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Crítica de ‘The Mandalorian’: o episódio 5 da 3ª temporada trata de todos, menos de “Mando”
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O episódio 3 de ‘The Last of Us’ teve muitas diferenças em relação ao videogame, especialmente na relação entre Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett). Saiba quais e por que os criadores resolveram mudar a história!
‘The Last of Us’ apresentou, no último domingo, 29, um de seus episódios mais completos e emocionantes da série da HBO. Estrelado por Nick Offerman como Bill e Murray Bartlett como Frank, o capítulo trouxe muitas divergências em relação ao jogo que inspirou a série, especialmente na relação entre os dois personagens. Mas quais são essas diferenças? E por que os criadores resolveram mudar a história?
O Filmelier separou as principais diferenças entre o episódio 3 da série de sucesso da HBO Max e o aclamado videogame homônimo da Naughty Dog. Confira abaixo.
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“A palavra ‘parceiro’ é usada em um sentido emocional limitado”, lembrou Hoar. “Você fica tipo, ‘Parceiro de negócios, talvez?’ E é por isso que eu amo a maneira como eles contaram essa história [no jogo], porque parece que acontece fora da câmera e então você tem que fugir de novo, porque os games não podem parar.” É só mais tarde, quando Joel está saindo de Lincoln, que Ellie encontra revistas pornográficas gays no banco de trás e as peças de quebra-cabeça se unem.Jogadores curiosos ainda descobrem um bilhete no jogo que Frank deixa para Bill antes de morrer. Ele explica que não aguentava mais viver com Bill. Este, por sua vez, acaba morrendo também.
“O personagem Bill é fascinante”, comentou Mazin. “Adoro a ideia de um cara que estava se preparando ativamente para o fim do mundo e, quando isso aconteceu, ele disse, ‘Bom!’ Bill no jogo é uma previsão sombria de onde Joel pode acabar se não abrir seu coração novamente: sozinho em uma fortaleza que ele mesmo criou, paranoico e ranzinza. Eu senti que podíamos fazer uma coisa diferente [na série], o que significa que há um presságio de esperança. Você pode realmente, neste mundo, ainda encontrar alguém com quem possa compartilhar sua vida. Ninguém vive para sempre, mas o objetivo que todos devemos ter é ter uma vida boa. E quando chega o fim, estamos satisfeitos.”
“Tive um instinto de que provavelmente precisaríamos respirar como público após os dois primeiros episódios”, afirmou Craig Mazin, que produz e escreve ‘The Last of Us’ com Druckmann, referindo-se à morte da filha de Joel, Sarah (Nico Parker) na estreia e sua “amante” Tess (Anna Torv) um capítulo depois. “Eu queria uma maneira de mostrar um pouco da passagem do tempo entre o primeiro dia do surto e o dia atual da série sem fazer mais do mesmo, do mundo desmoronando”, disse ele em entrevista à Entertainment Weekly.Neil Druckmann, que desenvolveu os jogos originais e age como co-showrunner da série, afirma que, desde o começo, a ideia era não adaptar o desfecho original de Bill e Frank para o drama da HBO.
“Acho que Craig desde o início teve o instinto certo”, explicou ele ao Entertainment Weekly. “Temos muitos exemplos de resultados sombrios desses relacionamentos amorosos, e foi muito inteligente ter um resultado positivo somente como contraponto. Havia coisas para extrair desse bilhete. Eles têm filosofias de vida diferentes e, para Frank, não era apenas sobre sobrevivência, era sobre outra coisa.”Para fazer isso, Mazin e Druckmann recorreram a Hoar. Ele teve a experiência de contar histórias gays comoventes por meio da minissérie ‘It’s a Sin’, da HBO Max, mas seu trabalho em séries como ‘Demolidor’, ‘The Umbrella Academy’, ‘Doctor Who’ e ‘Altered Carbon’ são um reflexo de seu nerd interior.
“Se estamos assistindo a um programa e ninguém nunca teve um final feliz, quais são as chances de que as pessoas de quem gostamos tenham um final feliz?”, acrescentou Mazin. “Precisamos saber que existe uma chance de que as coisas possam dar certo.”
“A ideia era mostrar essas duas pessoas funcionando em um relacionamento, duas pessoas muito diferentes que têm conceitos diferentes de como amar”, afirmou o showrunner, “e com o relacionamento deles e as duas formas diferentes de amar, tanto externa quanto internamente, criar uma espécie de código temático para toda a série. Cada relacionamento que vemos daquele ponto em diante, você pode sentir como se Bill e Frank estivessem à espreita dentro de cada um deles”.Para Nick Offerman, que interpretou Bill, a história dos episódio 3 serviu para trazer esperança tanto para o público quanto para Joel:
“Bill pensa em tudo – incluindo não fazer ninguém ter que vê-los [mortos]”, disse o ator em entrevista ao The Hollywood Reporter. “Isso se refere simplesmente à preservação da dignidade deles”, ponderou. “Uma das minhas coisas favoritas em toda a história é que ele separa os componentes para fazer uma bateria para o carro. Portanto, não importa quando Joel a encontrar, a bateria não vai estar descarregada porque ainda não foi feita”, disse Offerman.
“Isso me diz que esses dois humanos desconexos se encontraram, encontraram o amor e cultivaram seu jardim de todas essas maneiras diferentes. Eles fizeram o suficiente para dar alguma esperança para a humanidade sem nem saber disso. Ele não tinha como saber da Ellie, mas juntos eles conseguiram uma vitória que vai permitir [Joel e Ellie] chegarem ao episódio quatro”.Já Murray Bartlett, que viveu Frank, concorda que a cena final do episódio é emocionante:
“[O roteiro] é incrivelmente romântico, mas nunca se transforma em um romance exagerado e açucarado. Esse momento final permite que você se lembre de todas as coisas que viu desse relacionamento, em vez de limitá-lo a uma imagem final dessas pessoas”, disse ele ao The Hollywood Reporter. “É uma prova da bela escrita e elaboração desta série que dá espaço para isso, que torna [a história] ainda mais poderosa. Isso deixa você com sua própria ruminação da história que foi contada – o que geralmente é melhor do que qualquer coisa que você possa mostrar”.‘The Last of Us’ tem novos episódios todos os domingos, às 23h na HBO e HBO Max.