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Conheça Anya Taylor-Joy, de ‘O Gambito da Rainha’ e ‘O Menu’

Não há dúvida de que a cada novo filme que ela estrela, a ascensão de Anya Taylor-Joy parece estar chegando ao topo. A atriz britânica, estrela de produções de sucesso como ‘O Menu‘ e ‘O Gambito da Rainha’, ganhou tanto destaque que parece ter uma longa carreira, embora só tenha aparecido em nossas telas em 2015.

E a realidade é que o futuro parece tão promissor quanto tudo o que fez até agora. Se você já viu Anya Taylor-Joy em ‘O Menu’ e mal pode esperar para ver o que ela fará a seguir, aqui está um pouco mais sobre sua vida e carreira.

O começo multicultural de Anya Taylor-Joy

Anya Taylor-Joy nasceu em 16 de abril de 1996 em Miami, Flórida, filha de pai argentino de ascendência britânica e mãe anglo-argentina. Assim, pelo acaso de ter nascido nos Estados Unidos, goza de nacionalidade americana e britânica.

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No entanto, a atriz morou na capital argentina, Buenos Aires, até os seis anos de idade. É por isso que, apesar de ter vivido a maior parte de sua vida em Londres, Taylor-Joy também fala um espanhol perfeito, uma das qualidades que a torna uma das atrizes internacionais mais queridas do público latino-americano.
Antes de se tornar atriz, porém, Anya passou pela dança – estudou balé aos 15 anos – e modelagem a partir dos 17. Uma reviravolta do destino, por meio de uma sessão de fotos para promover a série ‘Downton Abbey’, a levou a assinar com a seu agente. Quase com a mesma rapidez poderíamos dizer que “o resto é história”. Quase.

Primeiro filme de Anya Taylor-Joy

Como todos os artistas iniciantes, Anya teve que lidar com papéis menores e cortes de edição brutais. Ele nem apareceu em seu primeiro filme: teve um papel como figurante em ‘Vampire Academy’, uma comédia de terror de 2014 estrelada por Zoey Deutch, Claire Foy e Olga Kurylenko. Também esteve em um episódio da série ‘Endeavor’.
Anya Taylor-Joy em ‘Atlantis’ (Crédito: BBC)
Em 2015, a atriz conseguiu um papel recorrente na segunda temporada da série britânica ‘Atlantis’, sobre um piloto de submarino que acaba emergindo nas margens do continente perdido de Atlantis. Para o papel, Anya teve que raspar a cabeça. O mesmo ano marcou o ponto de virada com o que é tecnicamente o primeiro filme pelo qual Anya Taylor-Joy é creditada: ‘A Bruxa‘, de Robert Eggers. A produção de terror independente lançou as carreiras de seu diretor e de sua atriz principal. A dupla voltou a colaborar no terceiro longa do cineasta, ‘O Homem do Norte‘. Curiosamente, isso quase não aconteceu, como a própria Anya disse recentemente à Harper’s Bazaar. Ela havia sido convidada para estrelar um piloto do Disney Channel, mas “‘A Bruxa’ me deu uma sensação muito boa, o que me fez rejeitar a experiência da Disney em favor do que parecia desconhecido, sagrado”.

‘O Gambito da Rainha’: o sucesso de Anya Taylor-Joy na pandemia

No cinema, a jovem atriz não parava de ter papéis de destaque. Em 2016, apareceu ao lado de Kate Mara e Toby Jones no regular ‘Morgan’, mas também esteve em ‘Barry’, filme biográfico sobre o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A tríade foi completada por ‘Fragmentado‘, um thriller de M. Night Shyamalan com James McAvoy. Nos anos seguintes viriam projetos de todos os tipos e tamanhos: a comédia ácida ‘Thoroughbreds’, por exemplo, na qual estrelou ao lado de Olivia Cooke (atual estrela de ‘A Casa do Dragão’). Ela fez seu primeiro trabalho de voz em ‘Playmobil: O Filme‘, e depois interpretou uma das filhas de Marie Curie em ‘Radioactive‘, ao lado de Rosamund Pike. Também estrelou uma adaptação de Jane Austen, ‘Emma.‘. No entanto, pode-se argumentar que sua carreira realmente não explodiu na tela grande, mas na pequena. Anya já havia marcado créditos na televisão como na minissérie ‘The Miniaturist’, de 2017, e já era regular em ‘Peaky Blinders’, série cujo elenco trazia nomes como Cillian Murphy e Sam Neill. Mas nada do que veio antes se compararia ao sucesso de ‘O Gambito da Rainha’, série da Netflix que, na época, se tornou a mais assistida da plataforma (antes de ser suplantada por títulos como ‘Round 6’ ou ‘Wandinha’, atualmente a segunda mais assistida série em inglês no catálogo).
Não é por acaso: a série, baseada no romance homônimo de Walter Tevis, estreou na plataforma no final de 2020, ano em que a humanidade ficou confinada com pouca companhia além da televisão. Além de se tornar um dos rostos mais conhecidos do planeta, Anya Taylor-Joy ganhou vários prêmios de Melhor Atriz, incluindo Globo de Ouro, Screen Actors Guild e Television Critics Awards. Esse foi, até agora, seu último crédito na telinha.

‘O Menu’: Consolidação e futuro

Pode-se dizer que Anya voltou para a tela grande para consolidar sua breve carreira. De 2021 em diante, colaborou com sucesso com vários grandes nomes nos bastidores. O primeiro deles é o cineasta inglês Edgar Wright, com quem fez o thriller de inspiração giallo ‘Noite Passada em Soho‘. Isso foi seguido por seu segundo filme com Robert Eggers, ‘O Homem do Norte’. No final de 2022, Anya Taylor-Joy voltou a brilhar em outra atuação indicada ao Globo de Ouro: ‘O Menu’, um duelo de atuação cara-a-cara com Ralph Fiennes em um thriller macabro de vingança gastronômica. Participou também do elenco de ‘Amsterdam‘, mais um tropeço cujo único mérito é justamente o bom elenco. Ela também deveria se reencontrar com Eggers para o tão aguardado remake de ‘Nosferatu‘, mas conflitos de agenda forçaram Anya a sair do projeto. Ela foi substituída por Lily-Rose Depp, embora o projeto permaneça no limbo.
No entanto, o futuro parece brilhante para a atriz. Para começar 2023, ela emprestará sua voz para a Princesa Peach no filme animado ‘Super Mario Bros.’, da Illumination, baseado na popular franquia de videogame da Nintendo. Porém, talvez seu projeto mais interessante seja ‘Furiosa’, um spin-off de ‘Mad Max: Estrada da Fúria‘ onde ele fará o papel imortalizado por Charlize Theron na época. O próprio diretor George Miller está dirigindo o projeto escrito também por Nick Lathouris (‘Era uma Vez um Gênio‘), então não há dúvidas de que será interessante. Para onde mais Anya Taylor-Joy irá? O tempo o dirá. E se ela tem alguma coisa, além de talento, está na hora: no momento em que escrevo, a atriz está prestes a completar 27 anos. Muitos anos de carreira pela frente, que esperamos que se traduzam em excelentes projetos para o deleite do público.

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Lalo Ortega

Lalo Ortega é crítico e jornalista de cinema, mestre em Arte Cinematográfica pelo Centro de Cultura Casa Lamm e vencedor do 10º Concurso de Crítica Cinematográfica Alfonso Reyes 'Fósforo' no FICUNAM 2020. Já colaborou com publicações como Empire en español, Revista Encuadres, Festival Internacional de Cinema de Los Cabos, CLAPPER, Sector Cine e Paréntesis.com, entre outros. Hoje, é editor chefe do Filmelier.

Escrito por
Lalo Ortega

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