Lançamentos mais assistidos de junho de 2019

Jim Parsons (o Sheldon de ‘The Big Bang Theory’), Claire Danes (‘Homeland’) e Octavia Spencer (‘Estrelas Além do Tempo’) em um filme sobre infância, família e a dificuldade na hora de escolher a escola ideal. A história é centrada nos pais de Jake, uma criança que não se encaixa nos padrões normais da sociedade e dos outros colegas de escola. A partir daí, o longa-metragem promove o debate inclusivo com um roteiro sutil e elegante, com ótima atuação dos protagonistas – fazendo com que o público se identifique com os pais que, afinal, buscam apenas a felicidade de seu filho. Mérito também do diretor Silas Howard (que trabalhou em séries de sucesso como ‘Transparent’ e ‘This is Us’), que torna atrativo e acessível um tema atual e pertinente. [-]

Liam Neeson é um dos grandes heróis de ação do cinema atual. Desta vez, ele estrela um misto de ação com comédia de humor ácido, baseada do longa-metragem norueguês ‘O Cidadão do Ano’. Na história, um homem descobre que o filho foi morto por traficantes e, sozinho, inicia uma guerra contra o mundo do crime. O resultado final é como se colocassem ‘Fargo’ e ‘Pulp Fiction’ na mesma mistura, só que com muita neve e, claro, com Liam Neeson arrebentando os inimigos enquanto mostra que também sabe ser engraçado. [-]

Este filme é inspirado na lenda russa do rusalka, um demônio aquático que persegue homens atraentes para serem suas vítimas, os arrastando para a morte certa. ‘A Sereia: Lago dos Mortos’ se destaca por ser bastante divertido por conta dessa improvável mistura entre terror e conto de fadas. O design de produção é ótima. Já a direção é de Svyatoslav Podgaevskiy, também responsável por ‘A Noiva’. [-]

Este é um retrato da crise de meia idade na sociedade urbana de hoje, em uma história que se encaixa bem na realidade das grandes cidades brasileiras. Na história, um escritor (vivido por Vincent Macaigne, de ‘Agnus Dei’) e um editor (Guillaume Canet, de ‘Na Próxima, Acerto o Coração’) vivem crises em suas carreiras literárias e também em seus relacionamentos. O resultado é um longa-metragem inteligente e afiado, com ótimos diálogos, ao estilo do que o cinema francês oferece de melhor. Tudo isso é abrilhantado pela atuação de Juliette Binoche (que venceu o Oscar por ‘O Paciente Inglês’) e pela ótima direção de Olivier Assayas (‘Personal Shopper’). [-]

Esta é uma história tocante, sobre amadurecimento e amizade, que evoca a diversidade e a aceitação das diferenças. O filme destaca a amizade de dois jovens – um, Lucas, se vê preso a uma cadeira de rodas após um trágico acidente, enquanto a outra, Laís, sente a falta de um pai que nunca esteve presente. De classes sociais diferentes, os dois criam uma forte amizade e partem em busca do pai da menina, em uma trajetória que é, na realidade, sobre a descoberta de si mesmos. O resultado é uma obra leve, curta até (com 1h12m de duração), mas que ainda assim traz uma forte e importante mensagem. Indicado para assistir em família ou até mesmo na sala de aula. [-]

Depois de dez anos, finalmente a Marvel Studios traz o seu primeiro filme solo de uma heroína: ‘Capitã Marvel’. Mais do que uma aventura divertida, visualmente interessante, recheada de nostalgia dos anos 1990 e com boas sequências de luta, o longa-metragem traz diversas metáforas sobre o mundo atual, incluindo a crise dos refugiados e, claro, o empoderamento feminino. Carol Danvers, a heroína-título vivida por Brie Larson (vencedor do Oscar por ‘O Quarto de Jack’), certamente irá inspirar outras mulheres a vencerem os desafios impostos pela sociedade, revelando toda a sua capacidade. Há, sim, problemas: o filme fica devendo um roteiro um pouco mais coeso, além de vilões que façam jus à importância da protagonista (tirando um ou outro, a maioria é reciclada de ‘Guardiões da Galáxia’). Nada que apague, claro, os pontos positivos, incluindo as atuações de Brie, Samuel L. Jackson (que retorna como Nick Fury) e, obviamente, a do coprotagonista de quatro patas, Goose. [-]

CEO da segunda maior montadora da Europa, vivendo um momento importantíssimo: o lançamento de um inovador carro elétrico no Salão de Genebra, uma das maiores exposições da indústria automobilística mundial. Ele, porém, sofre um AVC, e não consegue mais usar palavras que necessita para se expressar e tocar o projeto. Esse é o enredo de ‘Sem Palavras’, filme que adapta (com liberdades poéticas) uma história real, a de Christian Streiff, ex-CEO da PSA Peugeot Citroën. Escrito e dirigido por Hervé Mimran, o filme usa o bom humor e o sarcasmo para nos envolver em uma história sobre o mundo dos negócios e a indústria, mas também sobre superação e a lição de um homem que tinha voz para tudo no trabalho - até ficar sem palavras. [-]

Inspirado pelo livro bíblico de Jó, ‘Teste de Fé: Um Chamado à Esperança’ é um filme sobre a busca da fé e do amor na família. Com uma trama muito emotiva e centrada na compaixão, é uma produção que procura ajudar o espectador a refletir sobre os laços com seus entes queridos – tudo isso a partir do papel da religião. Embora o enredo seja, às vezes, sombrio, tem toques de humor. [-]

Sucesso de bilheteria dos cinemas em diversos lugares no mundo, ‘Gonjiam: Hospital Maldito’ é mais um exemplo da explosão cultural da Coreia de Sul – que tem sido sentida tanto entre os filmes (principalmente os de terror, que é o caso aqui) quanto no mundo da música. Este longa se aproveita das fórmulas criadas em Hollywood, principalmente no em ‘A Bruxa de Blair’ – só que adaptando o esquema de “found footage” ao mundo de hoje, o das redes sociais e das lives. Tudo isso com uma pitada de humor e um fundo de crítica, principalmente em relação à dependência da internet por parte dos jovens. [-]

Indicado para o Oscar Filme Estrangeiro, ‘Nunca Deixe de Lembrar’ é o filme mais recente do aclamado cineasta alemão Florian Henckel von Donnersmarck, conhecido pelo multipremiado ‘A Vida dos Outros’. A filmografia do cineasta geralmente gira em torno da vida política vista de uma perspectiva pessoal e íntima, e aqui tal enredo ganha um cenário magnífico do pós-guerra, com um protagonista que funciona como o símbolo de uma sociedade alemã quebrada pela mancha do nazismo. [-]