Superman (2025), dirigido por James Gunn, é o recomeço que a DC precisava: um filme que abraça a essência clássica e emocional do herói, misturando humor, ação e coração sem medo de ser brega. Com David Corenswet no papel de Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como um Lex Luthor sarcástico e ameaçador, o elenco eleva o nível da produção. O tom leve e colorido resgata o espírito dos quadrinhos e deixa para trás a escuridão dos filmes anteriores. Mesmo com um deslize ao tratar temas políticos, o longa entrega um Superman mais humano, divertido e relevante — um respiro empolgante no cenário dos filmes de super-heróis. Leia a crítica completa aqui.
Este não é, claro, o primeiro longa-metragem do Universo Estendido DC – mas é aquele que se encaixa primeiro nesta cronologia, criando um ótimo “ponto de entrada” para os novatos. Baseado nas HQs originalmente criadas pelo psicólogo William Moulton Marston, o filme conta a origem da Mulher-Maravilha, uma princesa de uma raça de guerreiras, chamadas de Amazonas, que vivem isoladas do resto do mundo. Após ter contato com um homem, esta mulher – Diana – resolve ir até o “mundo dos homens” para conter os planos de um deus maligno durante a Primeira Guerra Mundial. Assim surge uma história que, ao mesmo tempo, abraça as origens feministas da personagem e também os conceitos clássicos dos heróis. O carisma que Gal Gadot empresta à protagonista também é um dos trunfos da produção.
Cronologicamente falando, 'Mulher-Maravillha 1984' é o segundo filme do Universo Estendido DC. Como o título entrega, o longa se passa na década de 1980, que, na visão de Jenkins, foi o auge do capitalismo - e dos seus exageros. Se no primeiro filme a amazona enfrentou os males da guerra e o ódio de Ares, aqui o maior inimigo é a ganância humana - personificada na figura do vilão Maxwell Lord, bem interpretado por Pedro Pascal ('The Mandalorian'). Há, ainda, a presença de Kristen Wiig ('A Vida Secreta de Walter Mitty') como Barbara Minerva, a vilã Mulher-Leopardo. Tudo isso em um roteiro e estética que buscam imitar aquilo que era feito no passado, inclusive pela própria Warner Bros. Longe de ter a profundidade do longa anterior, 'Mulher-Maravilha 1984' funciona mais como o retrato de uma época passada da qual todos temos saudade, mas não somos loucos o suficiente para querer voltar para lá. Vale lembrar que o terceiro filme da franquia foi cancelado após a chegada de James Gunn.
Em ordem de lançamento, foi ‘O Homem de Aço’ que abriu este novo Universo DC nos cinemas. A história é aquela que você já conhece: um bebê é enviado pelos pais de um longínquo e moribundo planeta, ganhando grandes poderes enquanto vive na Terra. Criado por uma família do interior dos EUA, ele desenvolve os valores da sociedade ocidental e cresce para se transformar no grande protetor do planeta. Porém, nesta versão, o diretor Zack Snyder (‘Watchmen’) incorpora o cinismo e a desesperança do mundo moderno tanto na história quanto na estética – em um visual sombrio que ditou os rumos dos filmes que viriam depois. O personagem-título é vivido pelo ator Henry Cavill, que deixa claro em sua atuação o deslocamento sentido pelo Superman, que não consegue se sentir como mais um humano entre os humanos. Infelizmente, o filme se perde em seu último ato, falhando na missão de construir o aspecto heroico no protagonista – ainda que isso não apague os méritos de ‘O Homem de Aço’ como um blockbuster bem construído e com cenas épicas.