente todos os fatos relevantes da carreira e da vida pessoal de Presley, o que certamente deixará os fãs extremamente satisfeitos.
O reino africano de Daomé é um dos únicos na história do mundo com registros de uma guarda real formada exclusivamente por mulheres, conhecidas como Agojie. Se você assistiu a ‘Pantera Negra’, deve se lembrar das guerreiras que protegem o reino de Wakanda, as Dora Milaje. Pois em ‘A Mulher Rei’, você vai conhecer a história deste exército feminino que inspirou os criadores das histórias da Marvel. No filme, Viola Davis é a líder das Agojie, uma general que por mais que seja uma heroína é também humana. Esse é um dos pontos mais fortes da história, que já é carregada de uma força absurda: a construção de uma personagem feminina complexa, livre de estereótipos e fundamentos rasos. Você consegue se ver nela como mulher e encontrar um poder interno, de que as mulheres são capazes de tudo. Além disso, a produção enaltece a beleza e diversidade da mulher negra sem artifícios ou estereótipos - esse é o cinema fazendo seu papel ao mostrar a vida como ela é. Vale dizer que ‘A Mulher Rei’ é um épico histórico com cenas de ação, mas esse não é o foco. É um filme que retrata um período da África Ocidental que foi fortemente influenciado por essas guerreiras mulheres, que merecem ter sua história contada. Clique aqui para ler a crítica completa e a entrevista com Viola Davis.
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Do diretor Andrew Dominik (‘This Much I Know to Be Trueu’), ‘Blonde’ não é exatamente uma cinebiografia da lendária Marilyn Monroe, mas sim uma ficção biográfica baseada no romance de mesmo nome, de Joyce Carol Oates. Como tal, tanto no romance quanto nesta adaptação cinematográfica, há uma considerável “licença poética" com os fatos. No entanto, o romance tentou pintar um retrato psicológico da ex-Norma Jeane Baker, retratando (com pinceladas grossas) os principais aspectos que marcaram sua vida difícil e o preço doloroso que ela pagou por se tornar talvez a maior celebridade do século XX. No entanto, é preciso alertar: apesar de uma atuação verdadeiramente magistral de Ana de Armas, além de uma bela trilha sonora composta por Nick Cave e Warren Ellis, o filme de Dominik cai descaradamente na exploração de sua protagonista, exaltando seu sofrimento e falhando em representar outros aspectos de sua vida. Pode funcionar como um ponto de entrada para o mito de Marilyn Monroe (mas definitivamente existem outros melhores). Leia mais sobre isso em nossa análise. Ou clique aqui para saber o que é verdade ou mentira no filme.
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Do diretor Andrew Dominik (‘This Much I Know to Be Trueu’), ‘Blonde’ não é exatamente uma cinebiogra... [+]
A estreia de ‘Entre Facas e Segredos’ foi uma das grandes surpresas de 2019: foi um “whodunit” que, sem realmente refazer as regras do gênero, entregou uma narrativa envolvente, espirituosa e engraçada de intriga e assassinato. Para a sequência, o diretor Rian Johnson segue o caminho de não consertar o que não está quebrado, mas simplesmente pegar o que funcionou na primeira parcela e torná-la maior. ‘Glass Onion: Um Mistério Knives Out’ agora leva o detetive Benoit Blanc para a Grécia, onde ele deve investigar um novo mistério com suspeitos mais excêntricos. Se você gostou do primeiro (ou se gosta apenas de mistérios), vai adorar este exclusivo da Netflix.
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A estreia de ‘Entre Facas e Segredos’ foi uma das grandes surpresas de 2019: foi um “whodunit” que,... [+]
Depois da intensidade dramática e explosiva de ‘História de um Casamento’, Noah Baumbach retorna aos temas que lhe são caros (rotina, família, desencontros) em ‘Ruído Branco’. Com roteiro assinado pelo próprio cineasta, o longa-metragem dramatiza as tentativas de uma família americana contemporânea de enfrentar os conflitos da vida cotidiana enquanto lida com os mistérios universais do amor, da morte e da possibilidade de felicidade em um mundo incerto. Com Adam Driver e Greta Gerwig como protagonistas, o filme mostra como o cotidiano pode se transformar a partir de diferentes interações com o mundo ao redor e, principalmente, a partir das diferentes óticas das pessoas sobre a vida.
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Protagonizado por Anya Taylor-Joy e Ralph Fiennes, e dirigida por Mark Mylod (conhecido por dirigir episódios de séries como Game of Thrones e Succession), esta sátira ácida do mundo da gastronomia parte de uma premissa simples: um grupo de ricos embarcam em uma pequena ilha onde fica um dos restaurantes mais exclusivos e procurados do mundo, mas descobrem que o prato principal é uma vingança macabra e violenta. Por quê? Cada um dos visitantes tem os seus crimes a pagar, e a revelação de cada um é o fio condutor desta narrativa que, por extensão, satiriza também o mundo da arte e do cinema, encurralado entre o consumo indiscriminado, a produção enlatada e o esnobismo mais elitista.
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Nancy Stokes (Emma Thompson) é uma mulher que, já na meia-idade, não sabe dizer como é a sensação de um orgasmo. Apesar de ter sido casada durante décadas, o sexo era apenas algo burocrático que acontecia em sua rotina, com o marido se recusando a certas coisas, apesar do desejo da personagem. Até que, após a morte do marido, ela toma uma decisão: ter uma relação com Leo Grande (Daryl McCormack), um garoto de programa que contrata para um encontro. Essa é a trama inicial de ‘Boa Sorte, Leo Grande’. Com toda a cara de filme gravado durante a pandemia e com inspiração nos teatros, já que quase todas as sequências se passam em um quarto de hotel, o longa-metragem tem um foco muito específico: falar sobre sexualidade. Ainda que a questão do sexo na terceira idade seja o fio condutor e o brilho do filme, há toda uma reflexão sobre a imagem social e as reflexões do sexo. Com isso em mãos, a roteirista Katy Brand (‘Under One Roof’) e a diretora Sophie Hyde (‘Animals’) conduzem essa conversa ao longo de três encontros entre os personagens – um dos principais acertos do filme, já que vai mostrando o desenvolvimento de Leo e Nancy ao longo do tempo. É um filme importante, mais do que bom ou empolgante, que traz reflexões que o cinema pode provocar com um diálogo, uma cena, uma ideia. O destaque fica para McCormack (‘Roda do Tempo’) e Thompson (‘Harry Potter e o Prisioneiro de Azkabam’), que sabem dar complexidade aos seus personagens em momentos que transitam entre a fragilidade e o desejo. Aliás, vale dizer que a última cena do filme, uma entrega completa de Thompson, é uma das mais bonitas e corajosas no cinema em 2022. Quer ler mais? Discutimos os temas do filme em uma matéria especial, clique aqui para acessar.
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Nancy Stokes (Emma Thompson) é uma mulher que, já na meia-idade, não sabe dizer como é a sensação de... [+]
Thriller protagonizado por Eddie Redmayne (‘’A Teoria de Tudo’) e Jessica Chastain (‘A Hora Mais Escura’), ‘O Enfermeiro da Noite’ conta a história de um profissional da saúde que é suspeito de matar pacientes. Tenso, o longa-metragem acerta principalmente pelas atuações com camadas, deixando o espectador preso e interessado em saber o que está acontecendo ali. E apesar do começo lento, ‘O Enfermeiro da Noite’ avança de forma quase torturante, com uma história assustadora – vale o tempo de ficar até o final da projeção.
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A saga Shrek, como tantas outras que se estendem para além do necessário, foi do mais ao menos, apesar de o seu primeiro (e único) spin-off, ‘Gato das Botas’, ter tido um bom desempenho. Isso foi em 2011, no entanto. A franquia, uma das mais populares da DreamWorks, ficou inativa até o lançamento de ‘Gato de Botas 2: O Último Desejo’, e que retorno! Este filme traz de volta os elementos que deram certo na franquia – Antonio Banderas como Gato, Salma Hayek como Kitty Patas Macias e paródias de contos de fadas – para contar uma aventura que encanta as crianças, mas com uma bagagem existencial própria até para os mais velhos. O estilo de animação, que lembra o que a Sony fez para ‘Homem-Aranha no Aranhaverso’, é simplesmente espetacular, como um livro de histórias animado, e sem dúvidas merece ser visto na tela grande. Leia mais em nossa análise.
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Este é o primeiro filme da Pixar liderado por um totalmente time feminino, o que já consegue aproximar muitas mulheres da história. Em ‘Red: Crescer é uma Fera’, a diretora chinesa Domee Shi nos leva para os anos 2000, com direito a febre de boy bands, bichinhos virtuais e um mundo mais real, longe das telas e de intervenções de redes sociais. Por meio dos olhos de Meilin Lee, uma menina de 13 anos inspirada na infância da própria cineasta, acompanhamos uma jornada de amadurecimento. A vida da personagem é bastante normal, contanto que ela não fique nervosa ou ansiosa - nesse caso, Meilin se transforma em um panda vermelho gigante. ‘Red’ é um dos acertos da Pixar: o filme é divertido, empolgante e muito emotivo, especialmente por falar da relação entre mãe e filha. [-]
Este é o primeiro filme da Pixar liderado por um totalmente time feminino, o que já consegue aproxim... [+]
Filme tão espetacular quanto produções como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Dunkirk’, ‘Nada de Novo no Front’ chama a atenção, principalmente, pelo mergulho que Edward Berger (‘Jack’) consegue promover, colocando o espectador no coração dos embates da Primeira Guerra Mundial. O foco é principalmente a jornada de um jovem soldado alemão na frente ocidental, enfrentando as terríveis experiências que irão lhe marcar pelo resto da vida. Vale assistir com foco total no filme, som no máximo, para absorver toda a emoção.
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Filme tão espetacular quanto produções como ‘O Resgate do Soldado Ryan’ e ‘Dunkirk’, ‘Nada de Novo n... [+]
Dirigido pelo argentino Santiago Mitre (‘A Cordilheira’) e selecionado para o Festival de Cinema de Veneza em 2022, ‘Argentina, 1985’ é um filme que retrata um dos anos mais cruciais da história recente do país sul-americano, quando os chefes da ditadura militar foram levados a julgamento civil em um caso movido pelo promotor Júlio Strassera (o grande Ricardo Darín, de ‘Relatos Selvagens’) e seu adjunto, Luis Moreno Ocampo (Peter Lanzanil), com a ajuda de uma equipe de jovens juristas. Com um bom roteiro e direção bastante segura, ‘Argentina, 1985’, adere às convenções dos dramas de tribunal comerciais. Mas isso não é necessariamente ruim: resulta em um filme emotivo e, acima de tudo, acessível a um público que talvez não tenha conhecido em primeira mão as atrocidades da ditadura. Assim, cumpre uma das funções mais vitais do cinema, que é fazer e preservar a memória para que tais crimes não voltem a acontecer. Como enunciado pelo povo argentino: “nunca mais”. Clique aqui para ler a crítica completa.
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Dirigido pelo argentino Santiago Mitre (‘A Cordilheira’) e selecionado para o Festival de Cinema de... [+]
Evelyn Wang (Michelle Yeoh) está em um período difícil de sua vida. Ainda que não saiba, o marido (Waymond Wang) está prestes a pedir o divórcio, enquanto ela luta para manter um bom relacionamento com a filha (Stephanie Hsu) e cuidar do debilitado e dependente pai (James Hong). É nesse cenário que a personagem descobre um conceito já muito explorado pelo cinema de super-heróis: o multiverso. Em um momento de desespero, em que as contas de sua lavanderia são questionadas por uma fiscal do governo (Jamie Lee Curtis), Evelyn começa a passear pelos universos paralelos e a espiar, com mais ou menos intensidade, o que acontece nesses outros mundos – desde sua versão com salsichas no lugar dos dedos e até chegar na Evelyn que se tornou estrela do cinema. Com essa história em mãos, os diretores Dan Kwan e Daniel Scheinert (‘Um Cadáver para Sobreviver’) começam a desenvolver uma história que passeia por meio das emoções e que brinca com os gêneros do cinema. Começamos o filme rindo e terminamos chorando, sem nunca esquecer dos sentimentos que existiram ao decorrer do filme. Destaque absoluto para Yeoh (‘Podres de Ricos’), que brilha até quando faz apenas a voz de uma pedra com olhos.
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Evelyn Wang (Michelle Yeoh) está em um período difícil de sua vida. Ainda que não saiba, o marido (W... [+]
Kya Clark (Daisy Edgar-Jones) é uma jovem que teve uma vida difícil. Apanhava do pai, enquanto viu a mãe e os irmãos irem embora. Ficou para trás, na casinha no meio do pântano. Na cidade, onde todas a viam como alguém que não sei encaixava, a garota, que vivia com roupas sujas e pés no chão, foi apelidada de Menina do Pântano. É a partir daí que acompanhamos sua história, com seus amores e desamores, em ‘Um Lugar Bem Longe Daqui’. Dirigido por Olivia Newman (‘Minha Primeira Luta’), o longa-metragem mostra os dois lados da vida de Kya. Primeiramente, um crime que chega de maneira avassaladora em sua vida, quando é acusada de assassinar um rapaz da cidade. Começa, assim, uma batalha judicial que dá o tom do filme, com a tensão do futuro da garota em xeque. Do outro, um romance mal resolvido e, ainda, ornamentando isso tudo, flashbacks sobre o seu passado. De romance água com açúcar, batido e sem vida, ‘Um Lugar Bem Longe Daqui’ não tem nada. O texto de Lucy Alibar, que assina o roteiro, é vigoroso e maduro. Não há penduricalhos que tiram a atenção do longa ou que deixam ele bobinho demais, como é típico em romances de Nicholas Sparks, por exemplo. É um romance pé no chão. O amor está ali, mas também existe o desamor, desencontro, decepção, desespero. Leva verdade para a trama enquanto ficamos grudados na tela ansiosos e tensos pelo seu desenrolar.
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Kya Clark (Daisy Edgar-Jones) é uma jovem que teve uma vida difícil. Apanhava do pai, enquanto viu a... [+]
Uma versão de Pinóquio, de Carlo Collodi, adaptada pelo mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno, A Forma da Água) e pelo mestre da animação stop motion, Mark Gustafson (As Aventuras de Mark Twain); Só poderia resultar em uma coisa: uma obra-prima de animação cheia de contraste que abraça a escuridão do material de origem, mas também a inocência da fantasia para contar um conto mágico de dor e perda, medo e fascismo, família e alegria. Com a brilhante música de Alexandre Desplat como cereja do bolo, Pinóquio de Guillermo del Toro é simplesmente uma maravilha cinematográfica (indiscutivelmente superior, diga-se de passagem, ao preguiçoso remake que a Disney decidiu lançar no mesmo ano).
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Uma versão de Pinóquio, de Carlo Collodi, adaptada pelo mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do... [+]
‘Top Gun: Ases Indomáveis’ é a representação de uma era de Hollywood, na qual produtores como Jerry Bruckheimer e Don Simpson levaram à perfeição a fórmula dos blockbusters e exploravam o sentimento de vitória que os americanos tinham em relação a (prestes a ser encerrada) Guerra Fria. O filme, com a sua personificação do amor entre homens - não, necessariamente, no sentido físico -, marcou uma geração, que se reencontra com Tom Cruise nesta aguardada continuação. O diretor Joseph Kosinski (‘Tron: O Legado’) consegue de forma notável resgatar o trabalho do falecido cineasta Tony Scott, trazendo muito da estética e clima do original, mas adaptando a linguagem para uma nova fase do cinema comercial. O resultado é um filme dinâmico, com cenas de batalhas aéreas sensacionais (feitas em grande parte com os próprios atores nos jatos, sem dublês) e um roteiro redondo, que evolui e amplia a história dos personagens originais, enquanto introduz outros. Além disso, adiciona elementos de outras franquias atuais, como ‘Velozes & Furiosos’ e ‘Missão: Impossível’, além de agregar um quê de ‘Star Wars’. O resultado é uma produção que consegue deixar todo mundo feliz: os fãs do passado vão amar a nostalgia, enquanto quem não curtiu a febre ‘Top Gun’ pode encontrar um filme divertido, que agrada e funciona muito bem sozinho. Fórmula perfeita para o sucesso, além de mostrar que o quase sessentão Tom Cruise ainda é um astro em plena forma para qualquer missão nos filmes de ação - sejam elas impossíveis ou na medida para ases indomáveis.
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‘Top Gun: Ases Indomáveis’ é a representação de uma era de Hollywood, na qual produtores como Jerry... [+]
‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ é, inegavelmente, um filme de transição. Afinal, ele surge após a morte de Chadwick Boseman, ator por trás da máscara do super-herói de Wakanda, e precisa dar conta de direcionar a franquia para um novo caminho. Shuri (Letitia Wright), Ramonda (Angela Bassett), Okoye (Danai Gurira)? Quem vai assumir o manto? A partir dessas perguntas, o diretor Ryan Coogler (‘Creed’) conduz uma trama de luto, tristeza e novas perspectivas, tentando reorientar a história do Pantera Negra após esse doloroso baque. Apesar dos conflitos com Namor, o príncipe submarino, as cenas de ação são apenas parte do espetáculo, que está mais focado em contar histórias de personagens que nunca foram tão reais dentro do Universo Cinematográfico da Marvel – pro bem e pro mal.
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‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’ é, inegavelmente, um filme de transição. Afinal, ele surge após... [+]
Bollywood não brinca em serviço e ‘RRR: Revolta, Rebelião’ é uma prova disso. O filme acompanha um guerreiro com a perigosa missão de encontrar um policial durão que serve ao exército britânico, em uma época na qual a Índia ainda não tinha conquistado a independência do Reino Unido. O diretor S.S. Rajamouli é responsável pela popularização da indústria cinematográfica Telugu (grupo nativo de uma das populações mais antigas do sul da Índia) e esta produção faz jus ao seu sucesso. Diretores visionários como Spielberg e James Cameron provaram isso em Hollywood, mas no cinema asiático foi Rajamouli que se estabeleceu como o mestre. ‘RRR’ é um drama histórico semi-ficcional bem feito, com qualidade para satisfazer o público. O cineasta fez claramente sua lição de casa e nos mostrou novamente por que ele é o diretor mais consistente do cinema telugu. [-]
Bollywood não brinca em serviço e ‘RRR: Revolta, Rebelião’ é uma prova disso. O filme acompanha um g... [+]