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Oscar 2024: Onde assistir aos filmes vencedores
Depois de muitas discussões e apostas, o Oscar 2024 finalmente marca o fim da temporada de premiações deste ano. A cerimônia aconteceu na noite deste domingo, 10 de março, e confirmou o favoritismo de Oppenheimer, que levou as principais categorias da noite. Mas não é só isso: outros grandes filmes também foram destaques na noite de premiação. Confira, abaixo, onde assistir a todos os vencedores do Oscar 2024.
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Depois de muitas discussões e apostas, o Oscar 2024 finalmente marca o fim da temporada de premiações deste ano. A cerimônia aconteceu na noite deste domingo, 10 de março, e confirmou o favoritismo de Oppenheimer, que levou as principais categorias da noite. Mas não é só isso: outros grandes filmes também foram destaques na noite de premiação. Confira, abaixo, onde assistir a todos os vencedores do Oscar 2024.
J. Robert Oppenheimer foi um físico dos Estados Unidos que entrou para a história como o criador da bomba atômica, que mudou o curso da humanidade. E é sobre essa história que se conta em Oppenheimer, longa-metragem de Christopher Nolan (Tenet) que mergulha nos recursos, medos, facetas e várias vidas do norte-americano. Freqüentemente comparado a Prometeu, o titã que roubou o fogo dos deuses e o entregou à humanidade, Oppenheimer é dissecado ao longo de três horas, seja através de suas relações, amigos, ideias, trabalhos e outros aspectos. Ele é uma figura complexa, mas que é interpretada brilhantemente por Cillian Murphy (Peaky Blinders), um ator perfeito para um papel nada simples. E apesar de alguns vícios de Nolan na direção, insistindo em jogar desnecessariamente com a temporalidade da trama ou inserir elementos abstratos de maneira caprichosa, Oppenheimer é mostrado como o filme mais maduro do cineasta, que aceita os desafios e sabe criar um longa denso sem entediar. Uma produção difícil, quase impossível, que não se rende aos esquemas do cinema comercial e nos faz perceber que Oppenheimer está entre nós, como uma ameaça invisível que nunca quis ser. Leia mais em nossa crítica completa.
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J. Robert Oppenheimer foi um físico dos Estados Unidos que entrou para a história como o criador da... [+]
20 Dias em Mariupolé um filme chocante – para dizer o mínimo. Afinal, o longa-metragem ganhador do Oscar de Melhor Documentário é o resultado de um trabalho arriscado de Mstyslav Chernov, jornalista ucraniano que decidiu ficar na cidade que dá nome ao filme até quando os russos já estavam entrando com tanques pelas ruas. A partir daí, em um relato com muito sangue e lágrimas, acompanhamos o registro cru do que aconteceu nesses 20 dias de cerco em Mariupol, com uma narração bastante pessoal de Chernov acrescentando detalhes dos horrores dessa guerra. Um filme forte, que exige compromisso do espectador, e que nos faz questionar muitas coisas – do que move uma guerra até a ética do jornalismo.
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20 Dias em Mariupol é um filme chocante – para dizer o mínimo. Afinal, o longa-metragem ganhador do... [+]
Para o espectador ocidental, Godzilla pode parecer um monstro de filmes puramente espetaculares, famoso recentemente pelo MonsterVerse da Warner Bros., inaugurado pelo filme de 2014. No entanto, é preciso lembrar que se trata de um personagem criado no Japão e que, embora tenha uma longa história de filmes de monstros um tanto bobos, encontra suas raízes na história do país asiático com os desastres nucleares. 'Godzilla Minus One' é um retorno a essas raízes, situando a história após a Segunda Guerra Mundial e com uma narrativa profundamente humana com o monstro como antagonista. Isso não significa que seja um filme carente de espetáculo visual: pelo contrário. No entanto, ele realiza o difícil equilíbrio entre entretenimento e uma narrativa profunda que, sim, deixará você tão chocado quanto emocionado.
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Para o espectador ocidental, Godzilla pode parecer um monstro de filmes puramente espetaculares, fam... [+]
Depois de "O Fantástico Sr. Raposo", o diretor Wes Anderson (Asteroid City) mais uma vez adapta uma obra de Roald Dahl em "A Incrível História de Henry Sugar", um curta exclusivo da Netflix em que o cineasta leva ao extremo todas as marcas de seu estilo característico. O resultado é uma peça genial que brinca com diversos níveis narrativos: a história é contada pelo próprio Dahl (Ralph Fiennes), que narra como o egocêntrico e excêntrico milionário Henry Sugar (Benedict Cumberbatch) descobre um caderno com as anotações que um médico (Dev Patel) faz sobre as experiências de um místico de circo (Ben Kingsley), um homem que aprendeu a "ver sem usar os olhos". Toda a idiossincrasia de Wes Anderson é levada às últimas consequências neste curta-metragem, então não fará você mudar de ideia se for um de seus críticos. No entanto, os fãs vão desfrutar de um verdadeiro deleite em que o diretor demonstra que o artifício de seu cinema não impede que alcance verdades profundas e emocionantes com suas histórias. Leia mais na nossa crítica de "A Incrível História de Henry Sugar".
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Depois de "O Fantástico Sr. Raposo", o diretor Wes Anderson (Asteroid City) mais uma vez adapta uma... [+]
A grande maioria dos filmes de ficção sobre o Holocausto aborda, de uma forma ou de outra, a brutal violência que suas vítimas sofreram. Mas com Zona de Interesse (The Zone of Interest), o diretor Jonathan Glazer aborda o outro lado da moeda: os mecanismos de cumplicidade que permitiram que tais atrocidades ocorressem. A trama segue Rudolf Höss (interpretado por Christian Friedel) e sua família, instalados confortavelmente em uma casa de campo, um paraíso privado separado do campo de concentração de Auschwitz apenas por uma cerca de concreto. Sem expor nunca violência desnecessariamente gráfica, o filme analisa mais seus origens e suas consequências, permitindo assim ver as maneiras como a história e seus perigos se repetem até os dias atuais. Leia mais na crítica completa de Zona de Interesse.
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A grande maioria dos filmes de ficção sobre o Holocausto aborda, de uma forma ou de outra, a brutal... [+]
O diretor grego Yorgos Lanthimos ('O Lagosta') retorna com 'Pobres Criaturas', uma nova e virtuosa colaboração com a atriz (e agora produtora) Emma Stone e o roteirista Tony McNamara (com quem trabalhou em 'A Favorita'), baseada no romance homônimo de Alasdair Gray. Esta adaptação utiliza a premissa central do romance - construída por depoimentos opostos de diferentes personagens - para criar uma fabulosa e ácida fábula steampunk vitoriana sobre feminismo, inspirada em Frankenstein. A trama começa quando o cientista Godwin Baxter (Willem Dafoe), para reviver uma mulher grávida (Stone) que decidiu cometer suicídio, transplanta o cérebro de seu bebê não nascido e a reanima. O resultado é uma pessoa nova, com a mente de um bebê - livre de tabus, vergonha, culpa e com muita vontade de aprender - mas com o corpo de uma mulher sexualmente madura, cuja fome por experiências a leva a fugir com um advogado libertino (Mark Ruffalo). Embora seu magnífico e artificioso design de produção possa superar suas ideias, em alguns momentos, 'Pobres Criaturas' é um filme que levanta ideias interessantes sobre a libertação feminina, evidenciando a fragilidade das convenções patriarcais com o humor ácido e macabro típico das produções de Lanthimos. E, é preciso dizer, Emma Stone está fenomenal: é a atuação mais arriscada, provocativa e audaciosa em sua distinta carreira. Leia mais em nossa crítica completa de 'Pobres Criaturas'.
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O diretor grego Yorgos Lanthimos ('O Lagosta') retorna com 'Pobres Criaturas', uma nova e virtuosa c... [+]
Diante do ingrato desafio de tentar produzir uma obra com engenho e coração dentro dos limites de uma propriedade intelectual corporativa tão grande como a boneca Barbie da Mattel, a diretora e co-roteirista Greta Gerwig (Lady Bird) sai, no geral, bem-sucedida. Inspirado por referências tão diversas como "O Mágico de Oz" e "O Show de Truman", a estreia cinematográfica da icônica boneca é uma divertida comédia que segue uma Barbie (Margot Robbie) que precisa viajar para o mundo real para descobrir o que a está tornando imperfeita no mundo utópico de Barbieland. No entanto, logo descobre que a invenção das Barbies não foi a panaceia feminista que elas mesmas imaginavam e que o mundo real é exatamente o oposto do que vivem em seu mundo utópico. Divertido, engenhoso e com comentários incisivos sobre o patriarcado, é uma proposta entretenida de blockbuster que quase (QUASE!) consegue nos fazer esquecer que é um enorme comercial da Mattel. Leia mais em nossa crítica completa de Barbie.
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Diante do ingrato desafio de tentar produzir uma obra com engenho e coração dentro dos limites de um... [+]
Um daqueles filmes queridinhos da temporada de premiações, em 2024, Os Rejeitados acompanha a história de um professor (Paul Giamatti, genial), de uma cozinheira em luto (Da'Vine Joy Randolph) e um aluno problemático (Dominic Sessa) que ficam juntos durante as festas de final de ano, quando todos os outros alunos, professores e funcionários vão para casa – eles, porém, precisam ficar ali já que não há para onde esse rapaz ir. Bem dirigido por Alexander Payne (de filmes acima da média como Nebraska, Sideways e Os Descendentes), o longa-metragem consegue emocionar com a história desses personagens que parecem rejeitados pela vida, mas que se encontram em suas diferenças – ainda que o roteiro faça questão de mostrar que há mais semelhanças do que diferenças entre esses três personagens. Joy Randolph e Sessa estão bem, o filme é todo de Giamatti, que entrega uma atuação emocionante, mas também engraçada, desse professor odiado pelos alunos e com excentricidades inesperadas. Só não espere um A Sociedade dos Poetas Mortos: o filme é mais sobre relações humanas do que sobre ensinamentos de professores.
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Um daqueles filmes queridinhos da temporada de premiações, em 2024, Os Rejeitados acompanha a histór... [+]
Diante de uma consciência racial mais esclarecida, mas que acaba caindo em uma correção política vazia diante das mandíbulas vorazes do consumismo; as dinâmicas raciais e suas nuances, complexidades e contradições se tornam uma caricatura de si mesmas. Ficção Americana (American Fiction) indicado ao Oscar de 2024 na categoria de Melhor Filme, é uma brilhante exploração de uma afirmação tão espinhosa. A trama segue Thelonious "Monk" Ellison (Jeffrey Wright em um de seus melhores papéis), um professor e escritor afro-americano cuja carreira estagna porque seus livros não são "negros" o suficiente. Então, o que ele faz? Adota um pseudônimo e escreve um romance satírico que busca expor a hipocrisia do mundo editorial e de nossa cultura... mas o mundo o ama por todas as razões erradas, e sua popularidade sai de controle. É uma sátira hilariante que aborda questões complicadas com sagacidade e humor, convivendo confortavelmente com outros títulos como Sorry to Bother You e alguns filmes na filmografia de Spike Lee. O elenco está mais do que à altura: Tracee Ellis Ross, Sterling K. Brown, Issa Rae e Keith David são alguns dos nomes que adornam esta produção.
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Diante de uma consciência racial mais esclarecida, mas que acaba caindo em uma correção política vaz... [+]
Anatomia de uma Queda é um dos grandes títulos da temporada de premiações de 2024. Ainda que não tenha sido o escolhido da França para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Internacional, o filme conseguiu trilhar sua própria carreira fora da categoria. Não é pra menos: este filme de Justine Triet fala sobre a morte de um homem, que cai do segundo andar de sua própria casa. O que aconteceu? Ele se jogou dali, foi empurrado? A partir daí, a esposa Sandra (Sandra Hüller) entra em um furacão, sendo acusada pela promotoria e tendo que se defender. Triet não está realmente interessada aqui em encontrar o culpado ou dar respostas, mas questionar a busca pela verdade. Afinal, o que é a verdade? Quem é o dono da verdade? São questionamentos que o filme traz e o faz engrandecer. Destaque para a atuação de Hüller, que consegue trazer essa complexidade em sua atuação.
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Anatomia de uma Queda é um dos grandes títulos da temporada de premiações de 2024. Ainda que não ten... [+]
Uma década após "Vidas ao Vento", o mestre da animação Hayao Miyazaki retorna com outra ambiciosa obra do Studio Ghibli, também uma de suas mais pessoais. Ambientado durante a Segunda Guerra Mundial, "O Menino e a Garça" é a história de Mahito, um garoto que, pouco depois de perder a mãe em um incêndio, muda-se com o pai para a província do Japão, onde precisa se adaptar a uma nova vida com sua nova madrasta, Natsuko, irmã de sua mãe. Levando uma vida solitária, Mahito explora os arredores de sua nova casa, onde logo é atraído para um mundo mágico pela presença de uma garça misteriosa. O que se segue é um conto ainda mais ancorado no surrealismo do que "A Viagem de Chihiro" (o que já é dizer muito), no qual Miyazaki explora tantas ideias e abre tantas portas que, às vezes, pode parecer difícil de seguir (ou entender o que ele quer dizer com a afirmação de que o filme tem tons autobiográficos). É a extravagância do diretor em seu estado mais radical e puro, talvez não seja o melhor filme para se aproximar dele. No entanto, para seus fãs, será mais um autêntico deleite ver o nível de detalhe, ambição e cuidado em sua animação, tão tangível que permite sentir a consistência de uma cama ou o movimento realista de um líquido, tudo a serviço de uma história que, apesar de seus elementos mais alucinantes, nunca deixa de lado a emotividade. Leia nossa crítica completa de O Menino e a Garça.
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Uma década após "Vidas ao Vento", o mestre da animação Hayao Miyazaki retorna com outra ambiciosa ob... [+]